Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

terça-feira, 31 de março de 2015

Aff!

Aff!

Três letras e um sentimento: “Aff” quando você fala da ausência de princípios da maioria e a exceção que presta se ofende porque é "diferente". Ao invés de dar risada e agradecer aos pais por ser decente a pessoa se sente dodói, se sai mal com você porque acha que se generaliza quando se fala da regra.
Recém meu tio estava falando que mulheres após a separação tentam se vingar do homem no patrimônio, usam os filhos. Será que meu QI é muito alto? Sei lá, eu entendi que ele falava da maioria das mulheres, pelas experiências dele! Na concepção de mundo dele!
Eu não me ofendi, até concordei, afinal, sou advogada há mais de 10 anos e nem ousaria discordar que inúmeras senhoras agem assim, sim! Acaba o tal do “meu bem” e correm atrás dos “meus bens”! Mas nem todo mundo tem essa minha inteligência brilhante!
Só que não! Isso não é atributo de inteligência, é mansuetude de espirito, racionalidade. É compreender que, quando as pessoas falam, elas falam do que elas têm como geral. Ninguém está nem ligando se você é exceção! E se você for? Good for you! O mundo precisa de mais pessoas como você!
Mas daí a ser grosso, a se ofender, a sair com aquele: “Você está falando do que você vivenciou ou conhece.” Ah, para!? Sério que quando eu falo, eu me refiro ao que vivi, vejo e afiro do mundo? Não diga?! Não sabia disso. Obrigada, tudo começa a fazer mais sentido agora para mim!
Arre, filha, com a minha idade se eu for falar de cada regra e sua respectiva exceção eu escrevo um livro maior que a bíblia! Se eu falo de algo é com base no que vi da maioria. Só isso. Estou me lixando se você, seu pai, sua mãe e sua família é exceção.
Fico é feliz por conhecer exceções, mas acho de ultimo nível você se ofender quando as pessoas se referem àqueles que são diferentes de você e são a regra na visão deles. Enfim, bom senso, empatia, educação e inteligência em diálogos: é preciso!
Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 31 de março de 2015.

“Dezprazerados”

“Dezprazerados”

O moralista não é apenas um chato hipócrita. Aquele que precisa se adequar as regras, as "normas sociais tácitas" de convívio. O moralista é a visão viva do recalque, da inveja, do impulso de prazer reprimido!
O moralista é dono de uma pobre alma imersa em covardia, em vontades reprimidas. Vontade de falar alto, vontade de transar, vontade de ir ao boteco, vontade de ler um conto erótico e pular o sermão do padre, vontade de fazer sexo sacana e mandar a rotina certinha do "duas vezes" na semana se lascar.
Vontade de não dizer o que os outros querem ouvir, vontade de calar e rir sozinho, vontade de gargalhar escondido, vontade de usar short curto, decote, vontade de colocar biquíni fio dental e sair andando livremente numa praia lotada, vontade de pular, de dançar, de pagar de louco, de ser louco e realizado, vontade de mandar os 7 pecados para o inferno e se deliciar nas suas "condutas" agradáveis, vontades que pululam sua mente, mas que ele castra.
Esconde de si mesmo e se torna esse ser paladino da moral e dos bons costumes que é invejoso da alegria que poderia ter, mas teme. O moralista crê no eterno, no casamento eterno, na paz eterna, em tudo como disseram os antigos. O moralista é meio retrógado, meio conservador, meio antiquado, meio covarde.
Pessoas livres sabem que importa a qualidade e não a quantidade de suas vidas, experiências, amores e momentos. A eternidade está no que afeta a alma, no que se guarda no coração, no que ninguém vê. Está no que é tangível ao fechar os olhos, só por nós.
Quem vive intensamente tem incontáveis momentos eternos! Quem vive intensamente tem a alma eternamente jovem e o moralista é um velho rabugento desde o nascimento. Rabugento e irresignado frente os prazeres pelos outros vividos.
Afinal, a bíblia disse isso, o autor tal disse aquilo, sua mãe disse aquele outro, seu pai complementou e a sociedade é o antro da hipocrisia formada por seres tão infelizes e desanimados que só se sentem vivos julgando a conduta dos outros.
Dos outros felizes, independentes da opinião alheia e bem resolvidos que cagam e andam para rótulos sociais moralistas, ainda que, seguidamente, imorais. Imorais porque falaciosos, imorais porque incondizentes com vontades, imorais porque da boca para fora e não da alma para dentro.

Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 31 de março de 2015.


A inutilidade do medo.

 A inutilidade do medo.

