Sobre o verdadeiro pecado!

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"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

Que “bundalidade”!

Que “bundalidade”!

Certa vez me disseram que o fetiche de alguns homens por bundas é um instinto de dominação, porque bunda remete a outras coisas, igualmente, “encantantes” ao universo masculino.
Coisas, posições, poder, ego masculino (sempre carente de massagens), etc.. Sei lá, foi algo assim, a pessoa fazia uma distinção entre os “loucos por bunda” e os “loucos por seios”, enfim. Não duvidei até porque, além de ser homem, maduro e inteligentíssimo era médico psiquiatra.
Pois bem, li uma reportagem falando sobre a imaturidade do brasileiro quando vê uma bunda e, confesso, concordo. Mas digo que não apenas os brasileiros que possuem essa infantilidade “pró-bunda”, essa coisa que desconserta os sujeitos a ponto de postarem no Youtube só o vídeo com a atriz andando de calcinha. Diga-se de passagem, filmado de longe, dando uma aura menos vulgar a cena e disfarçando o necessário. Sem dúvida, corpão.
Mas, e daí?! Acho tragicômica toda a importância que uma bunda ganha quando aparece seminua na televisão ou em revistas. Concordo com a jornalista quando diz que é essa futilidade, superficialidade infantil e imbecilóide, no meu ponto de vista, que faz com que as mulheres façam inúmeras sandices em prol de seus traseiros e corpos.
A Paolla, não deve fazer isso, ela é atriz e não “pseudo modelo de revista masculina” não é “musa fitness” no Instagram (só de escrever isso senti uma incomoda vergonha alheia), mas agora virou a dona da “bunda da vez”! A criatura se mata para ter fama e ser bem considerada pelos papeis que interpreta, mas é o da prostituta, bissexual que aparece com o traseiro a mostra que dá um “up” à sua carreira.
Isso não lhes parece meio cômico e, ao mesmo tempo, ridículo? Sei lá, uma espécie de coisificação do corpo feminino, de “bundalização” intelectual? Por um momento senti pena da atriz, essa coisa de ser bem julgada só pela bunda e corpo enjoa, anoja. Enfim, tudo deixa de ter importância se a bunda é “gostosa”.
Aliás, ando pegando ojeriza dessa palavra, porque, repito, ela remete a desempenho sexual e não necessariamente a estética. Ela vai além da estética e beira ao intimo, enfim. A Paolla tem uma bunda linda, agora, com exceção do namorado e ex-namorados dela esse bando de macho babão e tosco não sabe se é “gostosa” ou não. Ou “degustaram” a mulher? Não né?! Então, menos vulgaridade nos “elogios”, porque talvez a personagem prostituta dela se enaltecesse com tais comentários, a mulher, madura, atriz e estudiosa, enfim, a interprete da personagem, não se agrada com tal elogio. E
la não é maça na feira para ser avaliada só pela aparência. Aliás, pessoa alguma é, mas é isso que a maioria faz e é isso que, também, está fomentando o crescimento dessa geração pouco culta, com pouco assunto útil, pouca dedicação profissional, mas muito foco na dieta, foco na academia, foco nos suplementos, foco na bunda! Tanta valorização da bunda, desde sempre, vem fazendo homens e mulheres usarem as suas ao invés do cérebro. Eu tenho vergonha!

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 28 de janeiro de 2015.

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