Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Sobre a inveja: foda-se!

Sobre a inveja: foda-se!

Ouvi de uma amiga outro dia que estar em evidência em redes sociais atrai inveja, que tem gente que fuça meu facebook e outras redes sociais com a página alheia e etc.. Eu sei que existem pessoas com pouca autoestima, sei que minha espontaneidade, senso de humor e sorriso agridem alguns, sei que meus relacionamentos intensos, mas felizes (enquanto duram, ao menos não me conformo infeliz e engordando numa relação onde o prazer está na geladeira e não na cama) e sei também que esse post vai irritar as invejosas e fazer rir quem eu admiro. Porque me admira, não inveja.
Eu nem tinha rede social quanto jovem, era mais insegura, com olhar pueril e incomodava algumas pessoas. Colegas de faculdade, conhecidas, colegas de academia, amigas de amigas! Acho que minha alegria e espontaneidade sempre foram incomodas. Se a palavra certa a ser usada é inveja, eu não sei com precisão. Mas desconforto, costumeiramente eu causava. Desde que me conheço por gente.
Na verdade, se eu não gostasse de incomodar eu nem escreveria! Não falaria o que penso tendo como foco unicamente mostrar a quem pensa como eu que não estão sós no mundo! Este é o meu objetivo, acabo ficando em evidencia para alguns, mas o que pensam ou dizem a meu respeito não me fere.
Se minha felicidade incomoda? Foda-se! Se minha sorte em relações sérias incomoda? Foda-se! Eu não me incomodo por algumas amigas terem mais grana que eu, um casamento melhor sucedido que o que tive ou um namoro longo e feliz!
Eu torço pelo bem de quem gosto. O resto nem tomo conhecimento. Na verdade, "quem eu gosto" são só os íntimos, quanto a meros conhecidos nem interesse na vida eu tenho, menos ainda tempo para torcer a favor ou contra. Já tive amigas mais inteligentes, mais ricas, melhor sucedidas, tão bonitas quanto, mas nenhuma delas era eu! E eu gosto de mim, não me sinto incomodada perante quem “seja” mais ou tenha mais. Esse é um dos poucos “defeitos” que não tenho, uma das poucas vilezas que não me pertencem.
Até hoje não tive um tumor cerebral (objeto primário do meu trabalho), não perdi a motricidade das mãos (objetos secundários do meu trabalho), não fiquei paralítica, não perdi as informações armazenadas no meu cérebro, não fui vítima de um atentado a bomba passível de deformar meu rosto, não perdi meus dentes e meu robusto traseiro não despencou, então, foda-se a tal da inveja! A minha vibração é mais alta, nada ruim encosta nela.
Quanto a relações findadas? Gente, uma coisa é a paixão, outra é verificar a idiotia do parceiro, se frustrar e desapaixonar! Não foi a inveja alheia que tornou meus parceiros decepcionantes, eles sempre foram, eu só vi convivendo! Sem essa de inveja meu povo. Energia ruim só encosta-se a energia ruim.
Não foi a inveja alheia que fez com que eu terminasse meus relacionamentos, nem fará, por mais que minha alegria incomode. Fosse assim, a inveja tão “voraz”, a Jolie e o Brad já teriam se separado. Quer casal mais lindo, mais rico, mais famoso? Arre, não me venha com esse papinho goiaba que não cola pra mim.
Acho estranhas essas pessoas que oram, que vão à igreja, que adoram dizer a frase “se Deus é por mim, quem será contra mim?”. E frente a qualquer percalço atribuem a desgraceira à inveja alheia. Ora, quem será contra você então?! Qualquer pensamento tosco de gente infeliz e, via de consequência, invejosa? Então, ou sua “fé” é hipócrita ou você não tem nenhum argumento plausível para o lógico: coisas ruins acontecem, inclusive com pessoas boas.
Isso não se chama praga, macumba ou inveja, se chama vida. Se você sorrir para os problemas que lhe surgem, quiçá colha aprendizado e maturidade deles? Ademais, tudo se supera. Se seus planos não derem certo, tenha um acesso de riso, gargalhe, faça piada com a própria desgraceira e mude de planos. Você não é arvore para ficar estagnado e sem pensar.
Enfim, eu posso perder a beleza, a elegância, o bom gosto, os peitos, a bunda, o emprego, a casa, a conta no banco (que aceita doações, inclusive!), mas o apreço por mim eu não perco, logo, não há criatura invejosa no mundo que afete a alegria que sinto por ser quem sou.
Por ter tido a vida que tive, desde o excesso de amor na infância até os erros que me conduziram a tornar-me uma pessoa melhor. Isso não tem preço, tem valor e, mais, não tem abalo. Meu amor próprio não tem por base minha aparência, tem por base coisas que ninguém irá me levar.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 18 de fevereiro de 2015.


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