Internacional?
Eu curto rock
internacional, em especial o de algumas bandas antigas. Todavia, não me sinto
erudita por isso, nem me sinto uma pessoa mais culta do que as outras por tal
fato, porque, na real, adoro MPB e uma boa moda de viola antiga! Filha de caminhoneiro,
eu não nego!
Fiz cinco anos
de inglês. Como quase todos os cursos que fiz na minha infância,
eu me dediquei mal e parcamente, mas entendo alguma coisa. Todavia, vou ser
sincera: eu só admito e admiro fixação alheia em musica internacional, seja
rock, pop ou o que for, por parte de quem entende letra por letra do que ouve. Ou,
no mínimo, de quem tem curiosidade para buscar a letra na internet.
Porque,
sinceramente, até das bandas que curto, têm muitas letras “no sense”! Muita
letra vulgar, apologia à futilidade, dinheiro, mulheres e essa babaquice toda
que o tal do sertanejo “universitário” (que mais parece analfabeto) está
virando hoje em dia. O que eu, pessoalmente, critico.
Logo, eu teria
que ser uma completa idiota para curtir em inglês, letras que falam tantas ou
mais asneiras quanto as que existem em português. Lamento, mas essa idiotia não
me pertence!
Eu acho, porém,
esse povo que se faz de intelectual, que curte musica estrangeira e faz questão
de criticar qualquer musica em português que lhe chega ao conhecimento, de uma
tolice gigantesca. Não raras vezes estão ouvindo uma letra de quinta e querendo
bancar os conhecedores das “melhores letras” internacionais do mundo.
Não por menos,
eu curto muito rock nacional, MPB, sertanejo antigo, e todas as músicas cuja
letra eu não preciso procurar no google para compreender. Claro, quando elas
têm letras de fundamento, porque, quer saber?! Eu não faço a mínima questão de
ser “diferente” se, para isso, preciso engolir bosta e arrotar salmão.
Sendo assim, uma
sugestão se você não é um exímio bilíngue ou poliglota: procure a letra
traduzida das suas canções preferidas, porque musiquinha com embalo bom e letra
podre, a gente tem de sobra por aqui! Vamos valorizar um pouco mais a nossa língua,
então!
Cláudia de
Marchi
Sorriso/MT, 06
de janeiro de 2015.
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