Que não tenhamos medo! Este é o sentimento aparentemente inocente mais pernicioso que temos: não resolve nada, nos torna energeticamente frágeis e não faz com que o seu objeto de temor não ocorra.
Ter medo da morte não lhe faz eterno, só lhe faz sofrer e ter pensamentos ruins. Ter medo de engordar não lhe deixará magro, ter medo de envelhecer não lhe fará eternamente jovem, ter medo de errar não lhe fará infalível.
Ter medo de perder o prezar ou a companhia de alguém não irá colar o outro em você ou fazê-lo eterno, o medo do crime e da violência não lhe deixará imune as suas mazelas. O mesmo sobre qualquer outra espécie de temor.
O seu medo não serve para nada, unicamente para causar-lhe desconforto, insegurança, sentimentos ruins, agonia, nervosismo. Ter medo de ser mal sucedido em algo não lhe dará o êxito, só o fará sofrer!
Queira o bem, se esforce para obter o bem e caminhe em direção a ele. Temer, recear, sofrer por antecipação não servirá para absolutamente nada. A maioria das pessoas medrosas que conheço sofreu sempre em dobro: pelo medo que lhes atormentava e pelo fato ruim que lhes ocorria, num exemplo clássico da tal da lei da atração!
O ciúme, por exemplo, é uma espécie de medo! Medo de rejeição, medo da traição. Frise-se que este e todos os demais medos são filhos únicos da insegurança. Enfim, ser ciumento, perseguir o outro, conjeturar mil formas de ser deixado em segundo plano nunca impediu nenhuma separação, nenhum termino! Aliás, o ciúme nunca tornou ninguém imune a chifres, pelo contrário, não raras vezes o ciumento é tão chato que acaba dando “ideias” ao outro.
Não raras vezes você "realiza" o que mais teme de tanta energia mental direcionada ao medo. Você o alimenta! Sou uma alma destemida! Benzadeus! Ah, e as aranhas? Uma fobia minha. Não penso nelas, só fujo. Não é medo, é pavor irracional.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 31 de março de 2015.

segunda-feira, 30 de março de 2015

A minha ditadura facebookeana.

A minha ditadura facebookeana.

Sobre a minha página no facebook, sobre as minhas opiniões nela expressas, sobre gente intrometida e suas opiniões: não escrevo para criar debates. Escrevo o que penso, quem concorda e acrescenta algo, ótimo, quem discorda e se expressa, saiba que não será bem vindo.
Não gosta do que e como penso? Exclua-me, filho! Você não é obrigado a ser meu amigo nas redes sociais se o que digo lhe avilta. Mas eu também não sou obrigada a impor democracia numa coisa minha!
Eu não estou abrindo fórum de discussão, eu estou postando meus pensamentos, na pagina que, ora, ora veja só: Tem meu nome! Tem a minha foto no perfil! Tem meu emprego! Minha cidade! Nomeia o meu namorado! Gente, a página é minha!
Eu não me chamo República Federativa do Brasil ou Constituição Federal para ser chamada de democrática! A página é minha e os textos nela são meus. Não escrevo para persuadir ou dissuadir pessoa alguma, escrevo porque amo e para quem pensa como eu não se sentir só. Não aceito opinião contrária de ser humano prepotente. Opinião educada, concordância sim, puxão de orelha não! Nem meu pai fez, não vai ser desconhecido íntimo egocêntrico que fará!
Eu sou uma pessoa que pensa e que está se lixando para quem pensa diferente. Sim, estou! A menos que você saiba se posicionar educadamente e com muita classe na forma de se expressar, eu não aceitarei sua manifestação.
Agora, não aceito gente que se impõe nos meus diálogos ousando me “denominar” disso e daquilo. Cara, isso é doença, não pode ser normal. O problema é que o mundo está cheio de gente cuja empatia e educação é tão escassa que parece ser mentalmente enferma. Mas não é! É só sem noção mesmo.
E gente sem noção pode até se achar tão inteligente e bom que vai comentar postagens alheias como se o que tivesse a “acrescentar” fosse “imperdível”, mas não é por isso que permanecerá numa coisa que é minha, onde falo o que quero e bloqueio quem me irrita. Simples!
Enquanto as pessoas não aprenderem a se calar e a não intervir onde sua opinião não é solicitada, existirão embates virtuais. Sei lá, não custa nada ir foder, coçar o saco, tocar uma punheta, comer chocolate ao invés de se meter onde não é solicitado né!? Sei lá, eu acho digno.
Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 30 de março de 2015.

domingo, 29 de março de 2015

Boas de cama.

Boas de cama.

