Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Mulheres, cafajestes, piás e homens.

Mulheres, cafajestes, piás e homens.

As pessoas e seu hábito de julgar superficialmente as outras e seus atos geram afirmativas e brocardos dotados de uma idiotia inominável. Outro dia me falar que mulheres gostam de cafajestes, só porque uma mulher decente e bonita estava acompanhada de um traste.
Pois bem, algumas considerações a respeito. Mulheres com “m” maiúsculo, gostam de ser bem tratadas. Gostam de flores, chocolate, demonstração de afeto e carinho, respeito e, entre quatro paredes, atitude, “pegada” boa.
Sabe, por que às vezes a gente conhece um cara que, na verdade, é uma lebre fantasiada de gato, e entabula uma relação com ele? Porque todo cara que não presta adquire certo traquejo conosco que os que se acham bonitos, bem sucedidos e decentes não tem.
Eles nos iludem temporariamente, porque sabem do que gostamos. Na horizontal e na vertical, diga-se de passagem. É uma espécie de “compensação”. Todavia, só se mantém ao lado de párias, após descobrir que o sujeito é um ser humano fraudulento, a mulher que, como ele, não tem vergonha na cara, decência e amor próprio.
Passar um tempo ao lado de cafajestes a gente pode passar, mas descobrir quem o cara é e se manter com ele é outra coisa. Bem diferente. Sabe a história do corno? Só é corno quem perdoa traição e se mantém apaixonado, porém ser traído qualquer um pode ser? Então, é por aí. Ser vitima de um ser humano e de um equivoco uma vez é acaso, quedar-se inerte é opção. Má opção é claro.
Atualmente, infelizmente, a gente cruza mais com moleques do que com homens de verdade. Homem de verdade sabe do que uma mulher gosta e não tem medo de agir, homem de verdade não fica se achando a farofa da cuca. Simplesmente se garante e consegue ser gentil. Dosa afetuosidade com agressividade sobre os lençóis. Sabe agir, simples.
Ocorre que a maioria anda insossa, ogra e sem graça. Crente de que, porque batalha, estuda, ganha bem e tem futuro, enfim, se achando um “bom partido”, termina perdendo quórum para os que não são nada disso, mas nos conquistam, nos tratam bem, nos mimam. Então, nós, enganadas, nos desiludimos, damos um pé na bunda do cafajeste e continuamos a ver essas dissonâncias no mundo: cidadãos legais por um lado, agindo como piá com as mulheres, não como homem.
Se a gente acaba se iludindo com cara malandro é porque você, que é decente, acha que isso basta, que a gente tem que cair de amores por você. É porque você não sabe conquistar uma mulher de verdade, sabe, isso sim, mostrar abdômen sarado, carro de luxo e ostentar bebida cara na noite, é porque você não sabe distinguir menina e biscate de mulher de verdade. É porque, enfim, a sua inteligência emocional é uma piada.
Normalmente os sujeitos que tratam uma mulher como ela merece ou são desonestos e mentirosos ou são pobres e acomodados. Os legais ficam se achando como se devêssemos procura-los, nos envolvermos com suas virtudes homéricas sem que precisemos ser conquistadas. Coisa de piá!
A gente quer ser bem tratada, conquistada e agradada, logo, assim como dispensamos o cafajeste após vermos sua real face, dispensamos você que se acha o bom e pode até ser, no trabalho, com o gerente da sua conta bancária, com seus clientes, com as mocinhas da faixa dos “inte”, não no trato conosco. Na cama e fora dela. Mulheres que valem a pena não têm medo de ficarem sozinhas. Dispensamos o sem vergonha e dispensamos o “cara legal” que acha que mulher é coisa. A gente é seletiva, não impassível de enganos. Simples assim.
Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 16 de janeiro de 2015.

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