Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Encanto.

Encanto.

Existem pessoas que encantam! Existem pessoas cujo nosso corpo e mente não conhece profundamente, mas algo de pouco racional e explicável em nós parece conhecer. E assim o corpo e a mente salivam, desejam, esquentam e se apegam.
O que a vida tem de melhor é o inexplicável. Aquilo que a gente explica com uma facilidade assustadora pode até ser bom, mas está ao acesso de todos. São benesses simplórias, ainda que valiosas dadas pela vida aos seres humanos.
Mas, e o que a gente sente, remexe e mexe dentro da gente e não conseguimos explicar com maestria? A gente sente, a gente gosta de sentir, nos faz bem, nos instiga, nos empolga, mas não traduzimos em lógica.
Era inesperado, quiçá não planejado, mas chegou e aconteceu dentro de você! Causou alegria, aumentou a paz, a tranquilidade, fez o coração bater mais forte, o corpo arrepiar, desejar, ansiar.
Eu gosto dessa sensação! Da sensação de ter encontrado algo que era pra mim, mas estava extraviado, que eu esperei na hora em que eu desejei, mas surgiu na melhor hora, na hora certa, na hora que o universo conspirou a meu favor.
Eu gosto dessa sensação impar e gostosa de ter a alma e o coração repentinamente dominados, invadidos. Por uma pessoa que eu consigo admirar, cuja história me interessa, cujos gostos e planos futuros me interessam, quiçá, porque algo em mim quer, com muita força, estar neles!
Eu gosto de ter alguém especial habitando no meu intimo, dividindo comigo mesma, a atenção que tenho para dar. No rol dos meus encantos, no rol dos poucos e bons seres humanos por mim amados.
Eu gosto de ter alguém que faz meus olhos brilharem, cujo mero conhecimento da existência, me dá energia. Sei lá, me faz acordar animada às seis horas da manha nas férias, por exemplo. Acordar pensando, querendo, adorando e desejando. Francamente? É pelo inexplicável que a vida vale a pena! São nossos suspiros e os momentos em que o ar nos falta que justificam a dádiva de respirarmos e de vivermos. E que seja doce!

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 10 de fevereiro de 2015.

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