Gente louca.
Vi alguns indivíduos
que postaram nas redes sociais que a separação da linda Paolla Oliveira foi
após a atriz interpretar uma prostituta na minissérie recém terminada e que
isso (seu papel e separação) era obra do capeta (sim, eu li isso!).
Seres humanos
que são contra o divórcio e o chamam de algo derivado de satanás em pleno ano
2015: indivíduos insanos! Casamento deve existir enquanto o casal for feliz.
Usando uma das palavras utilizadas por quem tem tal preconceito: não se
“edifica” uma vida saudável e honesta sobre a infelicidade e frustração.
Infelicidade
gera infidelidade, hipocrisia gera fotos com lindos casais “apaixonados” e seus
belos filhinhos que, por sua vez, aprendem que “fazer de conta” convence a
sociedade. Entendeu ou preciso desenhar?!
Desde quando um ato
de resignação e humildade é “maligno”?! Uma pessoa que se divorcia assume que
fracassou, que seu relacionamento fracassou, que o que esperava foi frustrado,
ferido, pessimamente acabado.
Triste, “pecaminoso”
ou como esses seres doidos queiram chamar, é ficar ao lado de alguém cuja
companhia não alegra mais, cujo toque não excita, cujos beijos são frios, cujo
dialogo entedia, cujas palavras ecoam de forma fria e amarga na alma.
Triste é ficar
com alguém e desejar outra voz, outros diálogos, outros toques, outros beijos,
outros afagos. Triste é estar com alguém e se satisfazer sexualmente num banheiro
úmido ou com uma companhia desconhecida. Triste é viver uma vida “cristã” só na
aparência, para contentar a sociedade hipócrita que só é feliz quando age
escondido, quando ninguém vê, fazendo o que ninguém pode saber.
Se o casamento
da atriz acabou? O problema é dela. E, com certeza, se foi por ciúme do marido-
o que duvido-, é porque o infame não a merecia. Estava casado com a pessoa de profissão
errada, afinal, fez um excelente papel e foi ótima nele.
Esse pensamento
religioso tacanho, chauvinista, preconceituoso e ignorante me dá arrepios. Causa-me
nojo, me irrita, me fere! É incrível, porém, mas ele existe. Mudam-se os anos,
os séculos, mas a ignorância humana, não melhora. Não como deveria na atual
sociedade da informação. Lamentável.
Cláudia de
Marchi
Sorriso/MT, 08
de fevereiro de 2015.
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