Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Quem nunca?

Quem nunca?

Para conhecer alguém, observe-o, mas, sobretudo, se atente a sua impressão quanto a ele! Tudo que essa voz interior lhe diz e que, no fundo, você quer ignorar, não quer acreditar para não se frustrar ou para não admitir que errou, que acreditou em palavras, que colocou fé onde não devia, que foi um tanto enganado.
Ocorre que, ignorar a intuição, nesse caso, ignorar o que diz aquela voz abençoada em sua alma é cometer o pior dos erros: o de enganar a si mesmo. É perdoável ser enganado, mas é masoquismo se iludir, não atentar para o óbvio, dar mais credibilidade a pequenos gestos e palavras do que aos detalhes reveladores.
Às vezes aquilo que ignoramos é o que temos de mais forte e útil para conhecer ao outro realmente. Às vezes o que olvidamos é o que nos revela a verdade do que queremos saber. Verdade incomoda e, portanto, tentadora de ser relevada.
Ah, a gente não ouviu da boca do outro, a gente não viu, apenas interpreta, sente, sem base tangível alguma, então é fácil e tentador relevar né?! Deixar para lá, fingir que é uma mera impressão, fruto de algum negativismo nosso mesmo.
Todavia, seguidamente são essas impressões irracionais e aparentemente ilógicas que nos apontam conclusões necessárias e sábias a respeito de quem está próximo a nós. Só que tudo o que queremos é crer que é ótimo, que é bom, que é pra nós, que só “vai”. Enfim: quem nunca? Quem nunca se iludiu para sentir-se mais pleno por alguns poucos momentos?

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 15 de fevereiro de 2015.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.