Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

sábado, 28 de fevereiro de 2015

Diga, diga e diga!

  Diga, diga e diga!

Certa vez uma colega minha, concordou comigo quando eu falei que nada pode ser mais “ridicularmente nojento” do que o parceiro elogiar outra na nossa frente. Tipo, chamar de “boa”, de “gostosa” e adjetivos afins que os homens curtem usar. Mas que usem só entre eles né, amiguinha?!
Ela concordou, mas fez uma ressalva: o marido dela faz isso e ela, em represália, chama de gostoso e de “delicia” qualquer homem que aparece na televisão e em fotos com trajes mínimos expondo corpinho definido e “tal”.
O que penso sobre isso? Rebote errado! O cara nunca vai se tocar que magoa ela quando elogia, vulgarmente, outras na frente dela. E vai continuar a fazê-lo já porque ela também faz em relação a homens. Deu salvo conduto, enfim.
Sei lá, eu acho que um dos grandes problemas dos relacionamentos humanos é esses “mal entendidos”, ausência de franqueza, de transparência, de pingos nos “is”. Eu sou muito transparente e, confesso, não deixo “passar” nada sem falar que me fere ou anima.
É só assim que podemos nos conhecer e ajustar a relação de forma a fazê-la dar certo. Ou errado, mas que não se perca tempo com o tal do “fazer-se” de dura, de acima de qualquer mágoa e “mimimis” a mais.
Sou especialista em dizer “isso que você falou me magoou”. Cara, qual o problema disso? Primeiro, se o cara não gostar e não querer mais a minha companhia, antes tarde do que mais tarde! Que tome o rumo dele que eu logo encontro o meu. A vida da gente não termina com uma frustração e nem depende de uma relação para existir. Deixa disso, minha amiga!
Em segundo lugar, como que o coitado do sujeito vai saber como sou e o que penso se não falo, gente?! Trata-se de um ser humano que, como eu, é errante! Se eu não me desarmar, se eu não disser o que penso, sinto e quais são meus pontos fracos, ele não terá como saber!
O fato de você gostar de alguém, fazer sexo com alguém, não o torna “especialista” em você! Só o convívio aliado à transparência faz uma pessoa conhecer a outra. Logo, quanto mais de “diferente” do que você é, você se faz, mais induzindo o outro em erro estará. Logo, perde o direito de reclamar criatura! Tome “tento”!
Na cama e fora dela, seja claro, seja objetivo. Sem firulas, sem faz de conta, sem deduções, seja explicito! A vida é muito curta para você contar com a “bola de cristal” e clarividência alheia! Diga o que você gosta, o que lhe faz bem e o que lhe entristece!
Enfim, esta é a única forma de duas pessoas se conhecerem realmente e, quiçá, serem muito felizes juntas! Entre quatro paredes e fora delas. Eita povo que complica o simples viu?! Ausência de inteligência emocional modo “hard”.
O outro é resultado de suas vivências e experiências. Logo, ou você diz o que lhe magoa, fere, enaltece e anima, ou, se for se "fazer" de intocável, você é uma besta que será magoada muito nesta vida!  O diálogo ainda é a melhor forma de dois seres humanos se acertarem e se darem (literalmente) bem! Na horizontal e na vertical, na cama e fora dela. Bora ser mais explícito e menos inseguro e cheio dos "ais" meu amigo. Ademais, quer saber?! Isso é chato e entediante pra caramba! Com licença.

Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 28 de fevereiro de 2015.

Lamentável.

Lamentável.

Toda convicção é uma prisão. Ai o Friedrich! O Fried, como o chamo no nosso universo paralelo! Costumeiramente ando me indagando: para onde foi a nossa inteligência, a nossa criatividade, a nossa doce capacidade de pensar “sobre”, de criar e fazer “arte”?
Vivemos num mundo em que a informação nunca foi tão fácil, mas não ficamos sabendo da existência de um novo pensador de relevo. Nem no âmbito musical surge algo extraordinário hoje em dia!
Escritores, autores, filósofos, compositores, artistas, enfim, onde foram parar os grandes talentos, as grandes mentes? Fried foi e continua sendo o Fried! Acho que o mundo precisa de mais talentos como o dele, porque eu preciso sair do “nosso” universo paralelo de vez em quando.
É muito “mais do mesmo” e o “mesmo” está sendo comum, sem graça, sem grandes revelações. Falta algo que se assemelhe ao inédito, falta algo que “choque”, que marque, que constranja por ser tão acidamente sincero e tão docemente necessário!
Falta genialidade, falta autenticidade, faltam inovações, faltam reflexões, falta aquilo que vai além do corriqueiro, do cotidiano. Falta, creio eu, profundidade e, simplesmente, independência cultural.
Hoje em dia, quem ousa criar algo, tem um ídolo e tenta, portanto, a ele se assemelhar. Ou seja, nada se cria, tudo se copia. E eu sinto falta de criações ousadas, audaciosas e destemidas.
Hoje em dia os jovens, através de um aparelho celular, estão em todas as partes do mundo! Mas não pegam um livrinho em mãos para ler! Dedicam-se a conhecer pessoas, a se inteirar sobre as fofocas do momento e não vão até o profundo, o raro, o criativo e o inteligente. O que é, sem sombra de duvidas, lamentável.


Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 28 de fevereiro de 2015.

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

Ciúme tolo! Tolo ciúme!

Ciúme tolo! Tolo ciúme!

