Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

O que seduz?

O que seduz?

Eu li a seguinte e justa frase: “Nunca subestime o poder de sedução de um vocabulário decente”. E imediatamente acrescentei: nem o da cultura, nem o do bom gosto, nem o da poesia, nem o do bom senso e do cavalheirismo saudavelmente romântico!
Existem coisas mais atraentes que dinheiro, fama, poder e camionete cara, (para quem reside em minha cidade adotiva e não sabe disso), afinal, ao que vejo, boa parte das mulheres não é seduzida por vocabulário decente, porque não tem um. E nem cultura, e nem bom gosto, não conhece poesia e nem bom senso! E acha que cavalheiro é o cara que lhe paga bebidas para embriagar e ir ao motel mais próximo.
Benzadeus! Nem todo mundo é igual nem aqui na Los Angeles da soja, nem em lugar algum do mundo! Tem quem se emocione com dinheiro, tem quem caia de amores por um corpo bem formado e tem quem goste do algo mais. Algo muito mais importante, diga-se!
Olhar para o belo, todo mundo olha. Acontece que existem pessoas que se contentam com ele, mesmo que não haja nada mais a ser oferecido. Nenhum assunto, nada a ser admirado, apenas um bom e belo pedaço de carne. Oca como uma picanha mal passada numa sexta-feira à noite que se engole com uma cerveja bem gelada.
Ocorre que existem pessoas que são seduzidas por olhares e não pela cor dos olhos, por palavras e não apenas pelo sorriso, pela atitude e não pela aparência, pelo intelecto e não pela conta bancária, pela postura e não pela imponência da extensão peniana, digo, do veiculo.
Um vocabulário decente, certa cordialidade, olhos nos olhos e sinceridade, conhecimento de bons autores e de alguns poetas, bom gosto na escolha da comida, da bebida e da companheira, tudo isso pode ser mais sedutor do que o mais belo corpo ou a mais farta das contas bancárias. Para mim, a sedução vai muito mais além do obvio e da matéria. Seduz-me aquilo que o dinheiro não compra, que só se adquire com bom gosto, classe e inteligência.  

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 09 de fevereiro de 2015.

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