Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

domingo, 11 de janeiro de 2015

Partes de mim.

 Partes de mim.

Na verdade, metade de mim é amor e a outra metade é impaciência. Existem coisas que não tolero e, mesmo que ame, eu abdico delas. Não tenho paciência, enfim. Sei dos meus limites, onde vigora o meu amor próprio.
Gosto de carinho, afetuosidade e amor. Sou felina. Receber carinho até me faz dormir e eu dou, dou muito carinho quando acho apropriado. Não divido mais o amor entre o “verdadeiro” e o corriqueiro. Ora, existe amor de mentira? Eu acho que não.
Existe ilusão de amor? Existe. Mas, percebemos a ilusão quando deixamos de amar, então, como dizer que não amamos de verdade? Impossível. Amor é sempre amor. Quem me conhece um pouco além da superfície e do raso sabe disso.
Faço tudo o que faço com amor. Do primeiro dia num emprego até o ultimo, da primeira transa até a que antecede o fim. Não me chame de falsa, apenas compreenda que dar amor em determinado momento não implica em estar algemada a alguém. Eu tenho meu arbítrio, sei o que quero e descubro a cada novo relacionamento o que não quero.
E assim a seletividade aumenta, mas o amor que coloco em cada doação do meu corpo e da minha alma, ah, meu amigo, isso é meu e de mim não sai. E nem quero. Essa sou eu. Ruim para muitos, ótima para quem me faz por merecer.
E sim, eu amei de verdade todos que passaram pela minha vida. Por alguns minutos, por alguns anos, se beijei e abracei, eu amei. Nem todos deverão me compreender, mas, para mim, nada é de mentira, nada é sem coração, nada é sem entrega da alma. Se for para ser assim, licença, não faço. Não fico. Não minto.
Eu não mensuro o tempo em horas e minutos. Eu meço intensidade, porque é intensidade que me define. Se eu gosto, gosto muito, se não gosto, não gosto nada e, ainda, uso minha capacidade de ser sincera e indelicada a meu favor.
Eu não molho os pés, eu mergulho e, então, eu decido se fico ou saio da água. Pode ser que eu saia, mas o mergulho e a vontade de molhar-me inteira foram sinceros. Foram porque eu quis, não porque a sociedade “cobra”, foram por amor, enfim.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 11 de janeiro de 2015.


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