Compartilhei no facebook uma reportagem que dá “7 dicas para saber se a mulher é boa de cama”. Junto com ela dei uma “novidade antiga”: não existe homem bom de cama filha, existe mulher boa de cama! Se a mulher for uma múmia, nem o “pica” das galáxias vai satisfazer. Se ela for boa, até um razoável satisfaz. Ou não, mas daí ela manda pastar.
Enfim, ser possível de ter orgasmo até com o cara “meia boca” de preliminares não significa que a mulher boa de cama não saiba diferenciar o medíocre do excelente, menos ainda que, mesmo satisfeita, ela não vá “pular” o sujeito razoavelzinho. Isso só significa que, na horizontal, quem domina os lençóis é a mulher. E, pelo visto, fora deles também. Frise que faço exceção aos homens com disfunção eréctil e problemas afins que prefiro nunca conhecer. Nem ficar sabendo!
A mulher tem no cérebro e entre as pernas aquilo que domina a sua felicidade sexual, afetiva e emocional, que frise-se não pode e nem deve depender só do homem. O cara é ruim? Não capricha nas preliminares? Salta fora!
Tipo, uma transa de “erro” passa, se a moça insiste a inapta é ela! O sexo e o prazer começam na mente. O problema é que tem muita mulher que não se conhece fisicamente e sai reclamando do homem! Se ela se conhece dá dicas, ensina, tem uma relação proveitosa ou deixa claro que o cara não lhe satisfez e manda se lascar, porque ser professora na cama deve ser o fim da picada! Literalmente.
Por outro lado, se a mulher é fria, homem quente não ajuda coisa nenhuma. Não tem língua que resolva. Se a mulher é quente, ela se anima sem muita coisa, não que ela não queira e saiba o que merece. Só que daí ela aproveita o pouco que existe de aproveitável e dispensa para encontrar quem dê a ela o valor sexual e afetivo que ela tem certeza que merece.
Uma mulher quente faz o cara normal render mais sexualmente, ter mais tesão, se inspirar, pensar ainda mais em sexo, ter mais desejo, mais vontade. Um homem se torna ainda melhor de pegada quando a mulher deixa claro que gosta da “coisa”, que deseja o corpo dele, que sente sede dele.
Agora, e o cara dedicado, fã de sexo e que pega aquela lady que tem vergonha até de chupar picolé em publico? Desanima filha! Sujeito vai desistir, porque esse tipo de mulher não gosta de fazer sexo oral e tem vergonha de receber, sei lá, nojinho, sabe?!
Sim, e se o nojentinho fraco é o homem e a mulher é a fogosa? Não vinga! Não se além de boa de cama a mulher for inteligente. Ela não vai insistir, mas homem já insiste na mulher fria, porque é mais machista e falocêntrico, de forma que pensa: “Ah, mas eu vou ensinar, ela vai mudar, afinal ela tem um par de peitos tão grande!”
Só que se a moça é do estilo que se satisfaz com uma por dia ou a cada dois dias ela não vai mudar, pode, talvez, fingir uns gemidos pra não ficar feio. E só! (Ego, sempre o inimigo numero 1 dos homens). Mulheres boas de cama nem pensam em insistir, ensinar ou “mudar” o cara sem pegada: experimenta e joga fora. Simples!
Mulheres machistas têm algumas pérolas, tipo: "Acho que ele não me ama, pois não me procura mais"? Cara, isso é o fim do mundo! Tipo, se esconde então! Porque é uma frase tão idiota que parece que está reclamando do desempenho do cara na brincadeira de "esconde, esconde"!
Aja filha, se você gosta de sexo, quer sexo, deixe nítidas as suas vontades e procure você! Se o cara não se habilitar ele é ruim ou não gosta mais de você, ou seja, separe, arranje outro! Tem mulher especialista em apojar em vaca morta, como diz minha mamãe! Enfim, a moral da reportagem é que homens inteligentes, antes de deixar o sangue irrigar as partes intimas usam o cérebro com dignidade para escolher a parceira e, depois de escolhida, fazem por merecer a “quentura” dela!

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 30 de março de 2015.

Pró-felicidade, pró-alegria! Anti-hipocrisia.

Pró-felicidade, pró-alegria! Anti-hipocrisia.

Eu não sou boa conselheira de pessoas afetivamente descontentes em suas "instituições familiares". Sou demasiado objetiva, desencanada e liberta. Do tipo que diz: "Mude! Você não é uma árvore! Não reclame, aja! Seja feliz!".
Minha mãe, quando eu era bebê disse-me que minha obrigação, na vida, era ser feliz. E eu obedeço, desde então. Acho uma tolice você se manter frustrado numa relação morna, acho tolice você se esforçar e não ver resultado, manter-se com um amigo, com alguém com quem você teve um passado mas tem um presente insosso e sem graça.
A vida é agora! Deu, deu, não deu? Ora, já deu certo um dia né?! Deixou de dar, então siga adiante! Na vida, após o nascimento só temos a certeza do fim. Numa relação, após o início o que vier é lucro, mas é o que importa.
Nenhuma relação traz consigo a obrigação de ser eterna. Só a de ser boa, divertida, afetuosa e saudável! Você só precisa amar e ser amado, respeitar e ser respeitado, ser feliz e fazer feliz! Se isso não rola mais, escolha você!
Viva novas emoções, siga só, seja feliz só e, se um dia achar por bem, olhe para os lados e se oportunize-se viver um novo amor. Não existe ninguém perfeito para ninguém, existem afinidades, paixão, diversão, risos e alegrias! Escolha ser feliz.
É preciso priorizar a qualidade, não a quantidade, a intensidade, não o tempo! Sabe por que o mundo é cheio de gente azeda, infiel e invejosa? Porque elas têm vidinhas "felizes". Para inglês ver! Elas têm relações longas, aparentemente eternas, mas sem luz, sem brilho, sem graça, sem tesão!
Na duvida quanto as suas escolhas, faça uma analise dramática: se você morrer amanha é melhor morrer feliz, porque teve uma noite apaixonada e divertida ou falecer com aquela cara de paisagem, sorriso falso, de quem tem um casamento sólido, e felicidade líquida? Daquela que você só sente quando o filho lhe abraça e o marido vai jogar futebol?
Você é quem importa, não a sociedade, não seus pais, sua igreja ou seus filhos. Pessoas infelizes não criam filhos felizes, não tem, sequer, fé, elas só têm medo. Medo de viver com autenticidade e arcar com o ônus de serem elas mesmas. Livres e independentes da opinião da maioria. Maioria frustrada, hipócrita e sem luz.
Maioria que adora ditar regras, mas não sorri e nem chora por você, maioria que julga apesar de seu telhado de vidro, maioria que ignora o obvio, maioria que, se fosse boa, não teria tempo para cuidar da vida alheia! Ia, sei lá, foder e não opinar, ainda que a distancia, naquilo que não lhe diz respeito algum.
Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 30 de março de 2015.

