Sobre a
valorização das exceções.
"Não gostar
de mim é um direito seu, agora fingir que gosta já é falta de caráter”. Frase atribuída
a Amy Winehouse, mas não tenho a mínima certeza. Mas concordo com o conteúdo da
mesma. E digo mais: entre os que não gostam e agem como tal e os que fingem que
gostam os segundos são a maioria!
Certa vez eu li,
naquele livro do século passado que foi "modinha", "O
segredo", que um pensamento positivo forte tem mais força do que
constantes pensamentos negativos e amedrontadores.
Pois na vida e
com as pessoas eu acho que isso procede: em que pese eu conheça uma maioria
problemática, infeliz e invejosa, existem pessoas bem resolvidas, de alma
linda, pessoas sinceras e educadas, pessoas dotadas de finesse moral e ética, e
são essas pessoas que justificam o convívio humano, que justificam nossa
insistência em gostar e confiar no "semelhante".
São tais pessoas
que dão graça a nossa existência e fazem a gente relevar a confiança dada a
quem não merecia. É a vida, meu amigo! Acho ilusão crer que o bem e os bons são
maioria, mas acho azedume e tolice dar demasiado valor ao mal e aos ruins.
O que justifica
o bom humor e a leveza de espírito? Ignorar o ruim, abraçar o bom. Mesmo que
você ignore 20 e abrace um. Seus braços não são corrimão de repartição pública
para terem contato com qualquer um mesmo!
Bora ser feliz
com quem nos estima e virar as costas para os outros, para deixar-lhes a
vontade despejando seu fel criticando quem está na sua frente. Ao menos emocional,
psíquica e moralmente, afinal nas contas, quem precisa usar seu tempo
denegrindo o outro e criticando-o além de infeliz, sem graça e vil, não é digno
de ser chamado de decente. De “gente”, menos ainda!
Sinceramente, eu
acho que se você não consegue estimar a minoria, se agradar com as exceções às
regras e celebrar os “poucos e bons” que a vida lhe apresenta, você é incapaz
de ser feliz, incapaz de sorrir e de ter fé na humanidade.
O bem, meu caro,
desde sempre é algo que não pertence a todos, primeiramente, porque nem todos
conseguem ser felizes, nem todos se conhecem, nem todos se gostam e,
consequentemente, o homem infeliz e frustrado se torna uma “perfeita” máquina
infame de “projeção”.
Projeta no outro
a sua vileza. Logo, desconfia demais, conquista a confiança, desconfiando e
criticando o outro, acha que o invejoso, o problemático e o arrogante são os
outros, quando, na verdade, está arremessando na moral alheia às pedras que são
suas. Que estão em si.
Impossível,
pois, crer que a maioria é legal, confiável e amável. Impossível crer que todos
querem a sua felicidade, num mundo em que raros são os felizes, raros são os
homens contentes consigo mesmos. Mas, e daí?! Que nossa vida nos apresente
exceções, que nos apresente a minoria e que saibamos celebra-la, dando a
raridade mais valor do que ao comum e ruim. Acredite, disso depende a nossa
alegria de viver!
Cláudia de
Marchi
Sorriso/MT, 20
de fevereiro de 2015.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.