Então meu povo, eu gosto de ler, gosto de filosofia, psicologia, história, filosofia, sociologia e por aí adiante. Mas sim, eu acesso umas coisas superficiais às vezes na internet! Por curiosidade, sou humana! Não sou “nerd” nem “pseudointelectual”, não ergo bandeira de “tribo” nenhuma e, justamente por isso, não temo ser taxada de fútil ou ter minha inteligência menosprezada.
Pois bem, minha mãe me contou nos últimos dias que o marido da linda Paolla Oliveira não aguentou o “tirão” e quis se separar após a Srta. Bond. Hoje, pela manha, meio sem querer e dormindo, li que a mulher do insosso do ator de “Cinquenta tons de cinza” ficou com ciúmes da insossa da atriz e quer que ele não participe da trilogia.
Li também que tudo isso podia ser boato, mas, pelo dito e pelo não dito, tenho algo a dizer! E, como o blog e rede social são meus: eu digo! Gente, que falta de confiança no próprio taco!? Se minha esposa tivesse a bunda mais comentada do Brasil, interpretando um papel “borderline” e intenso, eu ia é ter orgulho!
Se meu marido fosse um cara desprovido de sex appeal que estreou o filme interpretando o maior umidificador de calcinhas da mulherada nos últimos anos eu ia é ficar feliz! No primeiro caso: quem transa com ela toda noite (espero que seja, no mínimo toda noite!)? No segundo, quem é que faz sexo oral “no” cara e é intensamente (espero) bem acarinhada pelo “machinho da vez”?! Ah, gente, que lance idiota esse de ciúme!
Se eu não tenho ciúme? Tenho sim, se sou apaixonada, tenho, mas é aquele ciuminho meio módico, tipo, não curto que meu parceiro elogie outras na minha frente, sabe?! Odeio, na verdade! Eu curto muito a ilusão de que ele só tem olhos pra mim, mas eu elogio a beleza de outras mulheres na frente dele sem receio ou ciúme. Eu estou falando do mesmo sexo que o meu não do oposto! Não acho isso desrespeitoso e obviamente não dou à mínima se ele concordar.
Agora, ficar devaneando que o cara vai me trair só porque as outras olham pra ele? Só porque ele é desejado? Quer saber?! Eu tenho é orgulho! Pra que melhor do que dormir com uma pessoa desejável e bela e que, além de tudo, deseja e ama você?! E que, além de tudo, é sexualmente realizado por você e COM você?!
Gente! Isso dá é mais tesão, mais vontade! Sei lá, tipo aquela coisa felina: “Vou demarcar meu território!”. Tá não precisa urinar na perna do cara, mas lambuza-lo com outras coisas, tá valendo! E valendo muito! Oh meu povo, que nóia é essa?! Além do mais, no caso, trata-se de cônjuges de atores! O trabalho deles é interpretar e, creio eu, que quanto maior a verossimilhança melhor! A Paolla fez lipo nas coxas, nos quadris. Queria ela indesejável? Desproporcional? Só para não atrair milhares de olhares? Parabéns: além de egoísta, você é louco!
O outro lá era um ator que ia, no máximo, “de medíocre” a “ruim”, inexpressivo, para dizer o mínimo e, agora, finalmente fez “o papel” famosinho. Ah, e a mulher vai ter ciúme?! Cara manda a mulher passear e fazer analise e vai segurar o chicote comendo as “fetichistas” de plantão por ai, afinal, quer saber?! Quem não confia no seu próprio potencial e talento, não merece, sequer, ser amada.
Nada contra o ciúme! Quem é que curte quando o parceiro se torna amigo de uma desconhecida que tira foto seminua no espelho para postar no facebook? Ninguém, creio eu! Não só por ciúme, mas pelo gosto vulgar do parceiro (vai comprar uma revista de mulher pelada, meu filho!). Mas daí a ser casado e ter ciúme da admiração popular pela beleza e demais atrativos DO parceiro, é muita idiotice, muita insegurança inútil!
Ciúme você até pode ter quando QUEM está com você despertá-lo: tipo, o seu parceiro paquerar outra, e não quando ele for paquerado por esse “putedo” desesperado que tem por aí, cuja única dose de bom senso se resume em concordar que seu namorado ou marido é bonito!
Enfim, quando os outros sentirem atração por quem está com você, existe apenas a prova de um fato: o seu parceiro é gato! E gosta de você! Quer melhor? Vai achar um feio e indesejável então! Afinal, se você se valoriza tão pouco, realmente, não pode ter alguém de valor ao lado! Vai pegar um feioso ou procurar um terapeuta: é o que lhe resta, caro amigo doente!

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 27 de fevereiro de 2015.

Caga-se e anda-se!

Caga-se e anda-se!

Sobre redes sociais, curiosidade alheia, importância e ego: nem todo mundo tem perfil em redes sociais para se aparecer, para cair na boca do povo e angariar uma fama no meio social.
Tem quem tenha, desperte tudo isso e esteja, simplesmente, imitando cavalo em desfile de 7 de setembro "about": cagando e andando para uns, sendo aplaudido por outros, mas, na moral? Caga-se e anda-se!
Se agrada, desagrada, irrita ou incomoda? Que se dane! Logo, não creia que todo mundo se dá demasiada, imerecida e desnecessária importância a ponto de precisar da exibição da "figura" para sentir-se bem!
Tem quem já se sinta e, simples e puramente, tenha redes sociais! Sei lá, tipo para interagir com quem lhe interessa e não com qualquer stalker virtual! Não sei, só acho. Ademais, tipo de gente infeliz é essa que persegue os outros no mundo virtual.
Tem quem persiga “amigo”, colega, ex-namorado, parente, enfim, não nego, as redes sociais servem para tornar os infelizes um pouco mais infames. Além de mais infelizes do que já são! Ora gente, que tristeza estar atrás de um monitor, gordo, feio, descuidado, se embriagando e cuidando da vida dos outros que, por sua vez, nem estão “aí” na sua existência!
Isso sem contar aquele povo que nunca conviveu com você e cria conceitos irreais a seu respeito. Sei lá, ou lhe superestima ou lhe menospreza. Daí persegue você para ver se sua vida está boa ou ruim, agradando-lhe em alguns casos e desagradando noutros.
Eu só acho que esse povo se ilude! Ilude-se muito. Primeiramente, porque as melhores coisas da nossa vida a gente não posta! Assim como as piores. Se bem que sobre essas a gente pode até dar a entender, desabafar, sei lá!
Mas a gente não conta sobre o beijo que o parceiro nos deu de manha, sobre o sexo ao amanhecer, sobre as juras e confissões de amor feitas de perto ou distante, sobre o cheiro, sobre a felicidade intima que se sente, sobre a alegria e o orgulho próprio que se tem ao se olhar no espelho, ao beijar a mãe.
A gente não tira foto dos momentos mais preciosos que vivemos, porque estamos tão entretidos vivendo que nada mais nos importa. Nem redes sociais, nem celular. Logo, se você vê uma pessoa aparentemente contente, saiba que, intimamente, ela pode estar mais. Mas não esqueça, tem as que fingem. Então, quer saber?! Desapegue de cuidar da vida alheia, procure um analista e resolva a sua. Simples assim!

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 27 de fevereiro de 2015.

O trio.

O trio.

