Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Garota exemplar, mãe exemplar.

Garota exemplar, mãe exemplar.

A Vanessa Braga, gaúcha de Canguçu que concorreu ao garota verão, é minha “garota 2015” e todos os anos que virão e sua mãe é uma representante do que todas as mães deveriam ser!
A Vanessa é gorda gente. Ela é, ela sabe que é, mas ela se acha linda! Ela se gosta! E sabe o que torna uma pessoa “complexada”?! Quem está perto, mãe, irmãs, parentes próximos.
Aquela paranoia de falar da barriga da filha, de dizer que ela tem que usar maiô e não biquíni, que as pernas da moça magrinha são muito finas para usar saia e assim por diante.
Por isso admiro a mãe da Vanessa que vê a beleza da filha, faz com que ela se sinta admirada e bela, independente dos quilinhos a mais que a jovem tem. Sabe aquele brocardo de que a “beleza está nos olhos do que vê”?! Acho que é uma desculpa de gente modesta ou hipócrita, seguidamente.
A beleza, na verdade, está na forma como a gente se vê e, consequentemente, se temos prazer em ser nós mesmos! Não raras vezes, a gente está fora do peso, todo mundo comenta, mas a gente está se amando! Outras, todos nos acham lindos e a gente não, a gente não está se sentindo bem na própria pele! Mas a Vanessa se sente!
A Vanessa tem uma mãe que a elogia e não critica, uma mãe que dá liberdade para a filha ter o corpo que quiser e ser como quiser, porque, sabe a historia da ditadura da magreza? Começa em casa, começa cedo, com as cobranças por emagrecimento, com cuidados paranoicos com saúde.
Acho que ter saúde é importante, mas colocar na cabeça do filho ou da filha que ele tem que ser magro é ensandecedor. Por que será que existe anorexia e bulimia? Porque não raras vezes os jovens se sentem pressionados a serem magros, como se a silhueta fina importasse mais que a própria saúde, não à toa esses jovens adoecem, psiquicamente inclusive.
A Vanessa é feliz como ela é. Gorda? Sim, mas contente e de bem com a vida. Uma menina, literalmente, fora dos padrões, porque os padrões atualmente estão a tal ponto rígidos, superficiais e paranoicos que até as beldades fitness da “moda” não estão se sentindo bem na própria pele. Sempre surge uma “mais”, uma “maior”, uma “melhor” e nisso até a identidade das mulheres vem se perdendo, mais ainda, a autoconfiança.
Quem muito se importa com a aparência, às vezes, encontra na paranoia uma razão a mais para sofrer, sofre com culpa porque comeu, culpa porque bebeu e, nesse meio tempo, fica infeliz, além de chato. A Vanessa, com certeza, não deve ser uma menina chata! Gostei dela, mais, gostei da mãe dela!

Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 26 de janeiro de 2015.


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