“Eu gosto de
conhecer primeiro antes de sair em público com a pessoa”. Você mulher que já
ficou com um cara as escondidas, porque ele queria lhe “conhecer” melhor para
depois lhe apresentar à sociedade, meus parabéns, teve seu momento Bruna
Surfistinha. Sexo anônimo, descompromissado e a domicilio.
Esse discurso não
funciona para uma boa balzaquiana. A menos que ela seja do tipo feminista e
queira o mesmo que o sujeito. Se ela busca uma paixão e não um caso, não funciona.
Não funciona mesmo.
Em primeiro
lugar, depois dos 30 a gente não tem nenhum medo de sair jantar com pessoas que
estamos conhecendo. Mesmo que em 15 dias sejamos vistas com outra pessoa. Depois
dos 30 só a nossa consciência e autoconceito nos importam, não o julgamento de
quem não paga nossas roupas, bolsas, sapatos, perfumes, maquiagem, comida e,
por fim, bebida.
Mulheres maduras
e que valorizam muito a si mesmas querem ser conquistadas, agradadas,
galanteadas. Para que melhor que um jantar num bom restaurante, um bom vinho ou
espumante e chocolates para dar uma cativada? Sim, o feminismo não afastou de
todas as mulheres da terra o gosto pela conquista lenta, mas intensa.
A gente gosta de
decidir a hora de deixar o sujeito entrar no nosso quarto, na nossa casa ou nos
levar na dele. Impor, para o conhecimento mutuo a necessidade de se “trancar” em
casa é mais do que ausência de cavalheirismo, é menosprezo a inteligência alheia.
Talvez existam
mulheres que curtam essa coisa de ficar escondido. Eu não. Sou séria demais
para isso e levo o que desejo a sério demais. Não tenho medo de ser vista com
homens diferentes se eu sei o que acontece após sair do restaurante com eles. Moro
numa cidade pequena e tenho o direito de conhecer alguém de vez em quando, pois
meus namoros começam assim! É assim que eu gosto, enfim!
Por outro lado,
me causaria desconforto ser a que ficou escondido, confiou, transou e, sequer
teve do sujeito a consideração de um passeio, de um jantar. Essa coisa de sexo
sem conquista, sem cativar antes a mente do que o corpo, sinceramente, não me
agrada. Ir à casa do sujeito, para as “novinhas” de plantão, implica em suposição
de vontade sexual! Ele vai achar que você quer dar, enfim.
Sexo bom é sexo
com intimidade. Tanto que, quando entabulamos um relacionamento, as vezes
seguidas a primeira vão sendo cada vez melhores! Logo, como ser realmente boa
uma transa sem afeto, sem que a mulher se sinta segura do que quer e do que o
homem tem para, afetivamente, lhe oferecer? Talvez exista, existem exceções,
mas nove em dez vezes não funciona tão bem.
Eu gosto de
passeio a dois, de jantar a dois, de conversas, de brindes, de pegar na mão devagarinho,
de um beijo roubado, de flores, de bombons, porta do carro aberta e atos de
gentileza, sim! Se a maioria dispensa, faça-me um favor, busque-a! Por ser
maioria, não vai precisar procurar muito.
Cláudia de
Marchi
Sorriso/MT, 07
de janeiro de 2015.
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