O prazer é bom, necessário! Mas só nos recordamos daqueles doces prazeres aliados a profunda alegria! Prazer existe para ser repetido, constante e seguidamente. Nossa memória tem memória curta para o prazer e nosso corpo tem vontade dele!
Uma ávida e quase insana necessidade: quanto mais tem, mais quer, quanto mais sente, mais deseja, quanto mais gosta, mais goza, ops (!), mais precisa! Alegria, porém existe para ser vivenciada, recordada e sentida!
Amor? Amor existe para chegar e ficar, para se tornar saudade na ausência. Saudade, não melancolia! Falo daquela saudade que remete ao que é tão bom e profundo que, mesmo ardida, faz sorrir e faz desejar! Sempre e sempre mais.
E paixão? Ah, meu amigo paixão é o que aumenta a graciosidade e a "deliciosidade" disso tudo. Paixão é o que faz tudo ter um brilho além, paixão é o que dá luz ao escuro, é o que faz o insosso ter sabor, é o que faz a água embriagar.
Paixão é o plus que faz o amor não virar amizade, que faz a admiração não virar mera “consideração”, que faz o prazer não ser algo que se substitui por comida, que faz até o gozo ter mais sentido, ser menos humano, ser algo mais divino e incomum!
Paixão é o que faz você não desejar apenas a companhia, não achar o outro apenas belo, como querer toca-lo, beija-lo, acarinha-lo. Paixão faz com que todas as indecências se tornem mais puras, é o que justifica bocas, toques, saliva e tudo o mais que envergonham a muitos, serem, entre quatro paredes, algo normal, desejoso, corriqueiro.
A paixão junto com o amor e o prazer forma um trio indestrutível e inabalável. Se ela dura? Eu creio que com muita criatividade, bom humor e vontade, havendo muito prazer e amor na relação a paixão não vai desejar sumir de perto deles. Eles são um trio com uma relação um pouco “simbiótica” e só andam juntos na vida de pessoas felizes. Muito felizes!

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 27 de fevereiro de 2015.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Ligar o foda-se!

Ligar o foda-se!

Para quem não sabe por que eu bebo, uso batom vermelho, sorrio sempre, acho graça de desgraças, amasso o cabelo que já é curto e perco "amizades", mas não a "insanidade" que desde sempre me acompanha: eu só preciso de mim para ser feliz!
 E de quem me deixa livre, ri das minhas brincadeiras e acha graça na paixão que tenho pela vida, pelo que faço e pelo que sou! Abstemia até os 27: boring! Malhação frenética até os 29: tédio! Cabelos longos até os 30: tempo perdido secando!
Salto alto? Bem, esse eu gosto até hoje e, para ser sincera, já fazia faculdade quando aderi, então, eu posso! No quesito gargalhadas, sorrisos, rock e salto eu nunca me importei em ser "certinha"! Hoje, menos ainda.
Maturidade tem que ser conquistada! Não é uma mera conquista da independência financeira. É conquistar a independência dos outros e de suas "frígidas" opiniões. Ser madura é se afastar de gente cheia de “ais”, de medinhos, de “vergonhas” e daquela chatice: “Ai, o que os outros vão pensar?!”.
Ser madura, minha cara, é ligar o foda-se para a opinião alheia! É ligar o foda-se para quem fica lhe analisando, porque não tem nem cacife para ser livre, porque não tem cacife para não ter medo de ser criticada e julgada mal por pessoas de mentalidade tacanha.
Amadurecer é ligar o foda-se para tudo que não trás gozo, não trás risos, não faz gargalhar, não anima, não faz suar, nada ensina, não descabela e não faz o coração bater acelerado! Amadurecer é ligar o foda-se para o que os outros pensam e para o que possa ser certinho ou “erradinho”.
Amadurecer é poder ser louca e não dar a mínima para os pré-conceitos de gente que não tem o mesmo prazer que você tem em ser quem é! Enfim, é mandar se lascar quem ainda é inseguro a ponto de dar importância para o que os outros vão pensar a seu respeito, enquanto você, como um cavalo em 7 de setembro: caga e anda para a opinião de alguns e é aplaudido pela de outros.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 26 de fevereiro de 2015.

Ainda que respingue em nós: a gente luta!

Ainda que respingue em nós: a gente luta!

Eu sempre disse para meus alunos que todo radicalismo, em que pese eu critique, teve sua utilidade para nosso País. Isso vai dos comunistas na época da ditadura, até o movimento feminista, incluindo os defensores nas minorias que tanto “causam” por aí em defesa do que deveria ser “bom senso” da sociedade, mas não é.
Enfim, sobre a greve dos caminhoneiros e etc.: arquemos com o ônus da maioria ter elegido uma inapta para o Governo! Que os preços aumentem, que a oferta fique escassa. Sofrimento? Que seja!
Se isso for suficiente para que algo mude (e a esperança nunca morre), se isso fizer esse governo infame se tocar de suas falhas homéricas, então encaremos. Eu apoio, é preciso uma “guerra” branca para que algo mude? Desde que não matemos uns aos outros, obviamente, então que siga.
Somos por natureza um povo leniente, pacifico, um povo que, via de regra, é “midiografado”, ou seja, só vai às ruas por influencia da mídia. Não é o que está acontecendo, pois, noticiem ou não, os preços estão absurdos! Dói colocar gasolina no carro, dói ir ao mercado hoje em dia.
Enquanto tudo aumenta, surgem escândalos no governo mais fiasquento e hipócrita que tivemos e a Sra. Presidente faz dizer que a inflação está sob controle, que o desemprego está diminuindo, enfim, existe uma grande diferença entre o país das maravilhas noticiado pelo governo e o país em que vivemos.
Em que os, primeiramente, lideres da “revolução”, os caminhoneiros, sentem em seus bolsos enquanto viajam pelas estradas terríveis de nosso País. E todos nós somos com eles solidários, mesmo que, o que já é caro, em virtude da escassez no mercado, acabe por subir ainda mais.
Temos, ainda, a esperança de que isso resulte em algo. Quiçá, na derrocada da presidente e, sobretudo, num aviso aos que vierem: nós não somos bobos, nós não somos tão acomodados. A gente reivindica, doa em quem doer, e ainda que a dor respingue em nós, a gente luta.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 26 de fevereiro de 2015.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Quando os olhos veem.

Quando os olhos veem.

