Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

domingo, 11 de janeiro de 2015

Porque eu não sou feminista?

Porque eu não sou feminista?

Porque eu não sou feminista? Primeiramente, porque não nego que existam diferenças na forma de ser e até mesmo de sentir entre homens e mulheres. A evolução genética não nos deixou idênticos, portanto eu não quero saber dessa igualdade “demagógica” (ou devaneosa?) que apregoam por aí.
Mas, que fique claro, não ser feminista, não erguer bandeira, não me faz machista. Sou, simplesmente, uma pessoa que admira a coerência entre a realidade e a “ficção”, entre o mundo real, o mundo como ele é, e o mundo idealizado, o mundo como deveria ser. E, nesse meio termo, tem opiniões próprias.
Logo, sou balzaquiana, não sou promiscua, mas bebo como homem, me divirto como um, pago minhas contas, não quero ser financeiramente dependente, não procuro homem endinheirado, mas admiro os bem sucedidos. Não limpo casa, não lavo roupa, mas gosto de cozinhar.
Gosto de cerveja, vinho, caipirinhas, carne gorda, costela bem assada, picanha mal passada. Não vivo de dieta, não coloco mega hair, não faço cirurgia plástica e nem me mato de malhar para ficar com as coxas e a bunda gigantes, estilo panicats para chamar a atenção dos homens que cismaram que mulher “gostosa” tem que ser musculosa.
Gosto de relacionamentos sérios, não curto drogas ilícitas e coisas assemelhadas. Não é porque me sustento e passei dos “inta” que tenho que lhe dar fácil, compreendido? Aliás, justamente por isso, eu faço quando quero e se quero. Dependendo, obviamente, de seu “traquejo” comigo. Não me sinto à vontade de uma hora para a outra e gosto de atos de conquista. Nenhum homem me “pega” ou me “come” o homem me conquista e quem “come” sou eu! Se me sentir a vontade e quiser, claro.
E outra, não me peça sexo, eu não gosto de quem me “solicita”. Não dou por dinheiro para você “requerer” algo de mim. Seja sexo oral, sexo anal ou o que for eu só faço se confiar em você, se me apaixonar por você! Gosto de safadeza, sou bem resolvida e solta. Mas só faço porque quero, quando quero e se quero. Não preciso agradar homem sem que eu agrade a mim mesma!
Porque eu continuo não sendo feminista apesar disso? Porque gasto muito dinheiro em salão, roupas, depilação, cabelos, maquiagem, cremes e estética, logo, não quero dividir conta, portanto, não sou feminista. Em minha antiquada e acomodada ideia, pagar a conta do restaurante ainda é função do homem. Se você não tem dinheiro, não me convide para jantar.
Não sou feminista, também não sou machista e, igualmente, não sou imbecil. “Se homem sai e pega uma mulher por noite ninguém fala mal ele”. Eu falo, ou melhor, eu penso. Gente promiscua não se valoriza independente do sexo. Então não me venha com distinção sexista.
Ah, “é feio a mulher dar no primeiro encontro”. Realmente, não é algo que me agrade, mas eu sou um caso a parte. Preciso de intimidade, confiança, preciso ser conquistada para transar com alguém. Gosto de coisas sérias.
Não rechaço exceções à regra, mas, nesse caso, ao contrário da maioria das mulheres não vou esperar ligação ou contato do sujeito no outro dia. E nem vou me importar se ele, do alto de seu machismo, falar de mim para os amigos em mesa de bar. Se for pra fazer algo, assuma os riscos do resultado de sua conduta. Não seja tola!
Já viu homem sair transar com uma desconhecida e ficar olhando no celular para ver se ela lhe liga no dia seguinte? Homem transar com uma estranha e imaginar os filhos que terá com ela? Não, né!? Se você pensar e sentir exatamente igual a um homem, meus parabéns! Eu não sou assim e, portanto, não sou feminista.
Todavia, também não suporto machismo, aqueles homens que julgam mal a mulher que transou fácil com eles sem saber quem ela é e como costumeiramente age. Não raras vezes a química foi grande e ela fez uma “loucura excepcional”. E aquela que você sai e demora para transar com você, faz isso porque conhece o seu machismo. Ela não deu fácil pra você, porque quer casar, para os outros ela já deu. Tenha certeza disso.
Não existe mulher santa, existem mulheres inseguras, existem mulheres não conquistadas e existem aquelas que não sentem atração por você. Simples. Logo, também não sou machista, eu sigo a lógica.
Não sou feminista, porque eu acho que quem tem que ir atrás de mim é o homem, não eu. Se eu for simpática, sorrir e der o meu numero de telefone, se eu deixei-me ser beijada e abraçada, dei todos os sinais que o sujeito precisava para me contatar. Se ele não me ligar, não mandar mensagem, eu não o farei. Aliás, deleto o numero para não ligar nem por engano!
Em minha opinião, nenhum pouco machista, nós mulheres escolhemos nosso parceiro. A gente escolhe para quem vamos sorrir e seduzir, a gente dá sinais, a gente escolhe quando quer transar. Logo, não vejo motivo para, além disso tudo, ir atrás de quem não se deu ao trabalho de me procurar.
Enfim, eu não sou feminista e também não sou machista. Tenho minha lógica pessoal, intima e racional. Achar que homens e mulheres podem agir da mesma forma e obter os mesmos resultados e criticas, em minha opinião, é discurso ilógico. É um “sonho”, algo idealizado, mas impraticável.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 11 de janeiro de 2015.

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