Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Deixar.

Deixar.

Às vezes tudo que temos que fazer é deixar. Se a nossa opinião não é valorizada, solicitada ou ouvida, resta-nos calar, resta-nos deixar o outro fazer o que bem entende e seguir o caminho que, desde sempre, ele escolheu e foi só dele.  
Se a nossa ajuda não é bem vinda, se as sugestões que estão ao nosso alcance dar são ignoradas, se a forma que temos de auxiliar não é estimada, nada podemos fazer. De nada adianta insistir no que não quer se abrir. Bater numa porta fechada pode ser nobre, tentar invadi-la à força é tolice. Deixe que a ventania da vida abra as portas e as janelas daquele que quer ficar “trancado”.  
As pessoas, em sua maioria, quando são orgulhosas, querem concordância, elas não querem ouvir outras ideias. Elas ignoram outros pontos de vista. Eis aí a palavra “ignorância”! Frise-se que nada pode ser mais duro de romper do que a ignorância alheia.
Como fazer uma pessoa conhecer o que ela não quer? Compreender o que ela desconhece? Se importar com o que ela não compreende? Na verdade o ser humano só muda quando ele quer, ele só aprende quando ele quer e, ainda assim, se for duro, não vai aprender.
Existem pessoas de alma dura, existem pessoas que ignoram o amor que sentimos e o bem que lhe queremos, existem pessoas que não admitem que precisam de nosso auxilio, de nossos conselhos e, por não admitir, não resta-nos afirmar para nós mesmos que elas “não” precisam. É preciso viver e deixa-las viver.
Se elas não reconhecem que nossas ideias podem lhes ser uteis, se elas fazem pouco caso de nossa boa vontade, empenho e preocupação, então deixe-as sozinhas, não convém deprimir-se, perder o sono, se debater, sofrer e querer auxiliar quem dispensa nosso auxilio. Ao menos o que podemos dar, não o que elas, talvez, queiram.
Tem quem aprenda pelo amor, aprenda pelas palavras, aprenda dando um voto de confiança a quem lhe ama. Tem quem só aprenda com a dor. E, lamentavelmente, tem quem não aprende nunca. Mas jura que sempre “soube”.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 20 de fevereiro de 2015. 

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