Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

domingo, 15 de fevereiro de 2015

Constância.

Constância.

Sobre inconstância: odeio! Até o sol inconstante me desanima, fica aquela coisa que brilha num momento, foge noutro. O bipolar me irrita! Como fazer uma relação feliz? Tentando ser constante!
Manter o que teve de bom no início, sem braços cruzados, resignação a (saudável) rotina, sem jogar-se aos leões do tédio! Tentando ser constante no contato físico, no carinho, na atenção, nas palavras, na paixão, no sexo! Sem sentir-se dono do outro e, como tal, acomodar-se em segurança demasiada.
A vida é inconstante: o que hoje esta, amanhã deixou de estar. Essa é a regra! Ou você se empenha a fazer o bem a si e ao outro com constância ou o trem da frustração passará por cima. De você e de seus planos pouco articulados.
Enfim, odeio comodismo, primo da inconstância! Um brinde ao que é quente! Que depende de nós para continuar sendo! Ou, no caso do meu sol, depende do "além". De toda forma, nos relacionamentos cabe a cada um fazer a sua parte.
Sei lá, as pessoas envidam esforços, carinho, dedicação para conquistar e depois deixam tudo em segundo plano. Só que pessoas não são troféus ganhos após vencer alguma competição. Desses que você coloca na estante e lá eles ficam simbolizando uma vitória.
Pessoas têm sentimentos, desejos, sonhos, alma! Na verdade, o ser humano precisa da constância para sentir algo constante, do contrário, ele poderá ser inconstante também. Mudam-se os gestos, mudam-se os atos, muda-se a atenção devotada, o carinho e o afeto, mudam-se os sentimentos humanos. Simples!
Se todos mantiverem, no curso de uma relação, os mesmos atos gentis e encantadores usados no começo seus relacionamentos tenderão a ter maior dificuldade para esmorecer. Quem encara que está com uma pessoa e não com um objeto, tende, pois, a ser afável, assim no beijo de boa noite, como naquele toque de mãos do primeiro encontro. Afinal, se você não mantém a pessoa “conquistada” encantada, ela não se manterá com você. Simples assim, ou não.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 15 de fevereiro de 2015.

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