O rebote da
superficialidade masculina.
Tem gente que se
ilude com números. Sai à noite, acha que tem mais mulheres do que homens,
arrebita o nariz e segue crente de que tem a mulher que desejar. Ledo engano. Ou
feliz acerto, se você só quer corpo e sexo, não decência, moral e conteúdo.
O bom de ser
mulher que tem mais do que bunda e peito para oferecer é que a gente torna a
divisão injusta. Não adianta, sempre teremos mais do que um ou dois caras
interessados na gente. A gente escolhe. Às vezes escolhe errado, mas muda de
opção e seguimos o baile. Sozinhas, com um bom remelexo e sem precisar esfregar
nossas coxas em estranhos em baladinhas.
E você que se
acha o máximo? Que acha que quantidade é sinônimo de qualidade? O dia em que você
parar para pensar um pouco mais e, quiçá, querer encontrar alguém para algo
sério e não para essa “pegação descompromissada” que chamam de “ficar”, então,
nesse dia, eu vou ter pena de você.
Não somente eu,
mas eu e todas as mulheres que não têm interesse financeiro em homem, que
estuda, batalha e ambiciona algo sem depender de ajuda de macho, que é bonita,
elegante e pouco vulgar, que não sai todo final de semana desesperada por
companhia, que não usa microssaia justa para mostrar o “seu melhor”, porque,
efetivamente, o nosso melhor está bem acima do nosso traseiro, onde, não raras
vezes, você não enxerga e não percebe, enquanto olha para os peitos alheios.
A vida é justa,
a seletividade é justa, quem não é justo são os seres humanos. Mas é divertida
essa coisa de ver homem mais perdido do que gato em canil quando resolve
quedar-se inerte e encontrar alguém com quem conversar e poder apresentar para
a família.
Nesse momento
eles percebem como é difícil encontrar uma mulher que tenha assunto, que
consiga falar de lugares, politica, atualidades, problemas sociais e não apenas
de suplemento alimentar, dinheiro, cirurgias plásticas e novela. Enfim, é o efeito
rebote da futilidade masculina!
Então, uma dica
aos novinhos e aos mais velhos e recém-separados: a vida não é esse mar de
rosas, de “sete pra cada homem” que nem o Bruno falou (sim, porque o Marrone só
mexe a boca, não canta). Se a sua intenção, um dia chegar a ser, encontrar alguém
admirável, então, nesse dia, eu terei dó de você. Porque, infelizmente, essa
coisa de achar mulher para admirar está complicada nos dias de hoje.
Se também é difícil
achar homem admirável? Talvez, todavia, como são muito raras as criaturas do
sexo feminino realmente legais nesse mundo fútil e materialista, pelo menos as
mulheres honrosas sempre tem uma listinha a mais de pretendentes para escolher.
E sim, quem escolhe somos nós, conscientize-se de tal fato.
Cláudia de
Marchi
Sorriso/MT, 16
de janeiro de 2015.
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