Certo diálogo:
Um ser humano: “Querida, eu acho a pessoa A excelente, educada, charmosa e divertida!”.
Outro ser humano: “Charmosa? Excelente? Eu não acho, em especial com os comentários que ouço sobre sua conduta profissional. Agrada-me menos ainda.”
Um ser humano: “Conduta profissional, sério?! Como assim?”.
Outro ser humano (após alguns minutos e depois de conversar com a pessoa A): “Afff, mais uma vez a vida me mostra que julgar sem conhecer é equivocado. Precisei da pessoa A e ela me auxiliou no que eu precisava e em mais um pouco!”.
Um ser humano: “Pois é, ninguém agrada a todos e as pessoas adoram aumentar o que lhes ocorre, fazerem-se de vitimas e falarem mal das outras injustamente.”
Conclusão: Das pessoas mais interessantes, inteligentes, elegantes, humoradas e prestativas sempre existirá quem irá criticar, quem não vai gostar: uns por motivos idôneos, outros por inveja, vez que queriam ser igual, estar no mesmo “posto”, mas não podem.
Logo, conheça as pessoas e tire conclusões unicamente pela forma com que elas irão lhe tratar e agir com você. Veja com seus próprios olhos e então “deduza” o que lhe convir. Pense bem: você não simpatiza com uma pessoa da qual muitas outras pessoas criticam?
Pois então! É provável que outro alguém muito criticado pelas pessoas seja ótimo ao seu ponto de vista, assim como outro, demasiado elogiado, poderá ser desprezado por você. É seu direito não gostar plenamente de alguém, mas daí a fazer a “caveira” da pessoa para todo mundo é de uma tolice exacerbada.
Não nos custa nada experimentarmos mais e falarmos menos certo?! Sabe criança que nunca comeu determinado alimento e exclama aos quatro ventos que não gosta. Pois é, julgar sem conhecer, pessoas, coisas ou sabores, é um sinal da nossa imaturidade psíquica.
Neste mundo, meu caro, existe a verdade e existe o que o povo fala. Por incrível que possa parecer, a verdade é mais omitida do que a “falação” das pessoas. E, sabe como você pode ser um ser humano mais justo e melhor nesta vida? Não, não é indo na igreja todo domingo, não bebendo, não dançando e não transando.
Você se torna mais justo quando busca a verdade, quando se contenta com a verdade. E, quando você encontra a verdade? Quando seus olhos veem e sua alma sente, não quando seus ouvidos ouvem e seu ego aparece imponente e pronto para criar “ojeriza” a alguém. Pense nisso!

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 25 de fevereiro de 2015. 

Não gosto, mas respeito.

Não gosto, mas respeito.

Sejamos francos: a gente não valoriza e nem se importa com o que desconhecemos ou desprezamos. Sei lá, existem certos conceitos científicos, do âmbito das ciências exatas que não são, nem nunca foram a minha “praia”. Nove em dez noticias relacionada ao tema, não me interessa.
Penso eu: “Sim, qual a utilidade disso?!”. Sempre fui muito mais psicologia, filosofia, sociologia, ciências humanas, enfim. Não nego minha vileza, eu menosprezo o que não me interessa, o que não me agrada. “Ai, que horror, que pessoa estupida!”, pois é, talvez, mas humana.
Sei que existe, mas não vou atrás de informações, enfim, não gosto, não simpatizo e ponto final! A ignorância é minha e eu a deixo onde está. Se não quero saber, não saberei. Gosto de tantas coisas, sou curiosa sobre quase tudo! Só que entre o tudo e o “quase” existem umas coisas que eu acho “nonsense” pra caramba!
 Todavia, não saio expondo minha ignorância por aí, tipo abrindo meu menosprezo ao mundo, vendo notícias e dizendo “aff, que coisa mais inútil”. Não curto, não me interessa, mas respeito. Até porque, o inútil dentro de minha humana e limitada visão pode ser o útil no futuro, sei lá, cura do câncer, antidoto contra gente desrespeitosa, por exemplo!? Vai, saber!
Eu sou fã de remédios (sim, acho que eles existem para ajudar-nos, seja para uma cefaleia ou algo mais ou menos “grave”) e eles não surgem do nada. Não é filosofando que se cria uma medicação, certo?!
Acho necessárias as ciências médicas, mas, confesso, estarreço-me frente a algumas descobertas, como fico boquiaberta frente a um sujeito de voz bonita cantando sertanejo universitário! Eu exclamo: “Dio Santo! Que desperdício de voz!”. Mas, é a vida, a minha opinião é só a minha opinião.
A verdade é que a gente gosta do que é conosco a fim, a gente admira aquilo no qual nos vemos (e não estou falando do espelho, embora eu goste de gente que se ache belo). Afinidades não nos fazem sentir-nos sós, a gente encontra, através delas, um pouco de nós no outro. E isso é ótimo!
Portanto, não se sinta mal se, como eu, você “caga e anda” para certas noticias, áreas ou pessoas. O real é que a vida é curta demais para a gente comer só o recheio do bolo. A gente gosta do creme, das cerejas, da cobertura! Então foquemos no que curtimos sem medo de ser feliz.
O que a gente não aprecia, quem a gente aprende a não gostar (e que nosso “não gostar” nunca seja preconceituoso sem nunca termos convivido com o “não-gostado”) que fique longe! Vamos deixar de lado o que não nos faz bem, melhor fazer isso do que “se obrigar” e ser mal humorado. Ah não, isso não! Comigo não!

Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 25 de fevereiro de 2015.


terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

A sua luz e a escuridão do mundo.

A sua luz e a escuridão do mundo.

Na real o mal alheio não lhe faz mal, não lhe fere, não lhe avilta, tampouco massacra ou derruba. Apenas e tão somente se você permitir que toda a sua boa energia, a sua alegria, o seu animo e o seu destemor sejam substituídos por retraimento, por medos, por receios vãos e tudo o mais que lhe fará mal, não por culpa dos outros, mas porque você permitiu.
O mal sempre existirá no mundo, a inveja, a estupidez e, infelizmente, eles podem constituir a maioria, mas se você ignorar e seguir a vida, altivo e ciente de sua bondade e da beleza da alma daqueles que lhe importam, porque você os ama, então se tornará inatingível.
É difícil sim, viver sem nunca se desapontar, se magoar, se frustrar com as pessoas, mas não é impossível ser feliz e contente apesar disso. É uma questão de prioridade, afinal das contas, o que você valoriza mais: o bem ou o mal, o bom ou o ruim, o doce ou o amargo, a sabedoria ou a ignorância, o sol ou o escuro?
Não importa que a regra seja pérfida, não quando seus pensamentos e alegria se enternecem com a doçura e o encanto das exceções. Brilhantes exceções! A realidade é que o meio em que você está nunca será suficientemente ruim para abalar seu interior se ele, por sua vez, é bom, além de forte.
Não importa a escuridão do mundo, se dentro de você brilha ternura, paixão e alegria. Escuridão é ausência de luz. Pode ser que o mundo não queira receber a sua, mas o escuro do mundo não vai apagar a sua luz. Se você não deixar e não se afastar dela.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 24 de fevereiro de 2015. 

