Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Os excitantes “poréns” de uma nova relação.

Os excitantes “poréns” de uma nova relação.

A paixão é algo que, inicialmente, nos deixa um pouco inseguros. Algo tipo: ontem sua maior preocupação era você, hoje você tem alguém em quem pensar, alguém cuja existência domina sua mente, lhe entusiasma e deixa um gostoso frio na barriga.
Só que inicio de relacionamento tem tudo de instigante e excitante e bastante de inseguro. A pessoa vem com seu passado, sua trajetória e escolhas passadas e, seguidamente, com pessoas do passado que não deixam de se fazer presente. Ou não podem deixar, pelas circunstancias da vida. Enfim, o individuo é um “prato feito”.
Uma pessoa com a qual você se envolve não é algo “peneirado” como uma refeição formada num “selfie-service” de comida, na qual você escolhe o que colocar no prato. As pessoas por quem nos apaixonamos são “pratos feitos”. A pessoa vem com ex, com filhos, com uma historia vivida com outras pessoas, com outras escolhas.
Quando maior o prato, por mais saborosa que seja a comida, maior o frio na espinha na hora da entrega. E se a pessoa mudar de decisões? E se o passado bater à porta com força? E se o “certo” e “conhecido” parecer melhor opção ao incerto e, ainda, duvidoso? E se o que estiver com maior facilidade de acesso atrair?
Inicio de relacionamento tem emoções fervilhantes dentro da alma da gente! Uma vontade incrível de ter o outro perto, certo receio de decepção, afinal, a paixão bate com força, mas será que é suficiente para o outro querer manter-se com você e seguir um caminho?
São umas das inúmeras duvidas que a gente tem. Mas, e daí né?! A vida nos apresenta apenas um evento certo: a morte, o fim da linha. Tudo o que fizemos entre o nascimento e o nosso fim é prazeroso, instigante e, principalmente, necessário para crescermos e sermos felizes.
Nem tudo se desenrola como desejamos, dura o quanto desejamos, mas tudo ensina e, se vivido com transparência e coração aberto, faz bem, faz sorrir, faz feliz, nos faz mais sábios, mais maduros e interessantes. O que se pode fazer, então? Viver, se entregar e ser sincero. Consigo, com o outro, com a vida.
Se queremos, então queremos! Se amamos, então amamos! Se nos faz bem, então nos faz bem! Fodam-se nossos medos, nossos receios e tudo o mais que possa nos causar desconforto e que existe, precipuamente, na nossa alma, no mundo das nossas ideias e trauminhas, não no mundo real.
A vida requer destemor. Requer consciência do que se sente e do que se deseja, coragem para enfrentar o novo e ausência de “mimimi”. Atitudes: são elas que nos fazem felizes, assim no inicio de uma relação, como ao termino.
Se o coração bate forte, se existe reciprocidade, se existe desejo mútuo, então, bora viver né?! A insegurança do inicio de um relacionamento, com seu desenrolar, se dissipa, se esvai. Pessoas que, no curso de uma relação, permanecem temerosas não confiam no outro, menos ainda em si. São problemáticas, carecem de análise. Análise médica.
Com o passar dos anos impera certa rotina, até mesmo certo comodismo. Logo, essa coisa de ter certeza sobre o que se sente e receio do que virá a ocorrer pode ser muito bem aproveitada, pode ser um bom tempero inicial, instigante e excitante, portanto. Tudo são fases, vive bem quem as aproveita intensamente. Cada qual com sua graça. Um pouco de inteligência emocional e a desgraça nunca vem imperar.

Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 10 de fevereiro de 2015.


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