Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Minhas experiências, homens mais velhos, mulheres mais jovens e desconfianças.


Minhas experiências, homens mais velhos, mulheres mais jovens e desconfianças.

Do alto dos meus trinta e poucos muito bem vividos anos de vida eu tenho uma lista de experiências. O meu namorado mais adorável, com quem fiquei por dois anos, tinha 19 anos a mais do que eu. A minha mais bandida paixão, o ex-marido, tinha 17 anos a mais.
Quando eu os conheci estava na faixa dos 20 anos. Casei-me com 26. Todavia, ao contrário da maioria das mulheres, eu sempre convivi com pessoas adultas, filha única criada no meio das tias, muita leitura, muita música da “geração coca-cola”.
Eu não deixava muito a desejar para uma mulher de trinta naquela época, não no quesito cultura e assuntos, mas, com certeza, no quesito maturidade. Depois que me divorciei fui noiva de uma pessoa, também, mais velha do que eu. Desisti.
E com minha desistência me mudei para o MT. E, agora, penso: “Qual era o problema daqueles caras?”. Qual é o problema desses homens com mais de 30 e poucos e namoradinhas com menos de 20! Ou dos tiozões com as namoradinhas com 20 e alguma coisa?
Claro que existem exceções, como eu mesma já fui. Buscava experiência, dialogo de fundamento, maturidade e companheirismo nos homens mais velhos. Não era conforto, dinheiro ou alguém para me sustentar (benzadeus e me livre!).
Mas, num mundo com tanta balzaquiana com corpo de 20, segura de si, dona de seu nariz e conta bancária, madura e bem resolvida, porque querer uma jovenzinha? Bem, aí começaram a surgir minhas duvidas a respeito da segurança e competência intelectual e sexual desses homens.
Infelizmente, o papo que cola com a moça de 20 não convence a de 30. Mulheres de 30 anos razoavelmente inteligentes sabem muito bem o que querem de um homem, na cama e fora dela. As novinhas costumam ser mais carentes e inseguras. Tudo o que possuem de “frescor” da juventude, carne dura e ausência de linhas de expressão, possuem de pouca segurança e experiência de vida.
E, convenhamos, a maturidade é filha das experiências. A sabedoria é filha do que aprendemos com as experiências que tivemos. E a inteligência emocional é filha do que aprendemos com os livros que lemos, com o que já sofremos e com o que já vimos nessa vida.
Considero-me muito melhor em todos os aspectos hoje em dia. Perdi fios de cabelo, massa muscular, bochechas. Mas a libido se avantajou, a segurança, a liberdade para ligar a luz e sair desfilando sem medo também. A vergonha na cara se manteve, a vergonha entre quatro paredes se perdeu. Eu deixei na casa dos “inte”.
Logo, atualmente, eu desconfio até da virilidade desses caras que catam jovenzinhas por aí. Querem se exibir? Provar que são machões? Então deveriam pegar uma trintona bonita, daí eu coloco fé. Porque é a balzaquiana que não tem medo de dispensar o namorado que não dá conta do recado, é a balzaquiana independente financeira e psiquicamente, não a menina que precisa de você para poder beber e comer sem contar moedas ou pedir uns trocados para o pai, que vai confirmar se você é o “garanhão” que acha que é.
A sociedade está muito equivocada quando acha “o cara” o tio que pega mocinha nova. Se ele fosse tão bom encontrava uma mulher madura e bonita, do tipo que existe muito hoje em dia. Do tipo que paga o próprio silicone e academia de ginástica, sem precisar de patrocínio.
Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 13 de janeiro de 2015.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.