Boring!

Boring!

Gente que se "ofende" com o que lê porque de considera exceção a visão de quem escreve: borinnnnggg! Se qualquer escritor, de primeira ou ultima categoria forem relatar todas as exceções em seus escritos, não escreveriam! Seriam cientistas, estudiosos, iriam fazer pesquisa de campo!

Outro dia mesmo uma das minhas amigas mais admiráveis e em quem confio, exceção a regra das malhadoras exibicionistas, comentou sobre minhas críticas as fotos de lado no espelho, por exemplo!

Bem resolvida e inteligente que é nunca se erigiu contra. Tipo, sabe que falo das que fazem biquinho e querem ibope e, em suma, sabe que a escrita não científica seria impraticável se abordasse todas as exceções existentes à visão do autor do texto. Espírito esportivo ou inteligência? Não sei, quiçá ambos!

Mas sempre tem a turminha do "dodói", que não tem capacidade e senso de humor para perceber que o que lê é o retrato do que o autor vê, viu e pensa sobre "aquilo" que é, invariavelmente, o que ele tem como regra!

Claro, ao se manifestarem, essas pessoas se dizem não ofendidas, mas, vejamos o que o dicionário diz sobre a palavra ofensa: “o.fen.sa/sf (lat offensa) 1 Ação ou efeito de ofender alguém. 2 Lesão de fato ou por palavras; agravo, injúria, ultraje. 3 Teol Pecado considerado como um ultraje a Deus. 4 Transgressão de norma, regra ou preceito de alguma arte ou doutrina. 5 Mágoa ou ressentimento da pessoa ofendida. O. corporal: lesão corporal.”

Tenho, pois, que quem se erige contra alguma ideia ou visão que lê se sente “agravado” em seu ponto de vista, ainda que indiretamente, logo, por mais que tente, se adequa a turminha do “ai, ai, ai magoei”.

Tipo, “nem todos os homens sarados são ruins de cama”. Jovem, eu tenho trinta e poucos anos, sei que sou bonita, mas sempre me valorizei, tipo, não dei para todos os saradões do mundo, nem para todos os gordinhos!

Obvio, pois que um texto vem adequado às experiências de quem o escreve! Logo, não entendo nem como uma pessoa tem a cara de pau de dizer que existem generalizações nas minhas escritas. Serei obrigada a dizer o óbvio, tipo, colocar um, a la Gil “ou não” ao término de cada escrito ou dizer “salvo exceções”. Oh, glória, que chato seria! As pessoas espertas e bem resolvidas iriam se entediar né?! Não acho legal.

Eita que tem gente carecendo de bom humor nesse mundo viu!? É muito ser humano se achando e poucos sendo! Muitos "se sentindo" e poucos sentido. Narcisismo? Em era de pau de selfie não duvido de mais nada. Freud explica.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 24 de janeiro de 2015.