Minhas experiências,
homens mais velhos, mulheres mais jovens e desconfianças.
Do alto dos meus
trinta e poucos muito bem vividos anos de vida eu tenho uma lista de experiências.
O meu namorado mais adorável, com quem fiquei por dois anos, tinha 19 anos a mais
do que eu. A minha mais bandida paixão, o ex-marido, tinha 17 anos a mais.
Quando eu os
conheci estava na faixa dos 20 anos. Casei-me com 26. Todavia, ao contrário da maioria
das mulheres, eu sempre convivi com pessoas adultas, filha única criada no meio
das tias, muita leitura, muita música da “geração coca-cola”.
Eu não deixava
muito a desejar para uma mulher de trinta naquela época, não no quesito cultura
e assuntos, mas, com certeza, no quesito maturidade. Depois que me divorciei
fui noiva de uma pessoa, também, mais velha do que eu. Desisti.
E com minha desistência
me mudei para o MT. E, agora, penso: “Qual era o problema daqueles caras?”. Qual
é o problema desses homens com mais de 30 e poucos e namoradinhas com menos de
20! Ou dos tiozões com as namoradinhas com 20 e alguma coisa?
Claro que
existem exceções, como eu mesma já fui. Buscava experiência, dialogo de
fundamento, maturidade e companheirismo nos homens mais velhos. Não era
conforto, dinheiro ou alguém para me sustentar (benzadeus e me livre!).
Mas, num mundo
com tanta balzaquiana com corpo de 20, segura de si, dona de seu nariz e conta
bancária, madura e bem resolvida, porque querer uma jovenzinha? Bem, aí
começaram a surgir minhas duvidas a respeito da segurança e competência intelectual
e sexual desses homens.
Infelizmente, o
papo que cola com a moça de 20 não convence a de 30. Mulheres de 30 anos
razoavelmente inteligentes sabem muito bem o que querem de um homem, na cama e
fora dela. As novinhas costumam ser mais carentes e inseguras. Tudo o que
possuem de “frescor” da juventude, carne dura e ausência de linhas de expressão,
possuem de pouca segurança e experiência de vida.
E, convenhamos,
a maturidade é filha das experiências. A sabedoria é filha do que aprendemos
com as experiências que tivemos. E a inteligência emocional é filha do que
aprendemos com os livros que lemos, com o que já sofremos e com o que já vimos
nessa vida.
Considero-me
muito melhor em todos os aspectos hoje em dia. Perdi fios de cabelo, massa
muscular, bochechas. Mas a libido se avantajou, a segurança, a liberdade para
ligar a luz e sair desfilando sem medo também. A vergonha na cara se manteve, a
vergonha entre quatro paredes se perdeu. Eu deixei na casa dos “inte”.
Logo,
atualmente, eu desconfio até da virilidade desses caras que catam jovenzinhas
por aí. Querem se exibir? Provar que são machões? Então deveriam pegar uma
trintona bonita, daí eu coloco fé. Porque é a balzaquiana que não tem medo de
dispensar o namorado que não dá conta do recado, é a balzaquiana independente
financeira e psiquicamente, não a menina que precisa de você para poder beber e
comer sem contar moedas ou pedir uns trocados para o pai, que vai confirmar se você
é o “garanhão” que acha que é.
A sociedade está
muito equivocada quando acha “o cara” o tio que pega mocinha nova. Se ele fosse
tão bom encontrava uma mulher madura e bonita, do tipo que existe muito hoje em
dia. Do tipo que paga o próprio silicone e academia de ginástica, sem precisar
de patrocínio.
Cláudia de
Marchi
Sorriso/MT, 13
de janeiro de 2015.
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