A utopia (idiotia?) da guarda compartilhada.


A utopia (idiotia?) da guarda compartilhada.

Guarda compartilhada, antes exceção, agora regra. Ora, mas que beleza! Beleza hipócrita, beleza fdp, isso sim! Ninguém duvida que os filhos precisam de máximo do convívio dos pais, mas isso não significa que forçar a barra com o compartilhamento da guarda faça isso ser uma experiência saudável.
Sabe por que, amigo? Porque se o casal separado se desse bem não estava separado. Se seus objetivos fossem os mesmos, se houvesse mais paz do que tensão entre os mesmos não haveria divorcio.
Não importa se o casal convive com harmonia e respeito pós-separação. Fato é que haverá sempre uma tensão, algo que não deu certo, uma frustração implícita, latente, porém não olvidável. Ao menos de uma das partes.
A guarda compartilhada obriga o ex casal a saber da vida um do outro. Vê-se isso, no caso de filhos com menos de 7 anos. Essa modalidade de guarda vai obrigar o ex casal a interagir, saber onde um vai, onde o outro irá, o que um faz, o que o outro fez e assim por diante.
Se partirmos do pressuposto de que 9 em 10 casos a coisa, para um dos “ex” não foi a “contento” intimo e de ego, como ficará a situação? Se o excesso de contato costuma gerar atrito em casos corriqueiros, mais ainda quando o ex casal já se encontra separado!
Loucura! Irão começar as implicâncias, um acompanhando a vida do outro e, consequentemente, embates, descontentamento e até discussões! Consequentemente, o filho será afetado.
A guarda compartilhada é uma utopia, para não dizer uma idiotia. Deveria continuar como sendo faculdade e não obrigação, exceção e não regra. A maioria dos separados não está preparada para o “contato”, ainda que virtual, que essa modalidade de guarda de filhos obriga.
Obrigar um ex casal que não dialoga a compartilhar a guara dos filhos é um disparate legislativo, uma asneira jurídica, algo impossível, inaceitável e desrespeitoso. Não só maculador da liberdade dos adultos, mas da paz dos filhos.
Isso sem contar os pais relapsos que irão ficar irresponsavelmente com os filhos só para não precisar pagar pensão ao guardião que detém a guarda. Quer saber? Esse assunto me ferve o sangue. Mais uma da série de piadas legislativas brasileiras. Um nojo, enfim!

Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 29 de março de 2015

Mulher boa.

Mulher boa.

Mulheres, não é preciso ser bela, é preciso se sentir bela! Você não precisa ter pernas longas, ser curvilínea, mas esguia, medidas perfeitas, bunda arrebitada, coxas duras, seios firmes, pele lisa e macia.
Não, não, não é preciso se matar malhando, se privar de vontades humanas, de seus desejos, aniquilar com seu humor e se restringir a ponto de “caber” no estreito conceito de corpo de capa da Nova Cosmopolitan. Amiga, você precisa é se sentir bela, se sentir gostosa, porque só assim, você será “gostosa”!
Gostosa não é a mulher alta, elegante, magra e durinha que se sente vexada por causa das suas poucas celulites no traseiro, se tapa com lençol até para acender a luz do quarto que, diga-se, passou desligada nos momentos mais interessantes de serem vistos.
Gostosa é a mulher que se garante, que sabe que é tão boa que nenhum defeito vai deixa-la menos desejosa, menos ardente. Gostosa é a mulher que sabe que comanda, que, se não é agradável aos olhos de um, pode escolher quem o irá substituir.
Porque ela sabe que é boa em tudo, inclusive sem roupa, inclusive na cama. Na sala. No carro. No corredor do prédio. Ou seja onde for. Existe muita paranoia pelo corpo perfeito e muita pouca “nóia” pela autoestima perfeita. E é aí que o boi se vai com as cordas e quem tem tudo para ser boa, se torna medíocre, insipida, insossa e sonsa.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 29 de março de 2015.

Credo, que susto!

Credo, que susto!

