Sobre a inveja:
foda-se!
Ouvi de uma
amiga outro dia que estar em evidência em redes sociais atrai inveja, que tem
gente que fuça meu facebook e outras redes sociais com a página alheia e etc..
Eu sei que existem pessoas com pouca autoestima, sei que minha espontaneidade,
senso de humor e sorriso agridem alguns, sei que meus relacionamentos intensos,
mas felizes (enquanto duram, ao menos não me conformo infeliz e engordando numa
relação onde o prazer está na geladeira e não na cama) e sei também que esse
post vai irritar as invejosas e fazer rir quem eu admiro. Porque me admira, não
inveja.
Eu nem tinha
rede social quanto jovem, era mais insegura, com olhar pueril e incomodava
algumas pessoas. Colegas de faculdade, conhecidas, colegas de academia, amigas
de amigas! Acho que minha alegria e espontaneidade sempre foram incomodas. Se a
palavra certa a ser usada é inveja, eu não sei com precisão. Mas desconforto,
costumeiramente eu causava. Desde que me conheço por gente.
Na verdade, se
eu não gostasse de incomodar eu nem escreveria! Não falaria o que penso tendo
como foco unicamente mostrar a quem pensa como eu que não estão sós no mundo! Este
é o meu objetivo, acabo ficando em evidencia para alguns, mas o que pensam ou
dizem a meu respeito não me fere.
Se minha
felicidade incomoda? Foda-se! Se minha sorte em relações sérias incomoda?
Foda-se! Eu não me incomodo por algumas amigas terem mais grana que eu, um
casamento melhor sucedido que o que tive ou um namoro longo e feliz!
Eu torço pelo
bem de quem gosto. O resto nem tomo conhecimento. Na verdade, "quem eu
gosto" são só os íntimos, quanto a meros conhecidos nem interesse na vida
eu tenho, menos ainda tempo para torcer a favor ou contra. Já tive amigas mais
inteligentes, mais ricas, melhor sucedidas, tão bonitas quanto, mas nenhuma
delas era eu! E eu gosto de mim, não me sinto incomodada perante quem “seja”
mais ou tenha mais. Esse é um dos poucos “defeitos” que não tenho, uma das
poucas vilezas que não me pertencem.
Até hoje não
tive um tumor cerebral (objeto primário do meu trabalho), não perdi a
motricidade das mãos (objetos secundários do meu trabalho), não fiquei
paralítica, não perdi as informações armazenadas no meu cérebro, não fui vítima
de um atentado a bomba passível de deformar meu rosto, não perdi meus dentes e
meu robusto traseiro não despencou, então, foda-se a tal da inveja! A minha
vibração é mais alta, nada ruim encosta nela.
Quanto a
relações findadas? Gente, uma coisa é a paixão, outra é verificar a idiotia do
parceiro, se frustrar e desapaixonar! Não foi a inveja alheia que tornou meus
parceiros decepcionantes, eles sempre foram, eu só vi convivendo! Sem essa de
inveja meu povo. Energia ruim só encosta-se a energia ruim.
Não foi a inveja
alheia que fez com que eu terminasse meus relacionamentos, nem fará, por mais
que minha alegria incomode. Fosse assim, a inveja tão “voraz”, a Jolie e o Brad
já teriam se separado. Quer casal mais lindo, mais rico, mais famoso? Arre, não
me venha com esse papinho goiaba que não cola pra mim.
Acho estranhas
essas pessoas que oram, que vão à igreja, que adoram dizer a frase “se Deus é
por mim, quem será contra mim?”. E frente a qualquer percalço atribuem a
desgraceira à inveja alheia. Ora, quem será contra você então?! Qualquer
pensamento tosco de gente infeliz e, via de consequência, invejosa? Então, ou
sua “fé” é hipócrita ou você não tem nenhum argumento plausível para o lógico:
coisas ruins acontecem, inclusive com pessoas boas.
Isso não se
chama praga, macumba ou inveja, se chama vida. Se você sorrir para os problemas
que lhe surgem, quiçá colha aprendizado e maturidade deles? Ademais, tudo se
supera. Se seus planos não derem certo, tenha um acesso de riso, gargalhe, faça
piada com a própria desgraceira e mude de planos. Você não é arvore para ficar
estagnado e sem pensar.
Enfim, eu posso
perder a beleza, a elegância, o bom gosto, os peitos, a bunda, o emprego, a
casa, a conta no banco (que aceita doações, inclusive!), mas o apreço por mim
eu não perco, logo, não há criatura invejosa no mundo que afete a alegria que
sinto por ser quem sou.
Por ter tido a
vida que tive, desde o excesso de amor na infância até os erros que me
conduziram a tornar-me uma pessoa melhor. Isso não tem preço, tem valor e,
mais, não tem abalo. Meu amor próprio não tem por base minha aparência, tem por
base coisas que ninguém irá me levar.
Cláudia de
Marchi
Sorriso/MT, 18
de fevereiro de 2015.
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