“Amiga”: desmistificando e selecionando.

“Amiga”: desmistificando e selecionando.  

Talvez o conceito de um bom amigo que eu tenha elaborado ao longo da vida seja demasiado frio para alguns, demasiado radical para outros, mas, convenhamos, formamos nossas opiniões com base no que vivenciamos na vida. E as minhas, são o reflexo do que já vi e, sobretudo, vivi.
Pois então, sabe quem é um bom amigo para mim? Quem é tão ou mais bonita do que eu, quem é tão ou mais inteligente quando eu, quem tem uma vida tão ou mais feliz como a minha, quem é tão ou mais bem amada do que eu, quem é tão ou mais contente do que eu, quem é tão ou mais feliz profissionalmente do que eu, quem é tão ou mais magra e elegante do que eu.
Sinceramente?! As mulheres, especialmente, estão se mostrando cada vez mais distantes da admiração. Ao menos aquelas cuja idade está próxima ou um pouco além da minha. Meninada nova não compete, não com uma balzaquiana, estamos em nichos diferentes. A inveja e, consequentemente, a intriga, a critica infundada e depreciativa, surge em relação a pessoas que são vistas como “aproximadas”.
Ao contrário de muitas, eu gosto de mulheres lindas, gosto de amigas com corpo lindo, gosto de ver a segurança das mulheres bonitas, finas e inteligentes, porque eu admiro isso! E, lamento, mas são raríssimas as conhecidas admiráveis que tenho. E eu preciso demais ou dispenso, continuo de poucas e raríssimas amizades.
Estou farta de mulher descontente: ou está gorda, ou muito magra, ou se sente insegura, introvertida ou extrovertida quando não precisa ser. Sei lá, mulher “espalhafatosa”, mal humorada e grossa? Eu conheço! E são lamentáveis.  
Eu quero fazer amizade com mulheres mais belas, mais chiques, mais ricas, mais inteligentes, mais felizes, mais seguras de si, mais decentes, mais bem amadas, mais elegantes, mais educadas. Cansei desse povo burro, inseguro que fica me olhando e me observando como se eu fosse um extraterrestre, que se diz minha amiga para falar mal pelas costas.
“Amigo é aquele que te ajuda quando você precisa”. Besteira! Qualquer um se sente bem vendo o inferno que a sua vida é ou está, qualquer um se enternece e ajuda, qualquer um vai sentir pena, quiçá aliada com uma “risadinha” interior. Sei lá se é instinto, mas a parte negativa que o ser humano tem tende a adorar se ver por cima!
A parte maligna do homem adora “um” dar conselhos, porque sente que não precisa. “Ah, coitado, precisa do meu apoio, precisa de mim”. A parte maligna do ser humano adora sentir pena da amiga deselegante, fora dos padrões ou caquética. Aí é fácil amar, adorar, elogiar, ter empatia, se preocupar e sentir compaixão.
Eu quero ver ser leal, ser amiga, não ser falsa, não criticar, não fazer comentários maldosos frente à existência da amiga que está sempre de bom humor, sempre com sorriso nos lábios, sempre se sentindo bem amada, segura, sempre com opiniões fortes, mas com classe e educação. Ah, aí quero ver ser amiga. Mas falo em amiga com “a” maiúsculo e longe de aspas!
“Amiga” para sair comer, “amiga” para jantinha, “amiga” para encher a cara, “amiga” para sair dançar (e observar você para difamar depois), “amiga” para satisfazer uma maléfica curiosidade de “como” ser você, “amiga” para chorar pitangas de amores frustrados, não correspondidos, de traição ou casamento ruim, dessas tem várias. Eu tive, inúmeras, centenas!
Quero ver ser amiga que se rejubila com a sua alegria quando ela está solteira, se sentindo gorda, se sentindo feia e deprimida. Quero ver ser sua amiga quando você está bem acompanhada com frequência e ela não acha um “namoradinho” para chamar de seu, ah, aí meu amigo, quando ela ficar radiante por você vendo o seu brilho, então você pode começar a tirar as “aspas” da palavra “amizade”. Só aí!



Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 24 de fevereiro de 2015.


Para durar com felicidade!

Para durar com felicidade!

Quando as pessoas deixarem o ego de lado e perceberem que a conquista é fácil, o cativar e atrair o interesse alheio são algo muito mais simples do que o manter a chama, o interesse despertado e o animo ao ter a companhia escolhida ao lado, aí então construirão relacionamentos mais felizes e, consequentemente, mais intensos em paixão, ou seja, mais duradouros.
Acho o comodismo de quem acha que "eu te amo" é título translativo de propriedade ridículo! Além de burro. Intimidade, amor e rotina não aprisionam, dedicação e vontade de manter o interesse do outro, porém, funcionam. Sem aprisionar, mas por manter o encanto, diga-se!
Inteligência emocional, já ouviu falar? É o que mais falta no mundo das aparências, da "segurança desequilibrada": aquela que falta quando necessária e sobra quando não precisa. Um perigo em qualquer relação.
Confia no carinho, na lealdade e no amor do outro, porém, não ache que este amor é suficiente para viverem uma relação duradoura, feliz e plena. É preciso paixão sim, elogios são necessários, cuidados com a aparência, sedução, atitude, alegria, programas variados.
O que mais me admiro é que, inúmeras vezes, as reclamações dos parceiros em relação ao outro são as mesmas. O outro não toma mais atitude, não tenta seduzir, não tenta ousar. Mas, meu amigo, você tenta? Relacionamentos não são como os inicios de contato heterossexual em que é “elegante” a mulher ser mais procurado do que procurar. Relações requerem vontade de seduzir: de ambos os parceiros!
Se as pessoas deixarem de reclamar do comodismo do outro e passarem a dar-lhe exemplo, a mudarem, a serem mais firmes nos seus propósitos do que, necessariamente, verbais, então, se chegar o fim, apesar disso, elas poderão dizer que “tentaram” com dignidade.
Exemplos, desde sempre são os melhores argumentos. Não adianta, por exemplo, querer que o filho coma legumes se você não coloca um em seu prato! Logo, não adianta querer que o parceiro seja mais animado e animador, se você não é animada ou animadora. A tentativa em manter a chama acessa, passa e sempre passará pela necessidade de boa vontade antes da necessidade de reclamar.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 24 de fevereiro de 2015. 

