Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

domingo, 22 de fevereiro de 2015

Transbordante.

Transbordante.

Nesse mundo de pessoas entediantes e mornas eu sou aquela que ri, que dança, que canta, que fala o que pensa e não se faz de coisa alguma. Aquela que chamam de louca, que não tem vergonha de nada, mas tem brio e vergonha na cara.
Eu prefiro ser objeto de assunto de gente infeliz e frustrada a ser a coitada que critica os outros para se sentir superior, menos ínfima, menos sem graça e infeliz. Critica, porque não ousa, não tem a alma liberta e o coração alegre, critica porque sua vida é um tédio, sem graça, sem luz e sem amor.
Deve ser muito chato ficar sentado falando dos outros enquanto eles se divertem. E eu me divirto muito! Eu sou a que pira ouvindo rock, a que dança, a que agita, a que ri, a que grita. Eu sou a que se lixa para a opinião alheia, a que não precisa ser bem julgada para ser bem amada.
Aliás, eu sou aquela que desperta amor de quem gosta do autentico, do espontâneo, do feliz, do transbordante. Eu não sou meramente uma pessoa profunda e “não rasa”, eu transbordo.
Transbordo emoções, transbordo alegria, transbordo paixão por tudo o que faço. Da comida ao trabalho, dos textos ao sexo, do beijo a briga. Não sei viver sem ser apaixonada, não tenho vergonha de ser intensa na dança, na mesa de bar, no quarto e no trabalho.
Sou sensível ao extremo, tenho dificuldades para dizer “não”, mas maneiro na estupidez. Apesar de sincera, faço o possível para não ferir com palavras quem eu amo. Prefiro o silencio, o abraço, uma risada amarela, um disfarce.
Falo o que penso e isso já costuma ser irritante. Sou feliz, alegre, engraçada e divertida e isso já ofende muita gente. Não posso me dar ao luxo de ser grossa, de ser mal educada. Gosto de elogiar, de enaltecer, de fazer bem a quem amo. A minha existência já é uma sarna na vida de alguns, sobretudo daqueles que cruzam os braços e dizem que eu sou “maluca”.
Louca sim, com orgulho. Louca sim, pela vida! Louca sim, por mim mesma! Louca sim, de paixão! Louca sim, de animada, de extasiada, de alegre. Pra que ser normal se o “normal” precisa chamar alguém de “louco” para justificar o seu jeito tedioso de viver? Não, obrigada. Com licença.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 22 de fevereiro de 2015. 

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