O que destrói as
relações.
Ou você gosta do
outro e de seu jeito ou não comece uma relação. Se você se apaixona por alguém
deve ser pelo que a pessoa é e não pelo que gostaria que ela fosse, do
contrário, a relação termina.
Ninguém muda e
nem deve mudar por alguém. Menos ainda se esse alguém diz que a
"ama". Quem ama admira, não tenta mudar ou moldar o outro a seu ideal
de perfeição.
A gente não ama
o perfeito, nós somos imperfeitos. A gente se encanta pela autenticidade, por
algumas saudáveis diferenças e outras tantas necessárias afinidades, gostos,
anseios, pensamentos, desejos, atração.
Não acredito em
amor que queira mudar, não acredito em amor que queira aprisionar, não acredito
em amor que queira fazer do outro um ser humano diferente, outra pessoa, outro
ser humano.
Não acredito em
amor que queira ver no outro uma cópia de si mesmo. Isso é egocentrismo,
egoísmo, imaturidade. Isso é não saber amar, é não saber se doar, é não saber
se relacionar.
Esse povo que
começa um relacionamento com o anseio de mudar o outro, além de egocêntrico, é
muito carente, afinal, se você não se sente contente com a personalidade do seu
parceiro, está com ele por quê? Para ter alguém para chamar de “seu”?
Não é mais
prático ficar só e esperar alguém que se adeque aos seus desejos? Ou, ao menos,
ter a decência e a dignidade de manter-se só por não ter encontrado no mundo
uma copia fidedigna de si mesmo? Acho mais justo, mais maduro, mais leal.
Se você se acha
perfeito a ponto de querer alguém como você, não se relacione. Se ame, fique
só, se masturbe, compre um cão, coloque um espelho no teto e ao lado da cama,
se enxergue, se beije, se enalteça. Ninguém deve mudar por você, mais ainda se você
quer mudar essa pessoa. Você que não é honesto nem consigo mesmo.
Cláudia de
Marchi
Sorriso/MT, 10
de fevereiro de 2015.
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