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Gente exibida, gente chata!


Gente exibida, gente chata!

Gente que mora no interior e usa gíria de cidade grande: gente chata! Ah, a pessoa nunca morou numa capital, nunca saiu de onde o diabo perdeu as botas e vive falando gírias de malandro.
Dá licença, vai enriquecer o vocabulário decentemente! Tem gente que acha bonito ser ridículo, só pode! Gírias tem que ser naturais, elas dizem de onde somos, com quem andamos e convivemos, então, não queira pagar de “moderninho”, porque você acha chique o linguajar do núcleo “analfabeto” da novela da Globo.
Quer ser moderna e descolada, mas fica brega. Eu acho feio, acho forçado. Creio que gíria e sotaque a gente adquire pelo convívio em determinada região, não ouvindo na televisão, não assistindo filmes, não assistindo a ala “c” desfilar na novela cheia dos “ti” e dos “erres” “cariocas”.
Na verdade, eu adoro um sotaque diferente, adoro gírias, mas eu prefiro autenticidade. Logo, se de onde a pessoa vem o sotaque e as gírias usadas são características, eu adoro, se não, acho pobre, acho ridículo mesmo.
Quase todas essas pessoas interioranas que usam sotaque aprendido em telenovela são as mesmas que curtem chamar a atenção, sabe, o tipinho “exibido”? Normalmente esteticamente feio e fora dos padrões que quer criar um novo padrão de “ser”? Pois é, este mesmo.
Aquele tipo que adora falar alto, que quer se destacar, ser diferente, ser melhor que os outros. Enfim, aquele tipinho medíocre de ser humano que quer se aparecer demais, que tem problemas com o ego. Acho feio, acho tosco, acho chato mesmo.
Gosto de pessoas espontâneas, não de pessoas que fingem espontaneidade, que decoram umas palavrinhas diferentes para se sentirem “especiais”, “acima” da média. Ah, por favor, gente que grita, que é grossa, que quer chamar a atenção desesperadamente bancando intelectual de palavreado “novo” me entedia. Cara, esse povo tem problemas, só pode!

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 23 de fevereiro de 2015. 

Deselegantes e grosseiros.

Deselegantes e grosseiros.

Tive o azar de conhecer inúmeras pessoas que se julgam sinceras e diretas quando, na verdade, são grosseiras, sem classe e finesse no trato humano. Criaturas estúpidas que dão opinião quando ninguém pede, que criticam quem lhes ignora, que falam o que não precisam e gritam com os outros como se o tom de voz atribuísse importância as asneiras que falam.
Gente que fala "cala a boca", gente que tem diarreia verbal, gente que quer pagar de intelectual, que fala como se fosse o centro do universo. Enfim, gente que não tem noção de classe e respeito humano, mas chama de franqueza toda a grosseria que diz. Gente desclassificada, gente idiota!
O mundo precisa de mais humanidade, de pessoas gentis e educadas que saibam o que e quando devem falar do que de pessoas que chamam mau humor, falta de finesse, estirpe e elegância de sinceridade.
Mais educação, consciência e menos defecação verbal. O mundo agradece e a vergonha que fugiu da cara de alguns, também. Não custa nada filtrar o que se fala né?! Sei lá, pensar assim: esse comentário vai enaltecer ou incomodar? É necessário ser dito? O outro tem interesse em me ouvir? Não posso me calar ou mudar a forma de explicitar meus pensamentos?
Minha opinião, já que não solicitada, é, tão mais importante do que a forma de o outro pensar? Se a resposta a todas estas perguntas for sim, ótimo, então além de sincero, você é fino, elegante e inteligente.
As pessoas precisam aprender que essa coisa de sinceridade, às vezes é superestimada, sabe por quê? Porque o que você pensa, é só o que você pensa! O que o outro pensa, é “só” o que ele pensa, mas partindo-se do pressuposto de que vida, CPF e cú cada um têm os seus para deles cuidar, não custa nada diminuir a importância que você dá a sua “formidável” forma de pensar. Inclusive sobre a vida e o proceder alheio, enfim, sobre o que não lhe diz respeito.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 23 de fevereiro de 2015. 

Bichos misteriosos.


Bichos misteriosos.

Li uma reportagem na qual uma advogada perdeu uma pretensa cliente porque, ao entrar em seu perfil no facebook, viu a profissional de biquíni e em fotos fazendo “biquinho”. Não nego, acho “biquinho” de última categoria sim, mas posto foto de biquíni sim.
Acho estranho, porque advogado homem postar foto na praia, sem camisa e bebendo com os amigos não é "tão" feio né, porque ele é homem. Se estiver na balada com um copo de vodca na mão e cercado de mulherada, então, o “doutor é pegador”.
Acho esse pensamento de um machismo idiota e incabível. O fato de a mulher ser bonita (deduzo, né, porque quem se acha feia de corpo não posta foto de biquíni ou, ao menos, não deveria postar), não a faz mais ou menos competente.
Ah, mas mulheres são bichos misteriosos né!? Confesso que nem eu as entendo bem. Ou seja, segundo a noticia, tratou-se da desistência de uma pretensa cliente e não de um pretenso cliente, homem, enfim.
Sinceramente, meu amigo se o machismo existe é muito mais por causa da própria mulherada que, podendo, acha uma brecha para desqualificar moralmente a outra e "pagar de santa" para os desavisados, numa fã tentativa de afetar a moral da "concorrência".
Mulheres costumam falar mal da amiga extrovertida, espalhar para o marido e amigos que uma conhecida ficou com um cara desconhecido, criticar a postura mais segura de algumas, não poupando adjetivos vulgares: “assanhada”, “saliente”, “louca” e assim por diante.
Daí se a amiga bebe e dança até cansar, não pode ser uma profissional séria, se sai de noite, se troca de namorado, não pode ser uma mulher de “família”, mesmo que quem a critique seja do tipo que assiste vídeo pornô no whatssap e compartilha foto de homem sarado, porque não tem tesão mais no marido. Mesmo que seja a infame que fica casada por conforto, não por amor. Tudo o que ocorre passa a ser depreciado, justamente com comentários mais machistas e difamantes do que os oriundos de qualquer homem. Homens são mais leais uns aos outros e à própria realidade, mulheres curtem invenções. Vis invenções acerca da outra para denegri-lá. 
A falsidade que circunda o universo feminino dá vasão a esse machismo idiota. Nada ofende mais uma mulher frustrada do que a inteligência, a segurança e o amor próprio da amiga ou conhecida. Se ela for bonita, então, a própria existência da moça será um "tapa" na cara de muitas. Daí para diante, qualquer pequeno fato justifica criticas vãs e desnecessárias, feitas, comumente nas costas da outra.
Quanto ao assunto, enfim, ainda bem que meus clientes e alunos sabem que eu não penso com o corpinho que mamãe e papai me deram, sei lá, eles tem inteligência suficiente para saber que o cérebro está dentro da minha cabecinha de cabelos curtos e ideias longas.
Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 23 de fevereiro de 2015. 

domingo, 22 de fevereiro de 2015

O “pouco” que custa caro.

