Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Falsos e aparentes bons anseios.

Falsos e aparentes bons anseios.

Quando os Raimundos regravaram a música “Vinte e Poucos anos” (a letra é do Fábio Jr., acredite!) eu nem tinha me encostado nos 20 ainda! E não abria mão de nada por meus planos. Abria mão, porém, de muitos “bons partidos” por eles.
Passou-se mais de uma década e eu continuo com a mesma visão! Quero “saber” bem mais que os meus 30 e poucos anos! Desfazer-se de planos, jamais né?!Nem com cento e poucos! Ainda que o plano seja jantar macarronada e não sopa (tenho uma dificuldade incrível em ser servil).
Mas eu gosto muito dos meus planos. Abrir mão não é legal, a gente tem que agregar e não se desfazer. Queria que mais meninas e mulheres pensassem assim! Pensassem realmente assim e não da boca pra fora, pra pagar de “moça séria”.
Ah, mas vivemos noutro tempo, onde vigora o feminismo? Para começar eu não sou feminista, me considero prática, objetiva, racional. Em dados momentos todos devemos pender para o feminismo ou para o machismo, igualdade plena é impossível, logo, se não tratarmos de forma diferente, em eventuais situações, os desiguais, não teremos justiça. Me considero antissexista, uma humanista.
Em segundo lugar, ser feminista até casar não é ser feminista né?! Ser feminista e esperar ligação de homem idiota, ser carente de afeto e ficar com qualquer um, querer casar com homem rico e escolher o sujeito que desfila com o melhor carro (escolher pelo veiculo, enfim) não é ser feminista. É ser sem vergonha. É usar uma palavra que representou a luta de mulheres oprimidas para bancar a “bacaninha”.
Lamento muito, mas, 10 anos após minha formatura, onde, 9 em 10 meninas se dedicavam e se preocupavam com um quase “desespero” com seu futuro e carreira, vejo uma série de jovens mais interessadas em festa, sexo e filho de pai rico (ou homem mais velho abonado, na ausência dos primeiros) do que em construir uma carreira séria e batalhada.
Afinal, construir carreira requer estudo, requer dedicação e suor, muito suor. Na visão dessas jovens ser sustentada por homem é legal, é divertido, dizer que o marido é “produtor rural” quase lhes causa um orgasmo. Salivar eu sei, elas salivam! Mas, e a dependência? E todo o desrespeito, pequeno ou grande, sempre será desrespeito, que, em longo prazo, a dependência financeira do marido causa? Isso não lhes causa repulsa, ojeriza e medo?
Desidratar pelo suor de batalhar por uma carreira, de estudar e ir atrás de seus planos ainda é muito mais digno do que desidratar por lágrimas de ter marido que paga suas contas, não raras vezes lhe trai, e, você, para manter a vida boa, tem que descer mais baixo ainda e suportar o que, para mim, é insuportável!
Na real, meu sonho é que essa meninada tenha mais planos e ambições próprias e menos planos românticos e de dependência, ou, se tiverem os primeiros, que não se esqueçam daquilo que se chama carreira, trabalho, profissão.
Amor acaba, casamento termina, alegria e paixão conjugal terminam, a sua dignidade não deve terminar, assim como a sua fome e o seu bom (ou mal) gosto, com certeza, não acabarão.

Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 03 de fevereiro de 2015.


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