Sem tabu: sexo
oral II.
Sobre a
discussão entre o casal Cláudio (machista e cafajeste) e Marília (insossa,
insegura, sem graça e sem humor), na última sexta-feira em “Felizes para
sempre?” a respeito da ausência de sexo oral na relação deles (ela reclamando
de nunca ter recebido, ele reclamando de ela ter feito raríssimas vezes com
cara de nojo): Gente, nesse mundo ninguém é obrigado a nada!
Sexo bom é o
feito com gosto, com vontade, com desejo, sem pudor, sem “mas”, sem “não,
para”, sem “apaga a luz”, sem “tem que ser só na cama”, sem “éca”! Oral, então,
nem se fala!
A mulher tem que
cair de boca, com gosto, gostar de cada parte da zona de lazer do marido e
sentir prazer em fazer! Sim, é possível! Na real, a zona de lazer é nossa, é da
mulher! E o homem tem que gostar da nossa área erógena, admirar, salivar,
conhecer!
Mas, nem todos
gostam, tem gente que tem nojinho, fazer o que? Para mulheres como a Marília
uma solução: achar um homem frio, que não curta o tradicional boquete, simples!
Tem de tudo nesse mundo, deve ter um sujeito pudico a tal ponto, vai saber! (E
entender!). Para um cidadão que nunca fez sexo oral na mulher?! Mereceu a
mulher que tem, afinal não mostrou pra ela como é bom não ter “nojo” do que é,
realmente, bom! Simples! Ou não.
Mas, na minha
concepção, é um cidadão sexualmente egoísta casado com uma mulher sexualmente
fria. Uma combinação que, definitivamente, não dá certo! Não à toa a mulher, ao
que vi, sempre foi corna. E ele mereceu a traição que tomou.
Da mulher com
outra mulher. Uma que não tem aquilo que, em minha opinião é essencial, lindo e
gostoso e, frise-se, Freud deve explicar: o que a gente gosta, a gente leva à
boca sim! Do que a gente realmente gosta, a gente não sente nojo, a gente sente
desejo, sede, vontade, fome!
Quem tem
vergonha de receber, nojo de fazer sexo oral, com certeza, tem algum bloqueio,
algum problema psicológico que deve ser resolvido com um psicólogo, antes de
chegar à cama de alguém.
Homens e
mulheres notam quando o sexo oral é feito só para agradar, só para “cumprir”
tabela, sem aquela vontade, aquela sede do corpo e do gosto do outro. E isso é
broxante. Ao menos, psiquicamente e a longo prazo. Tanto que a pessoa, com o
tempo, desiste de receber para não “judiar” do estomago da outra. Benzadeus e
me livre de um ser humano assim!
De um ser humano
que gosta de dominar, de colocar pra dentro, sem saborear os pedaços, as
partes, sem ter, realmente, “gosto” pelo corpo feminino. Gostar de ver e de
colocar o pau dentro da mulher é muito primário, não é o verdadeiro gostar de
mulher! Gostar é achar lindo, querer beijar, querer lamber!
Assim as
mulheres em relação ao homem! Achar gatão o cara com abdômen tanquinho até a
minha avó com 89 anos acha! Mas e o real “gosto” pela “coisa” e gosto pelo
gosto da coisa?! Ah, meu amigo, isso é raro, infelizmente! Fala-se muito em
sexo e cada vez está mais fácil, mas sexo bom mesmo, isso requer mais gosto e
intimidade do que as pessoas estão se permitindo ter. Ou melhor, não ter.
Cláudia de
Marchi
Sorriso/MT, 03
de fevereiro de 2015.
caraca professora, sensacional seu texto, vou até te seguir :)
ResponderExcluir