Sobre o verdadeiro pecado!

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"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

A vida sexual das balzaquianas.

A vida sexual das balzaquianas.

Dizem que as quarentonas estão na idade da loba. Algo que, com certeza, causa uma empolgação nas balzaquianas. Todavia, convenhamos, dos “inte” aos “inta” a mulher evolui sensacionalmente em sua vida sexual.
Quando somos novinhas, na fase dos vinte, a gente é mais insegura. Podemos estar super saradas, barriga negativa, bunda arrebitada, mas a gente sente vergonha até de alguns “barulhos”, a gente tenta se soltar, mas a dificuldade e a insegurança nos deixa ansiosas.
Não raras vezes, a “gatinha” se entrega ao fingimento. A ansiedade a deixa mal e ela apela para todos os motes: grita, geme, arranha, tudo para mostrar ao parceiro que foi à Marte e voltou nos orgasmos sentidos. Opa! Sentidos não, fingidos. E o cara se convence disso, afinal, tudo o levou a crer que ele é o “gostoso” da parada.
Aos 30 anos a gente tem orgasmo ou não tem! Não precisa fingir, não quer agradar a homem algum, não tem medo de ser deixada porque não gozou e, quando a gente goza, não tem vergonha alguma. A gente mostra, a gente fala, a gente geme e a gente é autentica! Não precisamos mentir, menos ainda fingir. Se o sujeito é ruim a gente faz questão de mostrar que é pra ele se aprimorar nas próximas ou procurar uma “gatinha”.
Se der vontade de gritar a gente grita, se der vontade de arranhar a gente arranha, se der vontade de gemer alto a gente geme e se der vontade de, após o orgasmo, deixar o sujeito gozar sem que se segure muito tempo, a gente deixa. Desde que tenhamos gozado bem, antes dele é claro.
Depois dos 30 a gente é mais sexualmente egoísta do que nunca. A gente consegue orgasmos numa rapidinha no banheiro da firma. A gente transa quando quer e, consequentemente, em virtude da segurança, a gente tem orgasmos com muita, muita facilidade. E muitos orgasmos se a transa for longa. Muitos não, incontáveis!
Precisamos estar seguras e ponto! Marta Suplicy style: “Relaxa e goza”. Depois dos 30 a gente não transa por dó, a gente não transa com medo de ser deixada, a gente só faz sexo quando quer e porque quer e nada pode ser melhor do que isso. O orgasmo, minha amiga, digam o que disserem, surge primeiro na cabeça da gente.
Desamarramo-nos de medos, de padrões estéticos e nos deixamos levar pelos instintos, mormente o de prazer. A gente gosta de agradar ao parceiro? Sim, quem não gosta! Mas não sem antes ficarmos agradadas. A gente não tem “noia” de dizer que não teve orgasmo quando não teve. Dar um tempinho e “atacar” o parceiro de novo. A gente não “cai de boca” em nada sem ter segurança e, ao menos, uma ilusão de paixão. A gente quer ser agradada para ver se compensa agradar. As gatinhas não, elas morrem de medo de não “fazerem tudo” e serem repudiadas. Elas não fazem por entrega e prazer, fazem para agradar, tais quais as prostitutas que recebem para transar.
Mulheres balzaquianas, elegantes, inteligentes e bem resolvidas só fazem sexo quando querem, só tiram a roupa quando se sentem a vontade, a nossa pele brilha, não de oleosidade ou de excesso de maquiagem, a gente tem luminosidade mesmo!
Logo, a gente não finge, a gente conduz e não tem vergonha de subir em cima do parceiro e conseguir o que queremos. E o que de melhor podemos conseguir de um homem? Prazer, provavelmente, afinal, dinheiro não nos interessa. Segurança também não. Mas sexo bom e um parceiro cordial, sim.
Qual é o problema de ter mais de 30? Sexualmente nenhum. O problema, talvez seja a imaturidade sexual masculina, as paranoias trazidas de tanto transar e namorar com mulher novinha, com mulher na faixa dos “inte”, por exemplo. Aquelas que demoram um baita tempo para gozar, se gozam, e fingem inúmeras vezes com talento. Aquelas que eles chamam de “gata” pela aparência, não pela qualidade na cama e pelo prazer que têm e concedem.
Depois dos 30 a gente só transa quando está segura, quando acha o parceiro admirável em algum aspecto, a gente conhece nosso corpo, tem mais orgasmos e em menor tempo e também não tem vergonha da ejaculação feminina e de tudo o mais que surge numa transa que ultrapasse 12 minutos. Afinal, temos muito aproveitamento antes desse tempo. Se os 40 é a idade da loba, que venha a mil, mas os 30 é a idade da tigresa, isso com certeza! E tigresas devoram, não são comidas.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 12 de janeiro de 2015.

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