Antes de se afastar de alguém certifique-se se, na realidade, você não está exigindo mais do outro do que pode lhe dar. Perfeição não existe, ok?! Logo, análise as suas falhas, mancadas e problemas antes de achar que merece e terá algo tão superior ao que tem.
Acho digno você querer afinidades, acho digno você querer compreensão, acho digno você querer calor humano na temperatura do seu corpo. A gente precisa ser feliz, não ter companhia. A gente precisa amar e não ser casado.
Todavia, cuidado com seus instintos, cuidado com sua imaturidade e possível leviandade em desejar muito mais do que você merece. Enfim, será que você é tudo isso que pensa ser ou é só narcisista? Pense nisso, pense bem.
Conheço homens fúteis, frios, sem carinho, que deixam muito a desejar na cama, que deixam muito a desejar nos diálogos, homens mimados e bobos que querem uma mulher que seja uma maquina de fazer sexo, quente, doce, meiga e dona de seu próprio nariz.
Custa muito ver que uma mulher tarada, inteligente e quente na cama não vai se contentar com seu desempenho medíocre? Ou egoísta? Ou, ainda, com seu “instrumento” modico ou insosso? Custa fazer uma analise detalhada de si mesmo antes de achar que está “podendo”? Acho que não custa ou você vai passar por ridículo. Sei lá, só acho!
Tipo, circular o mundo e bater à porta do seu passado que comportava sua mediocridade e, ainda, era feliz com ela. Não custa nada fazer mea culpa, não custa nada analisar as peculiaridades daquilo que você reclama e ver se, no fundo (ou no raso), você dá vazão àquilo que lastima.
Ouvi outro dia uma conhecida distante reclamar que seu marido não a “procura” com frequência mais. Como? “Procura”? Um ser humano que, em 2015, diz isso, não faz por merecer ser orgasmo nenhum. Tem é que ficar na “secura” eterna, my friend!
Se ela tem vontade, tem tesão, vá ela “atacar” o parceiro! Que história é essa de esperar “procurar”? Coisa da época da minha avó, quiçá bisavô! Querida, mostrar suas vontades e tesão não vão lhe levar para o inferno, não lhe tornarão alguém inferior, pelo contrário, farão o seu parceiro comparecer ou, no mínimo, mostrar que a sua relação já morreu, só que ainda não foi velada! Eu hein, tem cada uma que até parece duas! Dio Santo!

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 29 de março de 2015.

Não tenho, nem quero.


Não tenho, nem quero.

Economize-me de comparar-me com gente sem sal, sem graça, sem alegria de viver, sem senso de humor, sem luz, sem leveza! Poupe-me de comparar-me com gente amarga, de humor flutuante, que gosta de ser inacessível e grosseira para parecer sapiente.
Poupe-me de comparar-me com gente que não fala palavrão, não bebe, não come glúten, açúcar ou nada calórico, não fode e aparentemente não goza! Poupe-me de comparar-me com quem gosta de falar e de escrever difícil para pagar de intelectual.
Não me compare com quem tenta ser e aparentar qualquer coisa: de competente a santa ou de inteligente a elegante. Sou autêntica, espontânea, contente e feliz demais para isso.
Quer saber? Eu não sou comparável. Você também não é, ninguém é! A comparação é a forma mais medíocre de definir as virtudes ou as fraquezas de alguém. Com o seu gênio, personalidade, corpo, alma, educação e temperamento? Só você no mundo!
Não limite o outro, porque seus conceitos, imaginação e capacidade de observação são limitados. Se existem pessoas semelhantes? Existem. E é por isso que comparações disparatadas me irritam tanto.
Ora essa, meu filho, vai me comparar? Essa coisa medíocre e limitadíssima é essencial para você compreender-me no mundo? Ok, ok, ok! Mas compare-me com gente feliz, com gente que sorri, que dá gargalhadas quando pode, que dança e fode sem muito pudor, limites e medos.
Medo, meu caro? Eu não tenho medo de nada, sabe por quê? Porque o fato de eu temer não será forte o suficiente para impedir os acontecimentos que me amedrontam de acontecerem, então, para que ter medo de algo? Melhor viver, ser prudente e se divertir. Um dia, tudo vai acabar, mas que acabe quando tivermos rugas de tantos risos soltos.
Não venha me comparar com gente de personalidade rígida que se impõe a obrigação de ser estética, moral e culturalmente perfeita e que, justamente, por isso, se mostra vulgar, senso comum, insossa e hipócrita! Ah, valha-me! Me ecomomize! Não tenho nada desse povo. E nem quero. Obrigada.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 27 de março de 2015.

sexta-feira, 27 de março de 2015

Homens incompetentes: entendendo o lesbianismo.

Homens incompetentes: entendendo o lesbianismo.

