Sobre o verdadeiro pecado!

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"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

Pré-conceito equivocado de carência e alguns “radicalismos” que aprecio (ou "Sem compromisso? Comigo não II").

Pré-conceito equivocado de carência e alguns “radicalismos” que aprecio (ou "Sem compromisso? Comigo não II"). 

Estranho! Dentro do assunto repúdio a compromissos que circunda a mente de alguns exemplares do sexo masculino, surge o “pré-conceito” de que mulheres desejosas de relações sérias são “carentes”.
Ora, ora! Quanta imaturidade num só raciocínio! Mulheres querem relações sérias para serem tratadas com o respeito, atenção, carinho e amor que sabem que merecem. Do contrário sim seria carência. Não confunda apreço por si mesma e valorização do seu melhor com necessidade de companhia.
Sair com um cara que não lhe assume seguidas vezes, isso sim é carência. E auto ilusão: “Uma hora a gente começa a namorar”. Relações com base em sexo e seguidamente clandestinas são indícios de carência. A maioria das moças que se sujeitam a isso gosta menos de si do que do cara que está “ficando” com elas.
Outro dia um rapaz me indagava sobre minha forma estética e aparência mais jovem. Surgiram quinhentas possibilidades, desde meu pouco apreço por açúcar, excessivo gosto por proteínas, apetência por pimentas, até meu fanatismo por tomate e vinho tinto. Licopeno, flavonoides e etc..
Há quase um ano sem malhar, confesso, não estou tão mal. Não para quem come carne gorda, pizza e toma cerveja todo final de semana. Mas, e o rosto? Pois é. Tem muita mocinha de 20 e poucos anos com mais marcas de expressão do que eu. E, confesso, não devo isso só a hidratante e protetor solar.
Devo isso a uma vida pouco estressante onde fiz basicamente tudo o que eu quis. Uma vida onde a prioridade sempre foi a minha paz de espirito e felicidade, até quando agi insanamente. Sempre gostei tanto de mim que até hoje não tive filhos. Para não ter que me deixar em segundo plano, para não ter que “dar a minha vida” por ninguém. Para não amar ninguém a mais que eu mesma. Egoísmo? Não, opção. Minha opção até o momento. E minha opção que me faz feliz e me faz bem. Tenho dois gatos, eles são ótimos e independentes.
Nunca estive nas mãos de ninguém. Estive em corações de pessoas que estiveram no meu. Apaixonei-me por quem se apaixonou por mim. Por quem se entregou a mim, como eu a ele. Nunca me sujeitei a fazer o que eu não queria, nunca sai com um cara depois das 23h para dar uma volta e terminei na casa dele. Sempre exigi respeito, jantares, galanteios, um “que” a mais que, não raras vezes, valeu muito mais a pena do que o papo do rapaz. Sim, “acidentes” acontecem! Mas, e daí, eu não divido a conta, mesmo!
Acho que o segredo de beleza da gente é mais sorrir do que chorar e, sobretudo, levar na brincadeira quem ousa brincar conosco. Sem essa de dar colher de chá, sem essa de cair no charme do sujeito. Minha amiga, de homem charmoso o mundo está cheio? Se for para ser joguete nas mãos de um cara que quer só “ficar sem compromisso” e se você não dá conta do próprio fogo, uma sugestão: fique eventualmente com um bonitão e não repita a dose. Comande, não deixe ser comandada.
Mulher se apega fácil, não adianta fugir da regra de nossos hormônios e herança genética. Adianta, talvez, fugir de cafajestes, fugir de quem, no segundo encontro, demonstra que não tem intenções sérias de uma relação amorosa com você. Não mata, ninguém morre disso, fuja!
Mas ficar enrugada, flácida, gorda e mal alimentada por causa de uma paixão vil é demasiada tolice. Nunca se esqueça de que ninguém no mundo tem obrigação de gostar de você, de admirar você, de se encantar por você, de amar você, de se apaixonar por você, de ter orgulho de você. Exceto você!
Se você procura uma relação seriamente doce e divertida, regada a jantares a dois, festas de mãos dadas, filmes, romance, passeios rua a fora, viagens, se você procura alguém que leve seus sentimentos a sério, assuma seus anseios e saia de perto desses sujeitos que se “assustam” com a possibilidade de uma relação séria!
Estranho que pegar herpes, engravidar desconhecida ou “pegar” coisa pior não lhes apavora tanto, né?! Agora, dar a uma mulher valorosa o valor que ela merece, levar a sério quem a sério merece ser levado, a isso assusta! Sair com “ficante” que esteve dias sem ver e sem dormir junto, sem saber se não está sendo tão enrolado quanto enrola não assusta. Sinistro! Isso me parece caso de estudo de psicanalistas e psicólogos.  
Sei lá, essa coisa de querer relação séria não implica em vontade de casar e ter filhos. Eu pelo menos não quero. Quero é sentir-me livre e a vontade com alguém e só sinto isso em um namoro e, quer saber?! Comigo isso sempre deu certo.
Tenho uma lista grande de bons namorados (e olha que comecei a namorar com 19 anos!), nunca levei pé na bunda de ninguém e nem amarguei bebedeira e choradeira por conta de homem que não se prestou a me apresentar a própria família e a chamar-me de “minha namorada” perante os amigos.
Logo, aconselho: assuma o que você quer e desista de acreditar na trovinha do “medo de relacionamento”. Medos se tratam em divãs de psicanalista, em consultórios de psicólogos, não fazendo os outros de objeto de uso temporário por aí. Tome “tento” menina! Se ame e mande os outros se lascar de onde vem um “traumatizado” sempre existem outros, quiçá mais interessantes, mas, igualmente dispensáveis! Solidão não mata, ceder aos outros sim. E deixa feia, flácida e velha, o que é igualmente ruim.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 14 de janeiro de 2015.

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