Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

Cornos? Asco.

Cornos? Asco.

Uma bela jovem, minha aluna, postou em seu facebook a seguinte frase (desabafo, creio): "Todo castigo pra corno é pouco". Algumas considerações: corno não é o cara traído! De mera traição qualquer pessoa pode ser vitima.  
Corno é o traído que se faz de cego, o que perdoa, pior, o que se mantém apaixonado mendigando atenção para garçom e chorando suas pitangas guampudas. Pois é, tenho asco desse povo!
Homem que chega contando que a “ex” traiu e que ele sofreu e perdoou ou que pensou em perdoar, favor, passe longe de mim ou não me conte! Tenha vergonha na cara, por favor! Eu não tenho pena, tenho nojo. Não gosto de quem gosta mais do outro do que de si mesmo a ponto de perdoar uma traição. E não me venha com conceitos religiosos, não colam comigo!
Sim, minha aluna e seu post despertaram em mim uma certeza: preconceito, eu tenho! Com cornos! Com cornos e com sujeitos masoquistas que curtem o jogo do "fico, não fico".
Sabe o sujeito que lambe os pés da mocinha voluntaria ou involuntariamente difícil e inacessível? Daquela que tem mil problemas e é vitima da vida? Daquela que uma hora está de boa e noutra não? Tenho asco também. Falta de amor próprio, não tolero!
Enfim, dor de chifre só fica legal em música sertaneja. E olhe lá! Eu gosto de quem curte reciprocidade de amor, atração, carinho e, sobretudo, respeito. 
Boa parte dos cornos que conheço adora culpar o amante ou a amante do parceiro ou parceira pela bancarrota do seu casamento. Quanta ignorância! Quem tem o dever de fidelidade, quem no silencio da noite e na sua cama diz que lhe ama é o seu parceiro, não o outro ou a outra. Ademais, ninguém destrói uma relação que já não esteja ruim. Ninguém de fora. Quem destrói um casamento é quem faz parte dele: o casal, com suas diferenças, divergências e algumas outras contingencias. É muita burrice, ou melhor, é ato típico de corno, culpar um terceiro pelos problemas conjugais que tem. Ou melhor, que vieram à tona, mas que sempre existiram. Realmente, gente corna me irrita!
Minha cara aluna, obrigada por ajudar-me no meu eterno e constante autodescobrimento! Descobri-me preconceituosa com gente que não se valoriza. E intolerante também.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 06 de janeiro de 2015.

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