“Os homens contam aventuras que nunca tiveram, as mulheres têm aventuras que nunca contaram. E nem contarão.” Pura verdade esta frase, mas vai entender a razão né?! Deve ser pelo machismo.
Os homens se impõe o dever de serem os "pegadores" e as mulheres o de serem discretas. Isso é ruim? Sabe que eu acho cômico! Eu acho ótimo, acho excelente. Nós mulheres não precisamos competir para ver quem tem o pinto maior, quem “come” mais, quem fode melhor. Nós temos assuntos menos “falocêntricos”, enfim.
Essa questão da nossa omissão de aventuras e situações quentes, dos amigos, dos parceiros, da família e de todos é um efeito rebote do machismo! Quanto mais machista o homem, mais a mulher se força a calar-se sobre seus "divertimentos" passados.
E o tal do “esconder” não significa que eles não tenham ocorrido ou que não continuem a ocorrer. Significa que nosso ego não se condiciona ao que os outros sabem de nós, mas o que a gente sente com o que a gente faz em segredo! Se a gente se sente bem? Pra que contar? E se não se sente? Pra que contar? Simples!
E ainda existem os que reclamam que as mulheres são manipuladoras. A gente só "responde" as "exigências" da sociedade machista: com nossa omissão. Com o tradicional ser “dama”, ser lady. Mas soltamos o nosso lado devassa quando queremos, sem precisar espalhar para nossos amigos recalcados que contam vantagem até quando não tiveram vantagem alguma. Arre, quanta tolice!
Aliás, o bicho homem é meio imaturo mesmo e, convenhamos, seguidamente egocêntrico. Diz que adora mulher, sonha em transar com duas ao mesmo tempo e, 8 em 10 deles, não satisfaz bem “satisfeito” a única mulher que tem.
É muito querer se aparecer para pouco “poder”! Filho, quem tem orgasmos múltiplos somos nós! As suas 4 ou 5 numa noite não são nada perto das nossas possibilidades. Mulher que goza bem gozado não cansa nunca, pode passar uma noite inteira transando.
Quando mais tem, mais quer. Você não amigo, você cansa, carece de sono, e etc.. E é você que acha que pode transar com duas? Faz-me rir! Só se for para as duas fazerem entre elas o que você não consegue né?! Então, pra que você? Não tem medo de chifre não? Ah, seu falocentrismo impede sua racionalidade!
Ouvi da minha depiladora historias interessantíssimas sobre o “porque” mulheres hetero se tornam lésbicas. E a razão maior é essa: uma mulher sabe cuidar da outra, mimar a outra, agradar a outra, lamber a outra, não só no sentido sexual. Dar carinho, afeto, elogios!
Tem muito homem por aí que passa o dia com a cabeça voltada para o trabalho, almoça e esquece-se da esposa, se dedica ao seu oficio, chega em casa, não elogia a mulher, não beija, não agrada, não dá um beijo excitante na boca da parceira e, à noite, na cama, quer meter para dentro da mulher como se ela fosse uma boneca inflável, como se o fato de você ter um pênis fosse fazê-la esquecer do descaso diário! Faça-me o favor? Deixe de ser imbecil.
Sexo oral? Ou tem preguiça de fazer, (afinal só quer uma gozada e dormir para recomeçar, no outro dia, sua saga em busca de condições de vida melhores para mostrar para os amigos que você tem um carrão) ou, em certos casos, tem nojinho.
Então a mulher transa pra cumprir tabela, ou se recusa e sobra à ela o infame “titulo” de chata. Pra piorar o cara vai flertar com mocinha mais nova, de repente até cativa, transa, se dedica pra abalar e sai contando para os amigos. Nem transou com a moça por tanta necessidade física, a maior necessidade de pseudohomem é a do ego!
Sendo que a mulher de verdade que tem em casa fica chupando o dedo e é, literalmente, “mal comida”. Sinceramente? Antes virar lésbica a ficar com homem incompetente que se acha gostoso. Valha-me Deus! Estou começando a entender a mudança de opção de algumas. E, quer saber? Eu acho justo. Muito justo. Justíssimo!

Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 27 de março de 2015.


quinta-feira, 26 de março de 2015

Sobre a reportagem criticando as economias da deputada Manuela D´Ávila.

Sobre a reportagem criticando as economias da deputada Manuela D´Ávila.

Em relação à reportagem da revista “Época” que diz que a deputada Manuela D´Ávila do PC do B teve aumento de rendimentos em 1200%. Ou seja, “saiu” de R$ 9 mil em poupança para R$ 94 mil em quatro anos! Quanta asneira! Oh céus, oh vida!
Como diria aquele apresentador de programa medíocre que uma tia minha adora: Ok, ok, ok! Ela é socialista. Mas, ok, ok, ok! Ela ganha muito por mês! Ok, ok, ok eu detesto hipocrisia e socialistas que usam bolsa Victor Hugo, perfume da Lâncome, batom MAC e andam de carro importado.
Acho que sou capitalista, mas quero um capitalismo racional, afinal, ao que vi do socialismo até agora o povo trabalha e sustenta os luxos dos poderosos que dos mesmos não se desfazem, todavia, convenhamos, que reportagem é essa gente?!
Qual o problema desse jornalista? Antissocialíssimo? Sim, mas não precisa ser irracional e estupido né?! Gente, a criatura é deputada, ganha bem! O que é isso jovem? Ela economizou racionalmente, não está rica, nem milionária, longe disso!
A culpa não é dela se deputados, federais ou estaduais, ganham uma renda alta por mês, meu povo! Ela é deputada no RS, muito bem votada, frise-se! Ah, quer saber?! Que a ira desse povo irracional vá para o quinto dos infernos!
É por isso que os opositores ao atual governo e a tudo que com ele se parece perdem a razão. Não se informam, não estudam e saem tendo diarreias verbais por aí. Esse jornalista perdeu uma excelente oportunidade de se calar. Comer um bombom. Transar com a esposa. Dormir. Brincar com o cão. Coçar o saco, sei lá! Errou feio! Sem noção.
E tem gente que ainda divulga essa bosta de reportagem como se constassem milhões de dólares na conta da moça! E, frise-se bem, não sou fã da Manuela, aliás, nem a curto, mas eu sou a favor de dar a César o que lhe pertence e, neste caso, ouve falha, falha injusta e idiota.
Só lamento. Detalhe, falo sobre essa “coisa” com a intenção de fazer pensar os que ainda pensam. Quero mostrar que tenho minhas opiniões, mas não suporto idiotia, enfim!

