Sobre o verdadeiro pecado!

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"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Quem “ama” trai: sobre a minha versão do amor que não trai.


Quem “ama” trai: sobre a minha versão do amor que não trai.

Sobre a pergunta deixada ao termino da minissérie que retrata o lado "down" da classe alta (Felizes para sempre?): "Quem ama não trai?". Eu acho que, da forma acomodada e insossa que as pessoas retratam o "seu" amor (versão do sentimento diversa da minha, frise-se!), quem ama trai.
Quem ama está traindo e aprontando pra caramba! Sabe aquele amorzinho fraterno? Ele é amigo, ela é minha companheira, temos filhos, ela é batalhadora, ele é bem sucedido, ela é excelente mãe, constituímos uma família e eu amo minha família e blá blá blá!
A maioria dos infiéis chega em casa jurando amor. Logo, sabe o que eu acho que falta? Franqueza do homem consigo mesmo. Diminuir a hipocrisia! Gente apaixonada não trai, gente apaixonada que morre de tesão pelo parceiro nem olha para o lado, gente bem "comida" e bem amada não trai.
Gente que vive esse "amor" insosso em prol da família, da moral e dos bons costumes não apenas trai, mas age de forma muito mais suja do que a dos que admitem que querem uma paixão quente!
No meu mundo, quem ama não trai, só que no meu mundo não existe amor sem sexo quente, bom e sacana, sem desejo e afinidades entre quatro paredes. Intimidade e ausência completa de inibição.
As pessoas falam em amor de uma forma inocente, usam a palavra amor para justificar a relação acomodada, onde o que mais se tem em comum é diálogo. Se estou dizendo que dialogo é desimportante? Obviamente que não! Mas é básico, é elementar. Não entendo como alguém se casa com alguém com quem não goste de conversar. Simplesmente, não entendo.
Fato é que amor, em minha opinião, é sim um misto de admiração com tesão. Um misto bem feito de jantares regados a longos diálogos e sexo explosivo de sobremesa. Se você acredita em amor sem sexo, então, meu amigo, a sua vida vai de mal a pior. Você está no limbo, na zona de conforto de um casamento com o prazo de validade “vencido”.
Se você acredita que ama a sua esposa, porque ela é boa mãe, educada, fina, boa profissional e inteligente, mas paquera qualquer uma bonitona na rua, se você tem como maior alegria do casamento estar próximo a seus rebentos, então, meu amigo, seu amor já era! Restou amizade e a parte boa da admiração.
Em minha opinião, não existe amor sem atração física, sem vontade de beijar, abraçar e fazer sexo. E, quem “ama” desta forma que me referi, acaba, sim traindo. Quem ama, enfim, dessa maneira socialmente pura e agradável de “amor”. O amor dos acomodados, o amor dos hipócritas!  
Enfim, no meu mundo interior, no campo das minhas ideias, amor requer admiração mental, física e sexual pelo parceiro! Requer atração, vontade de ter o outro nos braços todos os dias. Sim, no meu mundo o amor é mais erótico, mas ninguém leva guampa ao mesmo tempo em que recebe SMS com declarações de amor. Já, no mundo aí fora, só lamento!
Fato é que só me interessa quem tem dentro da sua mente um mundo como eu tenho na minha. O resto pode ser interessante para o padre ver, para a sociedade gamada em aparências enaltecer, mas não para a minha felicidade e bem estar.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 05 de fevereiro de 2015.

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