Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

domingo, 18 de janeiro de 2015

Amor e admiração.

Amor e admiração.

“A gente só ama o que admira, o resto é confusão mental”. Não dei quem disse, mas concordo. Pelo que a gente não admira a gente sente atração, simpatia e quiçá uma paixonite que se realiza bem sobre uma cama. Amor não!
Quando a gente ama possuímos aquela sutil capacidade de exclamarmos em silêncio: "Ele é demais! Eu queria ser assim se fosse outra pessoa!". Apenas tal sensação faz com que você consiga passar anos, quiçá uma vida ao lado de alguém.
Logo, estou a procura de alguém para admirar, porque existe amor com paixão, mas não paixão com amor. A gente é que adora uma confusão para nos sentirmos vivos. Isso quando não nos enganamos e admiramos um ser humano inventado. A vida tem disso, portanto que vigore o lema: Antes só do que razoavelmente acompanhada.
Sim, eu gosto muito do fogo da paixão! Mas é o que me restou na vida, vez que não admirei pessoa alguma por mais do que pouquíssimo tempo. E eu não tenho muita tolerância, nem sou acomodada o suficiente para quedar-me ao lado de quem não me faz admirar, não me inspira, não me surpreende de forma positiva.
Não gosto de homens que se acomodam com o conforto financeiro herdado do pai. Nesses casos, eu admiro o pai e sinto atração pelo filho. Rola até paixão, não amor. Da mesma forma, detesto homens acomodados ou aqueles que não selecionam amizades.
Sei lá, o tipo que é “gente boa”, amigo de todos. Não admiro quem não tem seletividade e não impõe limites a quem chama de amigo. Da mesma forma, não sou interesseira, mas acho chato o cara trabalhar e se contentar com pouco dinheiro. Homem com mais de 25 anos dividindo aluguel: rola paixão, não amor.
Da mesma forma, homem que tomou atitudes drásticas na vida em prol de uma ex. Sei lá, tatuagem com o nome da donzela, vasectomia antes dos 40, o tipo que se esqueceu da possibilidade da vida mudar e os sentimentos mudarem também. Muito romantismo e dramaticidade para pouca vida, não admiro, me anojo.
Da mesma forma que não admiro os sujeitos que ouvem desaforos de pais e até irmãos e não se impõem, não curto homem demasiado apegado a politica da boa vizinhança. Gosto de homens independentes e com sangue quente nas veias. Não admiro os que dependem da opinião alheia para sentirem-se bem.
Enfim, esse negocio de admiração é complicado, até mesmo porque muitos homens pintam uma falsa imagem do que são e de como viveram, nos conquistam por tal imagem e, depois, descobrimos quem eles realmente são. E nos quedamos meramente apaixonadas, mas o amor vazou pela janela da realidade. Infeliz realidade, no caso.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 18 de janeiro de 2015.


Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.