Faces.
Eu não sou
óbvia, não pertenço a "tribos", nem gosto de guetos. Sou parceira
para quase tudo, mas não sou falsa. Não suporto algumas coisas. E deixo quais
são elas de forma clara.
Sou demasiado
sincera e mudo até meu olhar quando desagradada. Se magoo pessoas é por não ser
falsa, em que pese seja educada e, não raras vezes, muito mal interpretada.
Amo ficar em
casa, filmes, livros, música, cozinha e seriados. Conforto, enfim. Aconchego.
Gosto de alegria, cerveja e vinho e, mais, gosto de uma mesa cheia cercada de
quem me faz bem.
Gosto de
conhecer pessoas, mas não gosto de todas as pessoas. Na verdade existe uma
maioria meio idiota e fútil que eu repilo. Mas não tenho preconceitos ou medo
de sorrir, interagir e dar o meu melhor para quem conquista o meu prezar. Ainda
que temporariamente!
Eu não gosto de
excessos, não curto essas coisas ilícitas, mas também não sou politicamente
correta. Desprezo gente que não bebe, não transa e nunca fala palavrão. Sou livre
na mente, na conduta, todavia, tenho em mim alo de pudico que não agrada a
todos. Não agrada aqueles que não têm limites para o “curtir” a vida, por
exemplo.
Enfim, não vejo
mal algum em encher a cara numa festa, em tomar muito vinho com o namorado, mas
não curto drogas. Não curto nada que alucine, não curto nada que relaxe. Não me
venha com maconha, chá de alguma coisa ou cocaína. Não preciso disso, sou
naturalmente extasiada perante a vida.
Não curto
fetichismo também. Tenho nojo de gente que tem fantasias estranhas, “extra
casal”. Sabe, “ménage” e coisas assim? Não gosto. Sexo bom é sexo bom, orgia é
orgia. Da mesma forma, não curto pornografia, vídeos e filmes. Por que ver os
outros se eu posso fazer algo com quem está comigo? Eu posso ser a atriz! Não me
excita gente pelada ou gente pelada se esfregando. Enfim, sou livre na mente,
mas tenho meus limites.
Amo o que tenho e, sobretudo, amo quem eu
escolhi me tornar e o que resolvi fazer com aquilo que a vida me fez?
Decepções? Algumas. Desistência? Jamais. Sou teimosa demais para desistir do
que acredito. Do amor, por exemplo.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 03 de janeiro de 2015.
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