Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

sábado, 21 de fevereiro de 2015

Não, obrigada.

Não, obrigada.

Quando somos jovens e inseguras queremos andar como todas, nos importamos com o pensar alheio. Quando crescemos psiquicamente a gente se importa com o nosso bem estar, autoconceito e consciência.
Não tememos ser diferentes, porque a gente sabe que os comuns são chatos, triviais. Quando amadurecemos a gente liga o "foda-se" para os outros! Fodam-se e sejam felizes com suas "fodas", porque gente feliz não cuida da vida alheia!
Quando somos mais imaturas a gente pensa em agradar a todos, a gente tem uma excelente tolerância à gente chata, de energia ruim. A gente “suporta” o desagradável com mais talento. Quando nos tornamos pessoas seguras, isso muda.
A gente passa a cuidar mais do nosso bem estar psíquico. E que se dane a tolerância! Com a maturidade conquistamos uma merecida intolerância à gente cuja forma de pensar e de ser nos avilta a alegria, às pessoas que “borram” nossa visão de mundo. Enfim, a gente seleciona mais as companhias, porque descobre o verdadeiro valor da tal da “afinidade”. Ignoramos, nos afastamos, ainda que educadamente.
Convenhamos, a gente cruza com um povo que “pesa” ao nosso lado. Gente que vive um astral ruim, gente que gosta de falar dos outros, gente que acha que o mundo se resume a seu umbigo, gente egocêntrica, gente com problemas de ego, gente fútil, gente materialista e, consequentemente, irritante.
Com o tempo a gente foge da ausência de afinidade, porque queremos manter nossa alegria, nosso astral alto e nossa pele bonito! Com a maturidade a gente quer mesmo preservar a nossa beleza física e, para tanto, não a gastamos em locais que não gostamos ou com gente que não nos agrega e anima.
Sei lá, tem um povinho estranho nesse mundo! Dizem que de quatro pessoas que conhecemos uma tem problemas psíquicos e que a cada 25 criaturas, uma é perversa, no melhor estilo “psicopata” de ser, pois eu acho que isso procede. Às vezes notamos isso até na nossa família! Então, o que fazer? Sair à francesa, meu amigo.
Ser fino, elegante e não muito sincero com o outro. Até sinceridade a maturidade nos ensina a usar com zelo. Pra que ser sincero com quem acha que é melhor que você e que o mundo? Para dar mais motivos para criticas infundadas feitas pelas suas costas? Ora, não carecemos dar satisfação a ninguém, só a nós mesmos. Logo, usamos nossa finesse e “escapulimos” sem explicar a razão: nossos motivos, nossa consciência e nosso direito de silenciar.  
Enfim, com o tempo a frase da moda se mostra perfeita, porque aprendemos que “não somos obrigadas”. Não somos obrigadas a nos vestir como todas se vestem, a ter o corte de cabelo que todas têm, não somos obrigadas a andar na “moda”, não somos obrigadas a falar o que pensamos de gente que não nos interessa, não somos obrigadas a ser sinceras, não somos obrigadas a ter um saco de paciência, nem a sermos boazinhas.
Com o tempo a gente descobre que veio ao mundo só com a obrigação de ser feliz e, para tanto, usamos nossa liberdade de ser, viver e estar aonde desejamos, com quem nos faz bem, com quem tem importância na nossa vida, desde a mera presença, até opiniões e jeito de ser.
Com o tempo a gente deixa de se obrigar a falar o que não quer, vestir o que não quer, ser o que não quer e conviver com quem não quer. Com o tempo a gente não se obriga, a gente só diz: “Não, obrigada.”. Vou te contar, esse lance de segurança, autoestima e maturidade é o máximo! Experimente.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 21 de fevereiro de 2015. 

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