O “pouco” que custa caro.

A pessoa tira férias em Cancun, posta foto dentro da água limpinha e linda com a legenda: “A gente precisa de pouco para ser feliz.” Pois é, mas como que a pessoa foi parar lá, gente? “Pouco”, como assim?
Sei lá, primeiro precisa de um trabalho rentável para tirar férias em grande estilo, daí precisa comprar passagens aéreas, hotel, comida, bebida. Não sejamos hipócritas, porque se você não mora em cidade litorânea e se sente super feliz na praia, tomando água de coco, você precisa de dinheiro para ir até ela! E para pagar o coco, a menos que você seja filho daquele pessoal do filme “Lagoa Azul”, daí eu até concordo que precise de “pouco” mesmo.
Eu não nego que consigamos ser felizes com pouco. Eu mesma sou, mas não posto foto na praia ou no exterior dizendo que preciso de “pouco” para ser feliz né?! Conforto é bom e todo mundo gosta. E conforto custa dinheiro.
Divirto-me numa tarde de sol em casa na piscina! Opa, eu tenho uma piscina! E seu não tivesse nem ar condicionado pra aguentar o calor? Isso sim seria pouco. Sei lá, talvez eu fosse ser feliz, suando bastante, com a pressão em queda constante, mas feliz. Vai saber!
Você precisa de dinheiro para viajar, dinheiro para conhecer belos locais, logo, quiçá você precise de muito para estar aonde está tirando fotinho dentro da praia cristalina. Ah, mas a natureza é um bem que nos foi dado gratuitamente? Isso é, mas a gente precisa de grana para ir até ela.
Seja até a cachoeira no interior, seja até um parque ou até uma praia paradisíaca. Gastos, meu amigo, money! O simples pode nos fazer felizes, mas se você não está se referindo a visão do luar, das estrelas ou a um dia de sol, então você não pode falar em pouco, do contrário, fica meio incoerente, meio bobinho. Não sei, só acho.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 22 de fevereiro de 2015. 

O protótipo da mulher santa.

O protótipo da mulher santa.

Sobre o manjado assunto do questionar a decência da mulher que transa na primeira noite: mulher dá quando quer, quando se sente à vontade. Primeira, segunda ou décima nona noite não define moralidade, nem caráter.
Define, isso sim, quão pouco a criatura gosta de você ou, o que é pior, quão falsa ela é a ponto de querer passar-se por “santa” para conquistar a sua confiança. Tipo, a otária menospreza a sua inteligência e você, se for mais otário do que ela, acredita.
Enfim, papo de “homo sapiens para homo sapiens”, mas de fundamento! Sem hipocrisia, sem falsidade, porque o mundo não precisa de mais mulheres se fazendo de santinhas, até porque, meu amigo, mulher que não dá, voa.
Já viu alguma voando? Dar ou não dar: gosta ou não gosta de você, simples. E se quer colocar a máscara de uma santidade inexistente, desconfie: mais puta do que muita puta por aí. Abre o olho sujeito!
Não faço apologia a transar na primeira noite. Também não faço apologia a se fazer. Eu transo quando quero, porque quero e do jeito que eu quero. Simples! Antes do sexo gosto de me sentir apreciada, valorizada, admirada. Mas eu sou eu, nem todas tem esse “romantismo sexual” que eu tenho.
E daí? São putas? Não. Não são. Aliás, as mocinhas mais vadias e sem moral que conheci enrolam os caras até “apaixonar” o moço com a intenção de casar e ter uma boa vida. Quando ele é rico e interessante, né?! Quando é pobre e bonito dão de cara.
Afinal, bonito é legal, mas é pobre, daí não desperta o interesse matrimonial na moça. Arre, bicho manipulador é a mulher. Não nego. Não sou feminista, também não sou machista, mas acho que é a tolice feminina que instiga certa visão machista e medíocre de alguns.
Certa vez eu li: "Não finja orgasmo, deixe o cara saber que ele fode mal". O que isso tem a ver? Seguinte, se as mulheres pararem de vestir algumas máscaras, talvez esses pré-julgamentos imbecis terminem.
 A maioria curte manipular e acaba fomentando o machismo. Pode ser por medo, mas a situação vira um círculo vicioso tosco. Enfim, não finja orgasmo que o cara vai melhorar, ou não, assim como, não se faça de puritana só pra conquistar, que essa história de mulher pra casar ou não acaba. Mulher tem que ser inteligente, decidida e segura de si. Daí sim é pra casar, pra transar e pra viver. Pra amar, basicamente!
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 22 de fevereiro de 2015.


Transbordante.

Transbordante.

Nesse mundo de pessoas entediantes e mornas eu sou aquela que ri, que dança, que canta, que fala o que pensa e não se faz de coisa alguma. Aquela que chamam de louca, que não tem vergonha de nada, mas tem brio e vergonha na cara.
Eu prefiro ser objeto de assunto de gente infeliz e frustrada a ser a coitada que critica os outros para se sentir superior, menos ínfima, menos sem graça e infeliz. Critica, porque não ousa, não tem a alma liberta e o coração alegre, critica porque sua vida é um tédio, sem graça, sem luz e sem amor.
Deve ser muito chato ficar sentado falando dos outros enquanto eles se divertem. E eu me divirto muito! Eu sou a que pira ouvindo rock, a que dança, a que agita, a que ri, a que grita. Eu sou a que se lixa para a opinião alheia, a que não precisa ser bem julgada para ser bem amada.
Aliás, eu sou aquela que desperta amor de quem gosta do autentico, do espontâneo, do feliz, do transbordante. Eu não sou meramente uma pessoa profunda e “não rasa”, eu transbordo.
Transbordo emoções, transbordo alegria, transbordo paixão por tudo o que faço. Da comida ao trabalho, dos textos ao sexo, do beijo a briga. Não sei viver sem ser apaixonada, não tenho vergonha de ser intensa na dança, na mesa de bar, no quarto e no trabalho.
Sou sensível ao extremo, tenho dificuldades para dizer “não”, mas maneiro na estupidez. Apesar de sincera, faço o possível para não ferir com palavras quem eu amo. Prefiro o silencio, o abraço, uma risada amarela, um disfarce.
Falo o que penso e isso já costuma ser irritante. Sou feliz, alegre, engraçada e divertida e isso já ofende muita gente. Não posso me dar ao luxo de ser grossa, de ser mal educada. Gosto de elogiar, de enaltecer, de fazer bem a quem amo. A minha existência já é uma sarna na vida de alguns, sobretudo daqueles que cruzam os braços e dizem que eu sou “maluca”.
Louca sim, com orgulho. Louca sim, pela vida! Louca sim, por mim mesma! Louca sim, de paixão! Louca sim, de animada, de extasiada, de alegre. Pra que ser normal se o “normal” precisa chamar alguém de “louco” para justificar o seu jeito tedioso de viver? Não, obrigada. Com licença.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 22 de fevereiro de 2015. 

