O “pouco” que custa caro.
A pessoa tira férias em Cancun, posta foto dentro
da água limpinha e linda com a legenda: “A gente precisa de pouco para ser
feliz.” Pois é, mas como que a pessoa foi parar lá, gente? “Pouco”, como assim?
Sei lá, primeiro precisa de um trabalho rentável
para tirar férias em grande estilo, daí precisa comprar passagens aéreas,
hotel, comida, bebida. Não sejamos hipócritas, porque se você não mora em
cidade litorânea e se sente super feliz na praia, tomando água de coco, você
precisa de dinheiro para ir até ela! E para pagar o coco, a menos que você seja
filho daquele pessoal do filme “Lagoa Azul”, daí eu até concordo que precise de
“pouco” mesmo.
Eu não nego que consigamos ser felizes com pouco. Eu
mesma sou, mas não posto foto na praia ou no exterior dizendo que preciso de “pouco”
para ser feliz né?! Conforto é bom e todo mundo gosta. E conforto custa
dinheiro.
Divirto-me numa tarde de sol em casa na piscina! Opa,
eu tenho uma piscina! E seu não tivesse nem ar condicionado pra aguentar o
calor? Isso sim seria pouco. Sei lá, talvez eu fosse ser feliz, suando
bastante, com a pressão em queda constante, mas feliz. Vai saber!
Você precisa de dinheiro para viajar, dinheiro para
conhecer belos locais, logo, quiçá você precise de muito para estar aonde está
tirando fotinho dentro da praia cristalina. Ah, mas a natureza é um bem que nos
foi dado gratuitamente? Isso é, mas a gente precisa de grana para ir até ela.
Seja até a cachoeira no interior, seja até um
parque ou até uma praia paradisíaca. Gastos, meu amigo, money! O simples pode
nos fazer felizes, mas se você não está se referindo a visão do luar, das
estrelas ou a um dia de sol, então você não pode falar em pouco, do contrário,
fica meio incoerente, meio bobinho. Não sei, só acho.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 22 de fevereiro de 2015.
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