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 26 de março de 2015.

Sobre o lado bom do amor, sobre a empolgação, sobre sorrisos e risos, sobre a falta de elogios e guampas merecidas!

Sobre o lado bom do amor, sobre a empolgação, sobre sorrisos e risos, sobre a falta de elogios e guampas merecidas!

Enquanto uma pessoa for capaz de fazer-me sorrir, gargalhar e sentir-me empolgada eu fico ao seu lado. Não me importa viver uma vida com alguém se nesta vida houver mais tédio, implicâncias, reclamações e chateações do que animo.
Fico pasma diante das reclamações de gente casada há anos! “A mulher isso”, “o meu marido aquilo”, das duas uma: se está ruim, dialogue, resolva, se está bom, não reclame. E se está ruim, mas você está junto com a pessoa: não reclame também! Ora essa, coisa chata!
Eu sou o tipo de pessoa que gosta de qualidade, não de quantidade. Se for preciso deixar de agradar, de fazer surpresas, de elogiar e de olhar para o outro com um olhar brilhante e entusiasmado para um relacionamento durar, então que seja breve, mas feliz.
Ah, mas o que é bom num relacionamento e deve se manter? A ousadia, o carinho, a atenção, o doar-se, o ser gentil, o hábito de elogiar. Acho que relacionamento algum dura sem elogios! Acredite, é pela ausência de elogio que muita gente olha para o lado.
Sabe o que a paixão inicial e a conquista têm de diferente do comodismo de uma relação duradoura? O anseio pela sua existência, logo, casais em inicio de relação elogiam mais, pois querem o amor do outro vivo. Ademais, se um toque acarinha o corpo, elogios acarinham a alma. Logo, pessoas não elogiadas, tendem a, inconscientemente, desejaram aquilo que de tão bom havia no inicio da relação com quem se apegaram e amam: a atenção, os elogios.
Logo, se não são elogiados em casa... Procuram elogios onde eles estiverem! Maridos que não elogiam suas esposas são de terceira categoria. São ruins, são incompetentes e, quiçá, egocêntricos. E, tenho certeza, eles gostam de elogios, mas olvidam do fato de que a sua mulher também gosta.
Não falo de elogios à beleza, a vaidade! Falo de elogios que denotam admiração pela forma de agir, de se posicionar e de viver da parceira. De elogios, inclusive, a forma com que lhes procuram, ao tesão que possuem, a quão gostosas são na cama. Elogio que demonstra intimidade, conhecimento, “especialidade”. Beleza todo mundo vê! Falo de elogios mais “profundos”!
Esses pseudohomens que não elogiam suas mulheres, que esquecem que o que é conquistado precisa ser cultivado são aqueles que reclamam do azedume da mulher, do fato de ela se enfiar num pote de nutella, de reclamar da desatenção (ah, dai é o tal da "minha mulher só reclama, é muito chata!").
Se ela não reclamar ou encher a boca de doce para ficar calada diante de seu agir relapso ela vai flertar por aí! Porque, acredite, a mulher escolhe pra quem olha e quem olhará pra ela! A mulher escolhe com quem transa e quem será o agraciado em meter-lhe um par de chifres!
Logo, reclame menos, mude, elogie e aprenda, porque se a sua mulher não lastimar a ausência de sua atenção é porque ela está recebendo de outro. Ou outros por aí! E, sinceramente? Eu acho é pouco!
Um par de guampas contribui para o amadurecimento de machinho que se acha, e não é! No fundo o corninho tem que agradecer ao chifre levado, pois, com certeza, é uma oportunidade de ele crescer e se tornar um homem com “h” maiúsculo.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 26 de março de 2015.

quarta-feira, 25 de março de 2015

Motivos da solidão prolongada.

Motivos da solidão prolongada.

