Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Crenças e atos.

Crenças e atos.

Você não é bom pela quantidade de vezes que ora, por quantos dias na semana ou domingos vai à Igreja, por quantas hóstias comeu, por quantos “Deus te abençoe” você diz.
Você é bom pelas atitudes integras, transparentes, honestas e desprovidas de preconceito que você toma. Pela forma com que age, pela forma com que pensa e por, ciente de sua imperfeição, tentar agir e pensar de forma a se tornar um ser humano melhor sem quedar-se inerte só pedindo perdão ao seu Deus pelos erros nos quais reincide.
Comportamentos honestos, daqueles que não causam vergonha, que podem ser tomados frente a todos, sem receios, comportamentos transparentes e sinceros, o mundo precisa deles! Precisa de homens que não tenham medo de fazer da sua vida um livro aberto, por não terem atos incongruentes com suas palavras.
Não importa se você é crente, se você é budista, espirita ou ateu. Crer numa divindade e num messias que trouxe lições que você vangloria e admira, não fazem de você alguém melhor ou mais decente.
Se o seu “ídolo” foi bom, porque você fala mal dos outros pelas costas? Por que você olha diferente para pessoas negras ou para pessoas mal vestidas que andam de chinelo e estão atrás de você na fila do supermercado? Por que você julga sem conhecer a história das pessoas?
Por que, não, ao invés de apenas crer e se dignar a pedir perdão, você não impõe para si a obrigação de ser melhor, mais simples, mais amoroso, mais humilde e mais humano? Crenças, meu caro, não lhe tornam bom. Seus atos, no entanto, lhe tornam. E, de tanto pratica-los, quiçá um dia você seja realmente uma pessoa melhor. E você não conseguirá isso errando e pedindo perdão sempre.
O perdão divino, do seu Deus cuja face você nunca viu, sempre lhe será “dado”, mas, e o daqueles que você despreza ou menospreza? Não custa agir corretamente e não precisar pedir clemencia e misericórdia depois? Eu acho digno.

Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 06 de janeiro de 2015.


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