Você mesmo.
A questão não é o que fizeram com você, mas o que você permitiu que fizessem. Você recebe da vida e dos outros o mesmo amor e respeito que sente e dá para si. Porque quando você se ama, se valoriza e se respeita, você irá repudiar o desamor, a desvalorização e o desrespeito.
Quanto mais maldosa e cruel for uma pessoa, maior é o seu radar para carência e baixa autoestima, logo, você não passará de um joguete nas mãos de pessoas ardilosas se não pegar para si o domínio da própria vida.
E você não se domina só quando se sustenta, quando paga suas contas, suas roupas, sua casa, seu carro, seus luxos. Você se domina quando se ama e se valoriza e sabe que, da vida e dos outros, você só merece o melhor. Nada mais que o melhor, porque o resto não lhe contenta, o resto é só resto e você não vive de esmolas, você não vive de restos.
O problema não é ser vitima dos outros, meu amigo, o problema é que nove em dez vezes que os outros nos vitimam, nós só estamos recebendo o que nos damos. Os outros só fazem conosco o que permitimos.
Sabe por quê? Porque respeito a gente impõe, não conquista. Se alguém lhe desrespeitar uma, duas, ou mais vezes será porque você permitiu. Porque a reverencia que você faz ao outro é maior que a que faz a si mesmo. Até acredito que o primeiro desrespeito seja acaso, já o segundo será permissividade. Escolha, enfim.
Sabe o brocardo que diz que “o diabo sabe para quem aparece”?! Pois é, ele sabe. E um imenso numero de seres humanos endiabrados também. Se você se ama, você coloca o outro no seu devido lugar na primeira vez que ele se excede, lhe ofende ou magoa. E ele não voltará a fazê-lo ou escolherá outra “vitima”.
Se você ama mais a ele do que a você, você perdoa, releva, concede imerecidas e inúmeras chances para que o outro faça “mais do mesmo” que foi feito outrora com você. Você, que, diga-se, é vitima de si mesmo, da própria carência de amor próprio e auto respeito, você que sabota a própria felicidade, o próprio futuro e o próprio bem estar.
Permita-se ser feliz, permita-se merecer o que de melhor a vida pode lhe oferecer, porque sofrimento, rejubilo ou felicidade não são questões só de mérito, mas de vontade, de vivencia e de apreço por si mesmo. De escolha, enfim!
Todos merecem ser felizes, a questão é que nem todos se permitem. Se você acha que a vida é sofrimento e você nasceu para sofrer, então, resigne-se, você não terá da vida se não sofrimento e dor! Mude sua visão de mundo que a sua própria vida vai mudar. Para melhor, é claro.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 20 de janeiro de 2015.
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