Anti-modernidade.
Pois é, tempos
modernos né?! Saudade do inicio desse século, do final do século passado, em
que as pessoas saiam e deixavam os celulares na bolsa, em que as pessoas
conversavam, em que o foco de sua atenção estava tangível, acessível aos olhos,
a um abraço, a um toque e, quiçá, a um beijo!
Poucas coisas me
irritam mais do que estar numa situação intima com alguém, desde uma conversa despretensiosa,
até uma refeição e a criatura ficar respondendo mensagem e whats via celular.
Se eu faço isso?! Faço, quando fazem comigo!
É instinto:
pegou no celular, pego também! Para mostrar que dou a quem está próximo ou
longe a mesma atenção que o outro dá. Sei lá, né!? Democracia, eu aprovo! Mas não
curto nada disso não.
Curto momentos
bem vividos, encarados tête-à-tête, sem essa de wi fi e conversa a distancia que nos
afasta de quem está próximo. Não curto, não aprovo, mas me vingo! Muito insano
esse ato. Muito eu “apelar”.
Enfim, eu não me
resigno, não sou Cristo para oferecer a outra face! Bato com a mesma força. E pronto.
O céu não está me esperando tão cedo, ah, com certeza não! Se a pessoa está
demonstrando perto de mim uma incrível vontade de conversar com quem não está
ali, entre nós, ótimo, faço o mesmo.
Convenhamos que
do jeito que o mundo está, sempre temos alguém requerendo atenção, e-mail,
contando piadas, mandando vídeos, mandando musica. Se quem está comigo olha e
acessa, quem sou eu para ficar ao redor do individuo, requerendo olhares e atenção?!
Sou prática e,
confesso, por mim, em momento algum do dia, dividiríamos nossa atenção com uma
pessoa que está presente e com outra que nos chama em algum programa de
celular. A menos, claro, por motivos profissionais, frise-se bem a exceção! No mais,
responderíamos aos amigos virtuais, mas não na presença de outras pessoas que
contam com nosso prezar.
Eu, simplesmente,
olharia e deixaria para depois, mas não vejo as pessoas fazerem isso. Os seres
humanos atualmente andam dando mais risada olhando para a tela de seus
aparelhos telefônicos do que contando “causos” engraçados ou ouvindo os alheios.
Francamente, isso nada me interessa, só não sou um E.T: ajo como as pessoas
agem. Se estou errada?! Sei lá, mas faço o mesmo. Não sou mendiga de atenção alheia.
Cláudia de
Marchi
Sorriso/MT, 15
de fevereiro de 2015.
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