Porque eu não
sou feminista?
Porque eu não sou
feminista? Primeiramente, porque não nego que existam diferenças na forma de
ser e até mesmo de sentir entre homens e mulheres. A evolução genética não nos
deixou idênticos, portanto eu não quero saber dessa igualdade “demagógica” (ou
devaneosa?) que apregoam por aí.
Mas, que fique
claro, não ser feminista, não erguer bandeira, não me faz machista. Sou,
simplesmente, uma pessoa que admira a coerência entre a realidade e a “ficção”,
entre o mundo real, o mundo como ele é, e o mundo idealizado, o mundo como
deveria ser. E, nesse meio termo, tem opiniões próprias.
Logo, sou
balzaquiana, não sou promiscua, mas bebo como homem, me divirto como um, pago
minhas contas, não quero ser financeiramente dependente, não procuro homem
endinheirado, mas admiro os bem sucedidos. Não limpo casa, não lavo roupa, mas
gosto de cozinhar.
Gosto de
cerveja, vinho, caipirinhas, carne gorda, costela bem assada, picanha mal
passada. Não vivo de dieta, não coloco mega hair, não faço cirurgia plástica e
nem me mato de malhar para ficar com as coxas e a bunda gigantes, estilo
panicats para chamar a atenção dos homens que cismaram que mulher “gostosa” tem
que ser musculosa.
Gosto de
relacionamentos sérios, não curto drogas ilícitas e coisas assemelhadas. Não é
porque me sustento e passei dos “inta” que tenho que lhe dar fácil,
compreendido? Aliás, justamente por isso, eu faço quando quero e se quero.
Dependendo, obviamente, de seu “traquejo” comigo. Não me sinto à vontade de uma
hora para a outra e gosto de atos de conquista. Nenhum homem me “pega” ou me “come”
o homem me conquista e quem “come” sou eu! Se me sentir a vontade e quiser,
claro.
E outra, não me
peça sexo, eu não gosto de quem me “solicita”. Não dou por dinheiro para você “requerer”
algo de mim. Seja sexo oral, sexo anal ou o que for eu só faço se confiar em você,
se me apaixonar por você! Gosto de safadeza, sou bem resolvida e solta. Mas só
faço porque quero, quando quero e se quero. Não preciso agradar homem sem que
eu agrade a mim mesma!
Porque eu
continuo não sendo feminista apesar disso? Porque gasto muito dinheiro em
salão, roupas, depilação, cabelos, maquiagem, cremes e estética, logo, não quero
dividir conta, portanto, não sou feminista. Em minha antiquada e acomodada
ideia, pagar a conta do restaurante ainda é função do homem. Se você não tem
dinheiro, não me convide para jantar.
Não sou
feminista, também não sou machista e, igualmente, não sou imbecil. “Se homem
sai e pega uma mulher por noite ninguém fala mal ele”. Eu falo, ou melhor, eu
penso. Gente promiscua não se valoriza independente do sexo. Então não me venha
com distinção sexista.
Ah, “é feio a
mulher dar no primeiro encontro”. Realmente, não é algo que me agrade, mas eu
sou um caso a parte. Preciso de intimidade, confiança, preciso ser conquistada
para transar com alguém. Gosto de coisas sérias.
Não rechaço exceções
à regra, mas, nesse caso, ao contrário da maioria das mulheres não vou esperar ligação
ou contato do sujeito no outro dia. E nem vou me importar se ele, do alto de
seu machismo, falar de mim para os amigos em mesa de bar. Se for pra fazer
algo, assuma os riscos do resultado de sua conduta. Não seja tola!
Já viu homem
sair transar com uma desconhecida e ficar olhando no celular para ver se ela
lhe liga no dia seguinte? Homem transar com uma estranha e imaginar os filhos
que terá com ela? Não, né!? Se você pensar e sentir exatamente igual a um
homem, meus parabéns! Eu não sou assim e, portanto, não sou feminista.
Todavia, também não
suporto machismo, aqueles homens que julgam mal a mulher que transou fácil com
eles sem saber quem ela é e como costumeiramente age. Não raras vezes a química
foi grande e ela fez uma “loucura excepcional”. E aquela que você sai e demora
para transar com você, faz isso porque conhece o seu machismo. Ela não deu
fácil pra você, porque quer casar, para os outros ela já deu. Tenha certeza
disso.
Não existe
mulher santa, existem mulheres inseguras, existem mulheres não conquistadas e
existem aquelas que não sentem atração por você. Simples. Logo, também não sou
machista, eu sigo a lógica.
Não sou
feminista, porque eu acho que quem tem que ir atrás de mim é o homem, não eu. Se
eu for simpática, sorrir e der o meu numero de telefone, se eu deixei-me ser
beijada e abraçada, dei todos os sinais que o sujeito precisava para me contatar.
Se ele não me ligar, não mandar mensagem, eu não o farei. Aliás, deleto o
numero para não ligar nem por engano!
Em minha opinião,
nenhum pouco machista, nós mulheres escolhemos nosso parceiro. A gente escolhe
para quem vamos sorrir e seduzir, a gente dá sinais, a gente escolhe quando
quer transar. Logo, não vejo motivo para, além disso tudo, ir atrás de quem não
se deu ao trabalho de me procurar.
Enfim, eu não sou
feminista e também não sou machista. Tenho minha lógica pessoal, intima e racional.
Achar que homens e mulheres podem agir da mesma forma e obter os mesmos
resultados e criticas, em minha opinião, é discurso ilógico. É um “sonho”, algo
idealizado, mas impraticável.
Cláudia de
Marchi
Sorriso/MT, 11
de janeiro de 2015.
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