Variáveis.
Nós não somos pessoas corretas. Também não somos
pessoas erradas. Não somos “do bem”, nem “do mal”. A verdade é que a gente age
errado às vezes, age certo outras tantas, age bem e também pode agir mal. Não existe
essa coisa maniqueísta de extremos.
Não somos “estanques” e nem definidos por uma ou
outra palavra. A gente varia, nós somos variantes e não estanques. Nem bons,
nem ruins. Às vezes excelentes, outras vezes péssimos.
Nossas atitudes dependem de nosso momento, dos
nossos motivos e do nosso ânimo. E é aí que está o encanto do ser humano. Não somos
santas, não somos putas. Somos boas quando queremos e devassas quando nos
convém. Somos donas do nosso corpo, da nossa alma e das nossas vontades,
independente da vontade e da critica alheia.
A gente amadurece de verdade quando desencana,
quando não fica se cobrando atitudes perfeitas, quando compreende nossos erros,
quando, apesar de termos consciência de nossos acertos e equívocos, conseguimos
ser indulgentes conosco mesmos e seguir adiante com o propósito de não cometer
mais o mesmo erro.
Proposito, não promessa. Porque a vida nos ensina
que não existe o “nunca mais”, existe um mero “não quero mais” fazer isso,
ficar assim, uma pessoa, uma situação. “Até quando” é algo que não podemos prometer
sob pena de nos atribuirmos um ônus demasiado e injusto.
A vida nos ensina que é bom ser leve, é bom e
necessário sorrir dos acasos, das desgraças, superar o que é ruim, incluindo
nossos erros, para focar no bom, para focarmos nos acertos e, assim, sermos
melhores e acertarmos mais no futuro, sem falsas expectativas, sem promessas
vis.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 22 de fevereiro de 2015.
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