Os excitantes “poréns”
de uma nova relação.
A paixão é algo
que, inicialmente, nos deixa um pouco inseguros. Algo tipo: ontem sua maior preocupação
era você, hoje você tem alguém em quem pensar, alguém cuja existência domina
sua mente, lhe entusiasma e deixa um gostoso frio na barriga.
Só que inicio de
relacionamento tem tudo de instigante e excitante e bastante de inseguro. A pessoa
vem com seu passado, sua trajetória e escolhas passadas e, seguidamente, com
pessoas do passado que não deixam de se fazer presente. Ou não podem deixar,
pelas circunstancias da vida. Enfim, o individuo é um “prato feito”.
Uma pessoa com a
qual você se envolve não é algo “peneirado” como uma refeição formada num “selfie-service”
de comida, na qual você escolhe o que colocar no prato. As pessoas por quem nos
apaixonamos são “pratos feitos”. A pessoa vem com ex, com filhos, com uma
historia vivida com outras pessoas, com outras escolhas.
Quando maior o
prato, por mais saborosa que seja a comida, maior o frio na espinha na hora da
entrega. E se a pessoa mudar de decisões? E se o passado bater à porta com
força? E se o “certo” e “conhecido” parecer melhor opção ao incerto e, ainda,
duvidoso? E se o que estiver com maior facilidade de acesso atrair?
Inicio de
relacionamento tem emoções fervilhantes dentro da alma da gente! Uma vontade incrível
de ter o outro perto, certo receio de decepção, afinal, a paixão bate com
força, mas será que é suficiente para o outro querer manter-se com você e
seguir um caminho?
São umas das inúmeras
duvidas que a gente tem. Mas, e daí né?! A vida nos apresenta apenas um evento
certo: a morte, o fim da linha. Tudo o que fizemos entre o nascimento e o nosso
fim é prazeroso, instigante e, principalmente, necessário para crescermos e
sermos felizes.
Nem tudo se
desenrola como desejamos, dura o quanto desejamos, mas tudo ensina e, se vivido
com transparência e coração aberto, faz bem, faz sorrir, faz feliz, nos faz
mais sábios, mais maduros e interessantes. O que se pode fazer, então? Viver,
se entregar e ser sincero. Consigo, com o outro, com a vida.
Se queremos, então
queremos! Se amamos, então amamos! Se nos faz bem, então nos faz bem! Fodam-se
nossos medos, nossos receios e tudo o mais que possa nos causar desconforto e
que existe, precipuamente, na nossa alma, no mundo das nossas ideias e
trauminhas, não no mundo real.
A vida requer
destemor. Requer consciência do que se sente e do que se deseja, coragem para enfrentar
o novo e ausência de “mimimi”. Atitudes: são elas que nos fazem felizes, assim
no inicio de uma relação, como ao termino.
Se o coração bate
forte, se existe reciprocidade, se existe desejo mútuo, então, bora viver né?! A
insegurança do inicio de um relacionamento, com seu desenrolar, se dissipa, se
esvai. Pessoas que, no curso de uma relação, permanecem temerosas não confiam
no outro, menos ainda em si. São problemáticas, carecem de análise. Análise médica.
Com o passar dos
anos impera certa rotina, até mesmo certo comodismo. Logo, essa coisa de ter
certeza sobre o que se sente e receio do que virá a ocorrer pode ser muito bem
aproveitada, pode ser um bom tempero inicial, instigante e excitante, portanto.
Tudo são fases, vive bem quem as aproveita intensamente. Cada qual com sua
graça. Um pouco de inteligência emocional e a desgraça nunca vem imperar.
Cláudia de
Marchi
Sorriso/MT, 10
de fevereiro de 2015.
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