Por medo
As pessoas costumam ser acomodadas. São os indivíduos assim que mantém os relacionamentos mais longos, que se mantêm mais tempo em empregos onde não há oportunidade de progresso, enfim, o comodismo lhes dá tranqüilidade.
É por tal motivo que, mesmo diante de razões nítidas para o término de relacionamentos ou, ao menos, para o nascimento de diálogos importantes sobre certos assuntos, alguns casais quedam-se inertes e em silêncio, como se tudo estivesse bem.
Dentro da mesma casa, passam a viver como estranhos: um entra pela porta da sala, outro sai pela da cozinha, um vai para a academia, outro se reúne com amigos e, assim, com a desculpa de “excesso” de atividades, assuntos relevantes são ignorados, são deixados de lado.
E, junto com tais assuntos, fica de lado o afeto, o carinho, a consideração e o diálogo, pai do respeito e da união matrimonial. Infelizmente algumas relações afetivas não se mantêm por amor, mas por comodismo.
Pelo medo, enfim, de enfrentar o novo, pelo receio de começar de novo sem a escora do outro que, apesar de nada ou muito pouco fazer pelo relacionamento, esta ali por perto, emanando uma espécie de segurança no maior (ou pior) estilo “eu tenho uma companhia quando volto pra casa”.
Sorriso/MT, 08 de maio de 2013.
Cláudia de Marchi
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