Informação, ignorância e prioridades.
Li uma frase que diz que “na era da informação, ignorância
é uma escolha”. Eu concordo. Logo, é por saber de tal fato que
"me" perdoo pela impaciência e ojeriza a gente ignorante que acha que
sabe tudo, que arrota uma sabedoria que não digeriu.
Pessoas que tem
internet no celular, vive nas redes sociais, faz curso superior (e ainda se
"acha" um Einstein por isso), mas não consegue abrir a mente para
aquilo que, embora contrarie suas "opiniões formadas sobre tudo",
também existe e merece respeito. Quiçá consideração! Ah, eu me perdoo sim!
Hoje em dia, meu
caro, só não se informa, só não lê ou, talvez, ouça, quem não quer. O conhecimento
está acessível a todos. Mas, porque nem todos se informam, mesmo podendo? Por questão
de prioridade. Logo, ausência de conhecimento é, sim, questão de opção.
Eu insisto no
fato de que as pessoas, em geral, estão super valorizando a aparência, a ostentação
daquilo que se possui. Ou do que nem se possui, mas que seu “Mastercard” paga. Não
é preciso ir longe para notarmos a crescente futilidade do mundo.
Antigamente, por
exemplo, o gênero musical denominado sertanejo, cantava o amor, cantava os
sentimentos dos “jecas”, daqueles que viviam no campo. Cantavam, obviamente, a
dor de alguma paixão findada. Hoje, nove em dez cantores do gênero, têm uma
musica se referindo a carros, dinheiro no bolso e belas mulheres ao lado. Isso quando,
constatando de forma machista a atitude da “nova mulher” cantam sobre suas
gafes quando embriagadas na balada.
A beleza e o
dinheiro são, portanto, cada vez mais enaltecidos de forma que, infelizmente, muitas
mulheres sacrificam-se pelo corpo que as revistas e os homens chamam de “perfeito”.
Elas aceitam o papel que os homens tolos lhes dão: de escravas sexuais, de
gente “feita” para agradar aos olhos.
O que isso tem a
ver com desinformação e ignorância? Tem pelo fato de que, mesmo podendo acessar
informações uteis para rebater dogmas hipócritas inclusive inculcados em nossa educação
pela Igreja, por exemplo, as jovens preferem ler sobre a dieta e suplemento
alimentar mais novo para aumentar as pernas ou sobre o método revolucionário
que faz perder medidas.
Logo, a frase
que li, gostei e concordei, acaba se mostrando uma infeliz realidade diante da ausência
de animo das pessoas em adquirirem cultura útil. Ausência, quiçá, de vontade de
pensar, de se tornar um ser atraente pelo que conhece, pensa e sabe, e não pelo
dinheiro que tem no banco ou pelo tamanho da bunda e circunferência de cintura.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 02 de janeiro de 2015.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.