Entrega
Vivo entre meus pudores e entre a minha intensidade. Vivo entre minha esperança, meus anseios e algumas lembranças desagradáveis. Vivo entre minha fragilidade, minha doçura e delicadeza e minha garra, minha força e minha audácia.
Decepção alguma limita meu jeito intenso de ser e de viver. Não deixarei de ser quem sou, porque alguma coisa não deu certo na minha vida, porque alguém me enganou ou porque eu me iludi.
Diga-se que é esta ultima, a hipótese válida. Ninguém nos engana, quem insiste, quem teima no que já esta falido, quem dá murro em ponta de faca somos nós, mais em prol de nosso orgulho do que pelo amor que, quiçá, nem sentimos ou deixamos de sentir por alguém.
Então a vida passa, então eu caio, me levanto, mas não desisto de acreditar no amor e na bondade de certas pessoas. Eu acredito nas exceções as regras, afinal, eu sou uma. Então o tempo passa e eu entrego intensamente a minha alma e cada célula do meu ser, cada pedaço da minha pele, do meu corpo.
É assim que eu sei viver. Sem fazer nada por fazer, sem jogar pérola aos porcos, sem desmerecer o que tenho de melhor para oferecer: o meu carinho, o meu afeto, a minha paixão, a minha confiança, a minha admiração, o meu amor e a minha entrega. Entrega intensa, entrega de corpo, alma e coração.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 25 de maio de 2013.
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