Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Mais de nós.


Mais de nós.

A gente gosta de afinidades. Quanto mais gostamos de nós mesmos e estamos de bem com nosso ego e autoestima, mais ainda valorizamos e nos atraímos por pessoas afins conosco.
É a tal da “identificação” que, por sua vez, nos faz sentir-nos menos sozinhos no mundo. Quando conhecemos e interagimos com uma pessoa que tem afinidades conosco, temos aquela sensação: “Graças! Não sou só eu!”.
Outro dia falava sobre a beleza da minha irmãzinha de dois anos com uma amiga, após eu dizer que ela era parecida com nosso pai e, consequentemente, comigo, ela disparou: “Claro, por isso você acha ela bonita!”.
Como negar? Confesso, gosto da minha aparência e ver minha irmãzinha com a minha boca, sobrancelha e bumbum me deixa realizada! Quem, por sua vez, está de mal consigo mesmo, seja intelectual ou fisicamente, gosta do seu oposto, do diferente.
Ou melhor, costuma transformar um bom sentimento (o gostar) no negativo, o invejar. Gente de mal com a vida é incapaz de sentir muitos sentimentos positivos, o que é uma pena, pois, assim, continuarão de mal com o mundo! Simples! E lamentável.
Gente que se acha feia, costuma se implicar com pessoas bonitas, com pessoas que ela mesma acha esteticamente belas. Gente tímida e retraída, seguidamente, se implica com gente extrovertida. Gente desprovida de muitas leituras e conhecimento, ao invés de admirar quem o tem, costuma invejar.
E nessa coisa de invejar, acha mil desculpas: “ela se acha”, “ela é metida”, “ela é arrogante”, quando, na verdade, a pessoa não é nada disso, só é alguém mais extrovertido, mais comunicativo e, quiçá, com mais conhecimento acerca do que fala e sobre o que se manifesta.
Eu gosto de mulheres arrumadas, bonitas, bem vestidas, com bom gosto e, sobretudo, cheias de opinião e inteligentes. Confesso, fico fã de quem é assim! No fundo, quando a gente gosta de algo, no caso, da gente mesmo, a gente quer “mais do mesmo”. Mais de nós no mundo.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 29 de janeiro de 2015.

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