Sobre o verdadeiro pecado!

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"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Relacionamentos, empresas e outros detalhes.

Relacionamentos, empresas e outros detalhes.

Raciocínios simplistas não combinam em nada comigo. Sou a rainha da imprevisibilidade e da “indeduzibilidade”. “Ah, eu deduzo que você!”. Não raras vezes você deduz errado, muito errado, erradíssimo. Sei lá, tem gente que me ouve falar em curtir relações sérias e deduz que eu não curto a vida de solteira, que não sou feliz sozinha.
Sabe as pessoas que vão do céu ao inferno sem dar um passeio pela terra? Por aí! Se eu não curtisse a vida de solteira eu me quedaria infeliz e descontente em relacionamentos aparentemente bons, como a maioria faz. Se eu não fosse feliz sozinha, eu não estaria sozinha! Simples!
A maioria vive relações mornas, relações zumbis. Relacionamentos mortos, mas que continuam “andando”, enfim. Hoje no mercado, após sair do dentista, vi um casal com uma criança pequena e chiliquenta ao extremo.
A mãe foi consolar o pequeno filho dizendo: “Calma filho, papai já pegou.” Nisso, “papai diz”: “Peguei é o c****!”. Oh, mas que lindo! Não à toa a coitada da mulher estava mal cuidada e com uns 30 Kg a mais, andando de arrasto. Infelicidade engorda! Causa ansiedade.
Na ausência de uma relação boa, a coitada come. E na ausência de uma mulher “gostosa” no melhor estilo programa de televisão de 5ª categoria e revistas com photoshop, o marido grosso procura amantes fora. Acredite, isso se torna um circulo vicioso de infelicidade que, quem está de fora, raramente percebe e até quem está dentro fica perdido no “de quem é a culpa?”.
Lembro-me que em 2010, em janeiro, eu estava pesando 49 Kg. Para 1,69m! Fim de casamento curto e cheio de problemas, embates e dissonância de personalidades, vulgo, incompatibilidade de gênios. A infelicidade extrema me faz emagrecer, irritações me fazem engordar. E assim ocorre com muitos seres humanos.
Não raras vezes, para calar nossas carências comemos demais, bebemos demais. Enfim, querer ser levada a sério e amada não é desespero, menos ainda desprezo pela condição de solteira que, aliás, amo de paixão. Querer uma companhia de alma leve e que assuma uma relação com o coração e a mente abertos é saber que mereço o melhor do melhor. E só!
Sou muito mais feliz e equilibrada sozinha, escrevendo, cozinhando, lendo, assistindo seriados e filmes, trabalhando e estudando ao máximo, do que numa relação com uma pessoa diferente de mim na forma de ver o mundo e nas predileções. Do contrário teria casado lá pelos “idos” de 2005 e estaria junto até hoje. Como muita gente mundo a fora.
Não sou uma pessoa conformada, sou uma pessoa que gosta de paixão, gosta de entusiasmo e despreza esse povo que acha que relacionamento sério implica em acomodação, em falta de surpresas, agrados e energia.
Aliás, normalmente as pessoas me perdem porque acham que “eu te amo” é titulo translativo de propriedade: “Ah, ela me ama, agora ela é minha, então eu vou poder diminuir o ritmo e ser quem eu sou.” E é aí que mora o perigo, ao menos comigo. Eu não me acomodo nunca e, sinceramente? É isso que eu quero de um parceiro. Paixão, entusiasmo e energia ou a relação será eterna enquanto durar. E vai durar pouco.
Lembro-me de uma frase memorável de meu ex-marido, quando perguntado sobre sua a predileção de corpo feminino e o motivo: “Eu não gosto de mulher seca, mas gosto de mulher magra. A mulher tem a vida inteira pra ser gorda, não precisa ser desde cedo.” E é por aí, você tem a vida toda pra cruzar os braços e se acomodar, não precisa fazer isso no auge do relacionamento, certo?!
Relações não esfriam sozinhas e não são “naturalmente” complicadas. Quem esfria e complica são as pessoas com a sua inteligência emocional fajuta. Se você tem uma empresa que está indo bem, você não vai descuidar dela e arriscar a “falir” certo?! Pois é, relações amorosas são como empresas, ou você injeta animo ou a concorrência lhe atropela.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 14 de janeiro de 2015.

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