O perigo da
autoconfiança.
Autoconfiança
demasiada é um veneno! A pessoa acha que tem a outra nas mãos, a pessoa, na
real, se acha linda, gostosa, especial, capaz de despertar a sexualidade até de
uma fechadura de porta que, por fim, esquece-se de cuidar do outro, de manter a
conquista que tanto lhe orgulha. Enfim, falsos pensamentos, ledo engano!
Enfim, a
criatura esquece-se de manter acessa a chama que fez os olhos do outro brilharem,
que fez ele se entregar na cama e fora dela. Enfim, a criatura confia tanto em
si mesma que acaba perdendo a afeição do parceiro por tal motivo. Até que seria
cômico, não fosse trágico!
Quem se acha
demasiado irresistível e bom, acaba por ser largado ou traído. Pessoa alguma,
homem algum, tolera uma mulher que sente mais prazer ao se vestir frente a um
espelho e a se olhar num, do que em atrair a atenção da parceira.
Amar a si mesmo
é e sempre será o melhor e maior passo rumo a um relacionamento saudável e
imerso em amor, todavia, ninguém mantem aceso o fogo do encanto e da paixão por
quem acha que conquistou e pode se quedar inerte, por quem acha que ter o outro
ao lado é algo imutável e impassível de modificação.
Sei lá, quem se
acha tão irresistível que mesmo sem ser afetuoso, carinhoso e amoroso terá
sempre a companhia do parceiro ao seu lado. Tipo, a pessoa se acha o gás da
coca cola, a farofa da cuca, o queijo da pizza, de modo que, sem ele, o outro
não bebe, não come e não degusta mais nada.
Esquece-se,
porém que o outro é dotado do tal do apreço de si mesmo. Ninguém no mundo sabe
melhor que ele o que de bom merece. Logo, autoconfiança sem bom senso, afeto e
amor nada significa. Pelo contrário, é um grande passo rumo à bancarrota
amorosa.
Porque o
brocardo "a césar o que é de césar" diz muito! Porque o sentido da
palavra justiça se resume em "dar a cada um o que é seu". Por direito
ou merecimento! Não se doe demais, não se entregue demais, não se apaixone
demais, não faça nada em desproporção ao que recebe do outro! Agir de forma
diversa é suicídio afetivo. Quem pouco lhe dá, pouco merece! Na atenção, no
afeto, no respeito e no amor. Hoje e sempre!
Cláudia de
Marchi
Sorriso/MT, 15
de fevereiro de 2015.
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