Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Demônio.

Demônio.

Assisti por acaso, há alguns meses, um filme chamado “Demônio” em que algumas pessoas ficam trancadas num elevador, sendo vitimas do que é, absolutamente inexplicável.
No inicio, me pareceu esses filmes “passa tempo”, sabe?! Esses que a gente fica assistindo até encontrar algo melhor. Pois é, até que ele chega ao final e a gente percebe, que, numa obra cinematográfica barata e simplória, existe uma lição formidável.
Todos os envolvidos, praticamente, tem entre si alguma ligação, erros em comum. A frase que me marca é a que diz que “as mentiras que contamos para nós mesmos, nos aproxima do demônio”. Sai vivo daquele elevador, portanto, quem assumir para si mesmo, que baseou a sua vida, até então, na aceitação de mentiras contadas para si mesmo. E, para o mundo, obviamente.
Essas mentiras que nos fazem seguir adiante sem que nos sintamos tão pequenos, tão vis. Sem que nos torturemos e, quiçá, ensandeçamos por arrependimento ou culpa. Sei lá, acredite, isso pode acontecer.
Na vida real, ao menos de acordo com o que penso, o demônio não virá num elevador nos torturar. Acho que a gente paga pelos nossos atos, esses sim, não raras vezes demoníacos, de tão egoístas, errados e, quiçá falsos, neste mundo mesmo. Nesta vida, nesta esfera galáctica.
Não carecemos arder no mármore do inferno para que a vida se mostre justa. O mal que fazemos hoje vem cobrar a nossa conta amanha. Cedo ou tarde. Mas sempre no melhor momento.
No que diz respeito as mentiras que o ser humano conta para si mesmo, que a psicanalise pode chamar de mecanismo de defesa do ego, tenho a dizer que ser sincero consigo e com todos é, isto sim, o melhor caminho para a nossa redenção e para a nossa liberdade.
E, tenha em mente, que ser livre não é estar fora das grades de um presidio, poder ir para aonde quiser, ser livre é poder olhar-se no espelho sem ter vergonha do que diz ou faz, ser livre é não construir mais de uma versão de si mesmo. Ser livre, no fundo, é ser sincero consigo e com o mundo, porque nada nessa vida, aprisiona mais do que mentiras.
Mentiras escravizam, verdades libertam. Nesse ponto de vista, apelando à visão cristã, em minha opinião e mente, posso dizer que as mentiras são o próprio demônio. A divindade está e reside na verdade. Simples demais? Talvez.
Mas, enfim eu creio nisso, portanto, não me ajoelho numa igreja todo final de semana ou semana, mas não faço aos outros o que não desejo para mim. A começar com a tal da enganação. E, sobretudo, perdoo quem me engana, perdoo, mas não me aproximo, porque eu posso ser correta, mas não sou hipócrita ou tola.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 26 de janeiro de 2015.


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