Vivendo,
namorando e aprendendo.
Se tem algo que
eu gosto em mim é a tal da coragem! Nunca tive medo de me entregar a um
relacionamento, de mudar de planos e até de vida. Não gosto de gente
acovardada, de quem já sofreu e passa o resto da vida imerso em medos
medíocres. "Ai, não quero me machucar de novo!". Inocência!
Não querer se
machucar tendo medo do novo só fará você, realmente, se machucar por ter
desperdiçado uma chance, uma oportunidade. Sou extremamente realista, mas se
existe algo que faço com talento é o tal de ver o lado bom das coisas!
Se conheço
alguém e me mantenho ao seu lado, pelo tempo que for, é porque a pessoa me fez
bem por tal período! Se termino é porque me afastar de determinada pessoa foi
algo que escolhi. Para o meu bem!
Sempre aprendo
com minhas escolhas, porque não existe no mundo ser humano que seja a tal ponto
inútil que não nos ensine algo! Sempre restamos mais maduros, mais espertos e
conscientes de nossas vontades após um termino de relação.
Aprendemos novos
sabores, novos conceitos e, sobretudo, criamos mais consciência acerca do que
podemos ou não tolerar, afinal a intolerância é algo que precisamos conquistar!
Há de ser merecida, porque quem muito tolera e aceita, não é santo, mas apenas
um ser humano que não se conhece e, mais, não conhece seu próprio valor. Ou não
se da o valor, enfim.
Tive namorados
com quem eu aprendi mais sobre vinhos, alguns me ensinaram sobre psicologia,
filosofia e politica, outros me ensinaram a questionar mais sobre divindades,
outros me ensinaram um pouco sobre futebol e futsal, outros me ensinaram como
ser servil não é legal, outros me ensinaram sobre música, rock e afins.
Outros também me
ensinaram como não ser, me ensinaram como ter oportunidades fáceis demais pode não
ser bom, mas, enfim, de filmes, música à sabores, sempre consegui sair das
minhas relações um pouco mais culta e muito mais madura do que quando entrei.
Se conheci deles
coisas que não gostei? Claro, do contrário estaria acompanhada, casada, sei lá!
Certo é que também aprendi, com cada relacionamento, que nem sempre o que eu
sei que desejo é importante, às vezes o “quase perfeito” vem acompanhado de
imperfeições que não consigo tolerar.
Não me admito,
porém, mais sofrer por nada ou ninguém! Tenho em mim a doce capacidade de
aproveitar o útil, e, sobretudo, de ver alguma utilidade em tudo, afinal,
dependendo do olhar que lhe damos até uma formiga pode nos ensinar algo! Para
tanto, precisamos de humildade e coragem, atributos que nos direcionam para a
verdadeira felicidade: a que não tem motivo aparente, mas nos invade e realiza.
Cláudia de
Marchi
Sorriso/MT, 24
de janeiro de 2015.
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