Variáveis.

Variáveis.

Nós não somos pessoas corretas. Também não somos pessoas erradas. Não somos “do bem”, nem “do mal”. A verdade é que a gente age errado às vezes, age certo outras tantas, age bem e também pode agir mal. Não existe essa coisa maniqueísta de extremos.
Não somos “estanques” e nem definidos por uma ou outra palavra. A gente varia, nós somos variantes e não estanques. Nem bons, nem ruins. Às vezes excelentes, outras vezes péssimos.
Nossas atitudes dependem de nosso momento, dos nossos motivos e do nosso ânimo. E é aí que está o encanto do ser humano. Não somos santas, não somos putas. Somos boas quando queremos e devassas quando nos convém. Somos donas do nosso corpo, da nossa alma e das nossas vontades, independente da vontade e da critica alheia.
A gente amadurece de verdade quando desencana, quando não fica se cobrando atitudes perfeitas, quando compreende nossos erros, quando, apesar de termos consciência de nossos acertos e equívocos, conseguimos ser indulgentes conosco mesmos e seguir adiante com o propósito de não cometer mais o mesmo erro.
Proposito, não promessa. Porque a vida nos ensina que não existe o “nunca mais”, existe um mero “não quero mais” fazer isso, ficar assim, uma pessoa, uma situação. “Até quando” é algo que não podemos prometer sob pena de nos atribuirmos um ônus demasiado e injusto.
A vida nos ensina que é bom ser leve, é bom e necessário sorrir dos acasos, das desgraças, superar o que é ruim, incluindo nossos erros, para focar no bom, para focarmos nos acertos e, assim, sermos melhores e acertarmos mais no futuro, sem falsas expectativas, sem promessas vis.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 22 de fevereiro de 2015. 

Pertença-se!

Pertença-se!

O que, afinal é pertencer a você mesmo? É ignorar o que os outros pensam, é deixar em segundo plano as preocupações vãs e vis com o que não lhe pertence: preconceitos, ideias, rigidez de postura.
Ser de você é dançar quando ninguém se levanta, é mandar se foder quem lhe olha com critica e menosprezo e, olhe, olhe, veja só: não é feliz! É cheio de medos, de receios e veste uma máscara de “corretude” que não possui.
Eu gosto de gente livre, de gente solta, de gente que comanda a sua vida, de gente independente, de gente livre de espirito. De quem se ama, de quem se curte, de quem tem humor, alegria de viver e ânimo.
Eu gosto de gente bem resolvida, não de gente mal humorada, “fazida” e falsa. Eu gosto de gente feliz, porque do resto eu me afasto. Não sem incomodar, não sem deixar aquela vontade de criticar, de falar mal, pura e simplesmente por eu pertencer a mim, ser leve, ser espontânea e ser feliz.
Eu gosto de gente animada, de gente que pula, que dança, que vive intensamente. Eu gosto de gente que fecha os olhos para o proceder alheio e cuida do seu. Tenho ojeriza à gente recalcada, mal amada e invejosa.
Detesto esse povo que tem como pauta de assuntos a vida alheia, o que não lhe pertence, nem lhe diz respeito. Odeio gente que fala de gente. Mais, que fala de gente que se lixa para a sua existência, de gente cujo maior diferencial é estar cuidando da própria vida, se divertindo, amando, se amando, vivendo e curtindo a graça de bem viver.  

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 22 de fevereiro de 2015. 

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Versões.


Versões.

Detesto gente que acha que eu sou obrigada a ser idiota! Ou a me fazer de uma, por exemplo. Ora, meu amigo, se você soubesse quão esperta e intuitiva eu sou teria mais vergonha nessa cara de pau que você tem e que o convívio com gente tapada acentuou!
Ah, meu caro, comigo não! Não mesmo. E fique sabendo: eu finjo que acredito por ter vergonha das mentiras que ouço de você. Tenho comiseração de gente que se gosta tão pouco que precisa mentir para tentar enganar aos outros.
Tem gente tão descarada, que mente na cara dura, a verdade vem revelada naturalmente noutro momento e a pessoa, aparentemente, finge que esqueceu que mentiu! Ou será que esqueceu mesmo?
Vai saber, a pessoa mente tanto, fala mais que o homem da cobra que, de repente, se perde nas próprias lorotas né?! Veja bem, a pessoa tem vários conhecidos, para cada um “pinta” uma face, conta uma história diferente! É impossível não se atrapalhar.
O que denota que, por mais talento que uma criatura tenha para engambelar as outras, ela nunca é um ser, realmente, inteligente. Sabe por quê? Porque o homem inteligente sabe que a falsidade e a mentira não compensam, são barcos furados.
O que você conta pra um hoje, pra outro amanha e pra outro em 10 anos e nunca muda? A verdade! Somente a verdade é única. A mentira é variável e o mentiroso é um idiota que se acha esperto.
Hoje a história é de um jeito, amanha de outro, noutro dia já ganhou outro detalhe e, assim, a criatura vai vivendo, menosprezando a inteligência alheia. Eu acho trágico, não fosse cômico.
A pessoa mente e consegue ser tão besta que ela mesmo se desmente e, ainda, acha que você tem que se fazer de surdo e de besta. Pior é que você termina se fazendo né?! É a tal da vergonha alheia. Pra que humilhar quem já está tão no chão que precisa fingir que teve e tem uma vida diversa da sua? Sei lá, eu tenho dó.
Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 21 de fevereiro de 2015.