Consumismo
Eu sou consumista. Comprar sapatos me desestressa, olhar vitrines de joalherias fazem minha alma viajar, comprar bijuterias de qualidade me agrada, comprar roupas me dá ânimo, comprar livros me extasia e comprar batons, perfumes e cremes me realizam! Se bobear eu gosto até de comprar remédio!
Mas uma coisa é o que eu gosto e faço, outra, muito diferente é o que é certo fazer, ou melhor, é o que “deveria” ser correto na minha, na sua, enfim, na vida de todos. Apesar de minha veia consumista avantajada, existem pessoas piores neste aspecto.
Inclusive, gastar mais do que se ganha e cometer exageros no comércio é sintoma da euforia dos bipolares, da falta de equilíbrio dos pródigos, enfim, doenças a parte, cometer tais excessos quase sempre é perigoso.
Aliás, qualquer tipo de excesso é um risco a sua saúde física, psíquica ou financeira. Equilíbrio foi, é e sempre será a palavra de ordem para a tranqüilidade de espírito humana. Gastar mais do que se ganha para ficar bonito, andar na moda, ganhar cultura, mas desfilar por ai com a conta no vermelho é quase um ato insano.
O segredo do crescimento é a moderação. Moderação com os alimentos, com as bebidas, com as compras de roupas, carros, cosméticos, livros e tudo o mais, a menos, é claro que você não queira crescer e não pense em seu amanha.
A menos que você não tenha a ambição de fazer sucesso na sua carreira, de adquirir uma casa própria, um carro melhor e quitado, a menos que você não queira colocar seus filhos numa boa escola ou universidade, a menos que você seja hedonista e pense que a sua vida se circunscreve ao dia de hoje e ao prazer que seus atos imediatistas lhe proporcionam.
O consumismo esta virando uma doença, que contamina até as crianças. Elas competem para ver quem tem o celular mais moderno, as roupas de melhor marca, o pai melhor sucedido, o carro mais bonito, o melhor perfume importado, enfim, as nossas crianças estão sendo influenciadas, pelos pais e pelos demais adultos com quem convivem, a se tornarem extremamente consumistas. Isso me preocupa muito, porque é uma propagação macabra do ter, ao invés do ser.
Sorriso/MT, 09 de maio de 2013.
Cláudia de Marchi
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