Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

sábado, 14 de fevereiro de 2015

O perigo da autoconfiança.

O perigo da autoconfiança.

Autoconfiança demasiada é um veneno! A pessoa acha que tem a outra nas mãos, a pessoa, na real, se acha linda, gostosa, especial, capaz de despertar a sexualidade até de uma fechadura de porta que, por fim, esquece-se de cuidar do outro, de manter a conquista que tanto lhe orgulha. Enfim, falsos pensamentos, ledo engano!
Enfim, a criatura esquece-se de manter acessa a chama que fez os olhos do outro brilharem, que fez ele se entregar na cama e fora dela. Enfim, a criatura confia tanto em si mesma que acaba perdendo a afeição do parceiro por tal motivo. Até que seria cômico, não fosse trágico!
Quem se acha demasiado irresistível e bom, acaba por ser largado ou traído. Pessoa alguma, homem algum, tolera uma mulher que sente mais prazer ao se vestir frente a um espelho e a se olhar num, do que em atrair a atenção da parceira.
Amar a si mesmo é e sempre será o melhor e maior passo rumo a um relacionamento saudável e imerso em amor, todavia, ninguém mantem aceso o fogo do encanto e da paixão por quem acha que conquistou e pode se quedar inerte, por quem acha que ter o outro ao lado é algo imutável e impassível de modificação.
Sei lá, quem se acha tão irresistível que mesmo sem ser afetuoso, carinhoso e amoroso terá sempre a companhia do parceiro ao seu lado. Tipo, a pessoa se acha o gás da coca cola, a farofa da cuca, o queijo da pizza, de modo que, sem ele, o outro não bebe, não come e não degusta mais nada.
Esquece-se, porém que o outro é dotado do tal do apreço de si mesmo. Ninguém no mundo sabe melhor que ele o que de bom merece. Logo, autoconfiança sem bom senso, afeto e amor nada significa. Pelo contrário, é um grande passo rumo à bancarrota amorosa.
Porque o brocardo "a césar o que é de césar" diz muito! Porque o sentido da palavra justiça se resume em "dar a cada um o que é seu". Por direito ou merecimento! Não se doe demais, não se entregue demais, não se apaixone demais, não faça nada em desproporção ao que recebe do outro! Agir de forma diversa é suicídio afetivo. Quem pouco lhe dá, pouco merece! Na atenção, no afeto, no respeito e no amor. Hoje e sempre!

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 15 de fevereiro de 2015.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.