Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Sozinha sim, e daí?


Sozinha sim, e daí?

"Se você escolher muito vai acabar sozinha!". Comumente as pessoas que tem uma personalidade acomodada gostam de dizer isso. Eu ouço e penso: "Sim, e dai? Qual é o problema?".
Ser só não é algo que me faz temer, ser infeliz e resignada numa relação morna, sem graça, humor, alegria e prazer, sim. Ou, pior, ficar com uma pessoa que eu não admiro, que não me surpreende positivamente quando abre a boca para conversar ou quando fecha para me acarinhar, apertar e amar.
Prefiro viver sozinha, conhecer pessoas, ler, escrever, trabalhar, seguir minha adorável rotina e, quiçá, morrer só, porém feliz, alegre, humorada, sem depender de ninguém, sem ter alguém que não é o que quero e, sei, mereço!
Se for para ficar com alguém por carência, então me quedo só! Aliás, não sirvo para ser carente. Tenho asco de carência. A vida é muito mais do que dormir e acordar com alguém, a vida é dormir e acordar com animo, com bom humor, com vontade de viver, de sorrir, de espalhar amor pelo mundo!
Amor que a gente só espalha se sente! Por nós, não por alguém! Eu gosto de namorar, mas, só enquanto a relação me faz bem, se não faz, então pra que namorar? Eu, sinceramente, não enxergo razão na inércia dos acomodados. Compreendo, mas não me serve.
Para mim ou a coisa está quente ou está fria. E eu gosto do quente. Não sou mulher de pagar com minha alegria, liberdade e autenticidade o preço alto para "ter" uma companhia. Nunca fui e nunca serei.
Quando estava na “casa” dos “inte” eu lembrava-me da música “eu não abro mão, nem por você nem por ninguém eu me desfaço dos meus planos quero viver bem mais que os meus 20 e poucos anos”.
Agora eu estou na fase dos “viver bem mais” e, não apenas isso, viver feliz! Só abro mão da liberdade que tenho para trabalhar bastante, fazer o que desejo nas horas vagas (inclusive, nada), por alguém que venha a acrescentar, a me surpreender, a me fazer muito bem.
Alguém com quem eu possa conversar, viajar, beber, amar, perder o pudor, me divertir, chorar vendo filme. Alguém que compreenda minhas esquisitices e tenha as suas. Todas espontâneas e interessantes. Alguém que combine comigo, que me aceite e seja aceito. Se não, com licença, mas eu também posso me acomodar: sozinha, não acompanhada.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 03 de fevereiro de 2015.

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