Sobre o verdadeiro pecado!

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"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

sábado, 24 de janeiro de 2015

Os tiozões e as “minas”.

Os tiozões e as “minas”.

Há algumas horas, conversando com minha mami sobre os coroas que saem com jovens sem assunto e com quase 30 anos a menos exibindo por aí, disse ela: “É para mostrar aos outros homens bestas que podem!”. Disse eu: “Mas mãe, todo homem em zona elitizada, tendo dinheiro, paga e pega uma prostituta bonita”.
Concluímos, pois que exibir por aí mulher como um pedaço de carne (diga-se, mulher que, moralmente, vale menos do que a parte mais barata do gado), não é mostrar que pode conquistar uma jovem, é mostrar que tem dinheiro para andar com uma mulher que só está interessada no seu dinheiro, não no seu papo, inteligência ou beleza.
O dia em que eu achar isso motivo para sentir “orgulho”, então, procurarei um psiquiatra ou neurologista, porque para mim isso é escambo: ele paga, ela dá. Ele não conquista, ele só passa o cartão. Ela não respeita, ela aceita o dinheiro. Coisa mais barata e vazia não há!
Onde resido é bastante comum vermos coroas, cidadãos com uma linda história de superação na vida, mas pouco cultos e com conceitos tacanhos, desfilando com jovenzinhas de saia curta e ideias também. Em virtude da ignorância, eles ainda acham que “abafam”, que pisam na cara da sociedade desfilando com a mocinha novinha. Se pisam na cara de alguém é dos outros sujeitos sem noção do ridículo como eles, obviamente.
Elas, por sua vez, mostram que valem pouco. Valem uma moto, uma mesada e noites regadas a viagra numa casa com piscina. “Uau, ele tem piscina em casa e uma camionete!”. Só que elas não mostram que valem pouco só porque se “prostituem” para um tiozão só.
Esses sujeitos, sem a mínima noção de respeito, ainda que erijam a piriguete à vã categoria de namorada, não hesitam em olhar para a primeira mulher com blusa decotada e bunda grande que passe ao seu lado. E eles não disfarçam, eles comem a outra com os olhos! Na frente da menina, da namoradinha.
Sei lá, creio que se eu fosse um objeto ninguém conseguiria me comprar. Não sei se valho muito ou se me valorizo muito, de toda forma, essas situações me deixam boquiaberta. Por que razão, num mundo em que o ensino superior está tão acessível, ainda existe jovens se prestando a tal humilhante e degradante papel?
Daí, longe da necessidade de filosofar demais, percebo que tem gente que gosta do fácil. Ter que estudar com afinco e construir uma carreira, requer dedicação e esforço, “pra que” se é mais barato malhar o dia todo e achar um namorado endinheirado, ainda que com idade avantajada e pouco estudo?
Na verdade, percebo nas gerações mais jovens, nas meninas com um pouco mais de condições financeiras por parte de suas famílias, que o futuro construído por si mesmas não é uma preocupação ou uma meta. Uma boa maioria entra no ensino superior porque é “bonito”, mas está de olho no herdeiro do tiozão fazendeiro. Essas já não precisam do velhote, pegam o novinho e sonham em casar e ter filhos com ele. E, assim, sua vida estará “ganha”. Triste, muito triste, mas real.
Enfim, ultimamente estou valorizando mais o sujeito que cativa o apreço de uma mulher bonita, inteligente, independente e bem resolvida, porque essas são mais difíceis de encontrar do que de ganhar na mega sena. Pra esses eu tiro o meu chapéu no sol! Eles conquistam, sabem conquistar e não apenas gastar. Ou bancar. Ou pagar, enfim. Esses tem culhões! E cérebro.


Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 24 de janeiro de 2015.

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