Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

Sobre a valorização das exceções.

Sobre a valorização das exceções.

"Não gostar de mim é um direito seu, agora fingir que gosta já é falta de caráter”. Frase atribuída a Amy Winehouse, mas não tenho a mínima certeza. Mas concordo com o conteúdo da mesma. E digo mais: entre os que não gostam e agem como tal e os que fingem que gostam os segundos são a maioria!
Certa vez eu li, naquele livro do século passado que foi "modinha", "O segredo", que um pensamento positivo forte tem mais força do que constantes pensamentos negativos e amedrontadores.
Pois na vida e com as pessoas eu acho que isso procede: em que pese eu conheça uma maioria problemática, infeliz e invejosa, existem pessoas bem resolvidas, de alma linda, pessoas sinceras e educadas, pessoas dotadas de finesse moral e ética, e são essas pessoas que justificam o convívio humano, que justificam nossa insistência em gostar e confiar no "semelhante".
São tais pessoas que dão graça a nossa existência e fazem a gente relevar a confiança dada a quem não merecia. É a vida, meu amigo! Acho ilusão crer que o bem e os bons são maioria, mas acho azedume e tolice dar demasiado valor ao mal e aos ruins.
O que justifica o bom humor e a leveza de espírito? Ignorar o ruim, abraçar o bom. Mesmo que você ignore 20 e abrace um. Seus braços não são corrimão de repartição pública para terem contato com qualquer um mesmo!
Bora ser feliz com quem nos estima e virar as costas para os outros, para deixar-lhes a vontade despejando seu fel criticando quem está na sua frente. Ao menos emocional, psíquica e moralmente, afinal nas contas, quem precisa usar seu tempo denegrindo o outro e criticando-o além de infeliz, sem graça e vil, não é digno de ser chamado de decente. De “gente”, menos ainda!
Sinceramente, eu acho que se você não consegue estimar a minoria, se agradar com as exceções às regras e celebrar os “poucos e bons” que a vida lhe apresenta, você é incapaz de ser feliz, incapaz de sorrir e de ter fé na humanidade.
O bem, meu caro, desde sempre é algo que não pertence a todos, primeiramente, porque nem todos conseguem ser felizes, nem todos se conhecem, nem todos se gostam e, consequentemente, o homem infeliz e frustrado se torna uma “perfeita” máquina infame de “projeção”.
Projeta no outro a sua vileza. Logo, desconfia demais, conquista a confiança, desconfiando e criticando o outro, acha que o invejoso, o problemático e o arrogante são os outros, quando, na verdade, está arremessando na moral alheia às pedras que são suas. Que estão em si.
Impossível, pois, crer que a maioria é legal, confiável e amável. Impossível crer que todos querem a sua felicidade, num mundo em que raros são os felizes, raros são os homens contentes consigo mesmos. Mas, e daí?! Que nossa vida nos apresente exceções, que nos apresente a minoria e que saibamos celebra-la, dando a raridade mais valor do que ao comum e ruim. Acredite, disso depende a nossa alegria de viver!

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 20 de fevereiro de 2015. 

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