Relacionamentos,
empresas e outros detalhes.
Raciocínios
simplistas não combinam em nada comigo. Sou a rainha da imprevisibilidade e da “indeduzibilidade”.
“Ah, eu deduzo que você!”. Não raras vezes você deduz errado, muito errado, erradíssimo.
Sei lá, tem gente que me ouve falar em curtir relações sérias e deduz que eu
não curto a vida de solteira, que não sou feliz sozinha.
Sabe as pessoas
que vão do céu ao inferno sem dar um passeio pela terra? Por aí! Se eu não
curtisse a vida de solteira eu me quedaria infeliz e descontente em
relacionamentos aparentemente bons, como a maioria faz. Se eu não fosse feliz
sozinha, eu não estaria sozinha! Simples!
A maioria vive relações
mornas, relações zumbis. Relacionamentos mortos, mas que continuam “andando”,
enfim. Hoje no mercado, após sair do dentista, vi um casal com uma criança
pequena e chiliquenta ao extremo.
A mãe foi
consolar o pequeno filho dizendo: “Calma filho, papai já pegou.” Nisso, “papai
diz”: “Peguei é o c****!”. Oh, mas que lindo! Não à toa a coitada da mulher
estava mal cuidada e com uns 30 Kg a mais, andando de arrasto. Infelicidade
engorda! Causa ansiedade.
Na ausência de
uma relação boa, a coitada come. E na ausência de uma mulher “gostosa” no
melhor estilo programa de televisão de 5ª categoria e revistas com photoshop, o
marido grosso procura amantes fora. Acredite, isso se torna um circulo vicioso
de infelicidade que, quem está de fora, raramente percebe e até quem está
dentro fica perdido no “de quem é a culpa?”.
Lembro-me que em
2010, em janeiro, eu estava pesando 49 Kg. Para 1,69m! Fim de casamento curto e
cheio de problemas, embates e dissonância de personalidades, vulgo,
incompatibilidade de gênios. A infelicidade extrema me faz emagrecer,
irritações me fazem engordar. E assim ocorre com muitos seres humanos.
Não raras vezes,
para calar nossas carências comemos demais, bebemos demais. Enfim, querer ser
levada a sério e amada não é desespero, menos ainda desprezo pela condição de
solteira que, aliás, amo de paixão. Querer uma companhia de alma leve e que assuma
uma relação com o coração e a mente abertos é saber que mereço o melhor do
melhor. E só!
Sou muito mais
feliz e equilibrada sozinha, escrevendo, cozinhando, lendo, assistindo seriados
e filmes, trabalhando e estudando ao máximo, do que numa relação com uma pessoa
diferente de mim na forma de ver o mundo e nas predileções. Do contrário teria
casado lá pelos “idos” de 2005 e estaria junto até hoje. Como muita gente mundo
a fora.
Não sou uma
pessoa conformada, sou uma pessoa que gosta de paixão, gosta de entusiasmo e
despreza esse povo que acha que relacionamento sério implica em acomodação, em
falta de surpresas, agrados e energia.
Aliás, normalmente
as pessoas me perdem porque acham que “eu te amo” é titulo translativo de
propriedade: “Ah, ela me ama, agora ela é minha, então eu vou poder diminuir o
ritmo e ser quem eu sou.” E é aí que mora o perigo, ao menos comigo. Eu não me
acomodo nunca e, sinceramente? É isso que eu quero de um parceiro. Paixão,
entusiasmo e energia ou a relação será eterna enquanto durar. E vai durar
pouco.
Lembro-me de uma
frase memorável de meu ex-marido, quando perguntado sobre sua a predileção de
corpo feminino e o motivo: “Eu não gosto de mulher seca, mas gosto de mulher
magra. A mulher tem a vida inteira pra ser gorda, não precisa ser desde cedo.” E
é por aí, você tem a vida toda pra cruzar os braços e se acomodar, não precisa
fazer isso no auge do relacionamento, certo?!
Relações não esfriam
sozinhas e não são “naturalmente” complicadas. Quem esfria e complica são as
pessoas com a sua inteligência emocional fajuta. Se você tem uma empresa que
está indo bem, você não vai descuidar dela e arriscar a “falir” certo?! Pois é,
relações amorosas são como empresas, ou você injeta animo ou a concorrência lhe
atropela.
Cláudia de
Marchi
Sorriso/MT, 14
de janeiro de 2015.
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