Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Felizes para sempre?

Felizes para sempre?

Alguém tem alguma dúvida que o objetivo cerne implícito no texto da minissérie global “Felizes para sempre?” é mostrar que não existe casamento "feliz" para sempre?! Existe casamento para sempre, mas não para sempre e feliz.
Acontece que as pessoas valorizam muito a longevidade, por exemplo. Não importa que você viva uma vida de sacrifícios, abstinências e chateações, desde que você viva muito. Mesmo que não coma sal, não beba refrigerante, vinho e cerveja, não coma doce, muito menos gordura, o que importa é viver muito, ainda que não se divirta nada! Pergunto eu e sempre irei perguntar: “Mas, para que viver tanto assim?”.
Eu sou uma pessoa que gosta de diversão, gosta de risos, de gargalhadas, de beijos quentes, de abraços, sou daquelas que acha que o melhor da vida descabela, faz suar e nos tira a compostura! Sim, não só acho, tenho certeza. O resto do tempo a gente vive para fazer valer o pouco tempo que temos para sentir prazer. E prazer, é o melhor da vida!
No entanto as pessoas querem um casamento que dure pra sempre! Um casamento certinho, igreja todo domingo, retidão. Esquece-se de serem felizes, inúmeras vezes. E os homens esquecem-se dos mandamentos cristãos toda vez que insistem em serem infiéis. Sexo com uma, uma boa noite de sono com outra e um beijo no filho de manha.
Tenho nojo disso, desprezo hipocrisia! A vida é curta e foi feita para sermos felizes. Se não podemos ter uma noite quente e prazerosa, acordar com prazer e ter igual prazer em ir pra casa e abraçar quem dorme conosco, por que dormir com alguém? Por que ser “casado” com alguém?
Por causa do filho? Filho que criamos para o mundo? Filho que quando souber optar não hesitará em nos deixar de lado em prol do que lhe faz bem e lhe faz sorrir? Filho cujas carências preenchemos com amor e cujos problemas ajudamos com um psicólogo? Filhos a quem atribuímos o duro fardo de manter uma união em prol dele que, por sua vez, nem sabe de nossos problemas? Acho injusto, acho cruel, acho péssimo!
Casamento não é o fim da felicidade, o fim da vida, pelo contrario, deve ser o inicio de uma vida feliz, cujo fim não sabemos quando e como será. O objetivo de ambos, no entanto, deverá ser viver uma vida feliz e prazerosa ao lado do outro, com ou sem filhos, com ou sem cães, gatos e poeira. Os dois, simplesmente.
Talvez exista felicidade “para sempre” em alguns casamentos, na maioria, no entanto, acredito que não exista. Não sem escapadas, segredos e afins. Eu até acredito em casamento que dure feliz até o final da vida. Desde que ele comece quando tivermos 40 anos. Ou quase. Isso de acordo com 9 em 10 casamentos que vejo e ouço falar. O resto são exceções e estou falando da regra aqui.
Dessa que flerta com o cara bonitão da academia, com a moça popular do facebook, com a atendente no banco, com a mocinha da locadora. Dessa maioria que não sente a consciência pesar por dormir com uma e ter prazer com outra. Dessa maioria que abomino, que me envergonha e da qual sinto vergonha e que jura que o casamento lhe assegura a “felicidade eterna”. Aham, “to sabendo”, 1982 foi ontem né!? Sou inocente mesmo.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 29 de janeiro de 2015.

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