Existem dois motivos que justificam a solidão prolongada de algumas pessoas: esperam muito dos outros e lhes dão pouco ou dão demais de si e recebem pouco de quem encontram.
No primeiro caso, há egoísmo, imaturidade, infantilidade, no segundo, más escolhas, imprudência. Os primeiros costumam, após determinado tempo, correr atrás de volta ao passado. Daqueles que se contentavam com o pouco que recebiam e lhes davam o seu melhor.
Os segundos acabam se imergindo num azedume ligado à crença de que são azarados, de que todos são “iguais” e asneiras afins, sendo que, seu único problema, é se apegar demais antes de ver que, do mato que avistam, não sairá cachorro algum! Faltou-lhes “timing”, esperteza, astúcia e não sorte.
Nossa vida afetiva não é questão de sorte, é questão de escolhas, de paciência, do uso necessário da razão, enquanto é possível usa-la! Escolher, analisar, para depois se entregar?
Ah, você não consegue? Então você é idiota e culpado pelo que chama erroneamente de “azar no amor”. Enfim, “bem feito” pra você! (Como me dizia a minha mãe toda vez que eu desobedecia e caia na infância. E eu caia muito, eis minhas pernas marcadas de prova!).
Todavia, sem que você conheça a si mesmo, tenha humildade e seja capaz de ser empático escolha alguma lhe trará o que você quer e acha que precisa. Isso, partindo do pressuposto de que você saiba o que quer, obviamente.
Você tem o direito de ser exigente, isso se você for uma pessoa que está no nível de exigência que possui. Faça análise, compreenda a si mesmo, descubra-se! Se você quer alguém que aceite tudo, que te entenda plenamente, mas não está disposto a entendê-la, então ninguém irá lhe satisfazer e você irá se frustrar, sendo que o único babaca da “história” é você!

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 25 de março de 2015.

A linha.

A linha.

Sabe o que eu faço com a linha tênue que existe entre a genialidade e a loucura? Eu uso para pular corda, para brincar! Uso, como quero. Ora para amordaçar mentalmente quem me critica, ora para tapar meus olhos para a ignorância dos recalcados e língua afiada dos infelizes (só que ela não é grossa o suficiente).
Confesso que tem horas que a minha vontade é usar essa linha para enforcar gente maldosa, cínica, invejosa, fofoqueira, egoísta e burra (quem nunca?), mas daí eu penso que vê-los ser ridículos é mais divertido.
Então, eu volto a pular corda e usar a tal linha para brincar com meus gatos! Eles adoram, acham que é uma cobra e correm atrás. Sei lá, me divirto! Ah, modéstia? Não tenho, não neste caso, onde modéstia é coisa pra gente medíocre fazer-se de humilde.
Tenho um “quê” aberto de gênio, outro “quê” de louca. Não tenho medo do julgamento alheio, não tenho medo de gente que tem receios de se soltar, de ser feliz, de ser livre e vive em cima do muro expiando a vida alheia.
Cago e ando, tal como cavalo em desfile de 7 de Setembro para esse povo mal amado que tem a língua maior que o cérebro, que tem mais amargor do que doçura no coração, mais complexos do que contentamento consigo mesmo.
E, o que é melhor, quem é comigo afim, ainda aplaude! Afinal, eu tenho companhia nessa minha brincadeira de usar a linha entre a genialidade e a insanidade para brincar! E é bom não sentir-me só nisso, em que pese, confesso: mesmo se não existisse ninguém para “brincar” comigo, eu me divertiria mesmo assim!
Afinal, existem os bichos, existe a natureza, existe o papel, existe a caneta, existem meus mil pensamentos turbulentos, agitados, adocicados e quentes pululando na minha mente prontos para ser explicitados, e são! Sozinha e infeliz eu nunca seria, mas, a vida me surpreende e me dá algum “plus”! Especialmente o de conhecer gente genial e maluca, como eu!

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 25 de março de 2015.


O problema? É você!

O problema? É você!

O que eu penso quando mulher mal humorada, azeda, burra, sem cultura e que acha que "todo homem é igual" e só escolhe mulher pelo corpo e pelo traseiro me diz que não se encontram exemplares do sexo masculino no "mercado"? Falta homem com mau gosto para te querer abençoada!
Querida, homens existem, mas bastante fartos de mulher sem senso de humor, sem papo, alegria e inteligência. Num mundo de mulheres que cortam carboidratos, glúten, álcool, doces e gorduras (alegria, quiçá!), mas mantém a futilidade e a mania de justificar chilique com TPM, falta, na verdade, mulheres agradáveis para serem "quistas". Quiçá você seja uma.
Mulherada reclamando de homem, mas caçando tem aos montes! Mulherada estigmatizando homem, mas se adequando a “rótulos” tem aos montes. Algo na adequação “estilo” comercial de cerveja: ficando sarada, turbinando o corpo, em especial os peitos e a bunda, e ficando servil, mansa e sem opinião. Um objeto, uma coisa para homem se embriagar, olhar, pegar e largar.
E aí, seriam todos os homens iguais? Não, não são! Assim como eu não sou igual a você, filha! Tem mulher que vai mais além, que gosta de sexo, mas não distribui o corpinho mundo a fora, que fica e não se apega, que só cria apego por quem se apega a ela. Tem mulher que se ama como é ao invés de ficar lastimando as gordurinhas, a celulite, a bunda pequena, os peitos discretos, o cabelo quebrado!
Tem mulher que só se entrega numa relação quando sente que o outro se entrega, tem mulher que não fica nutrindo amor platônico por homem que não lhe dá atenção e é por ela denominado de “cafajeste”. Sabe de uma coisa? Todo ser humano, homens e mulheres, tem direito de “cafajestear” um pouco na vida, todavia, sem noção mesmo é quem se apega a quem está vivendo sua fase cafajeste.
Logo, mulheres que gostam dos malandros são mais cafajestes do que eles, sabe por quê? Porque não se amam, não se valorizam e não se cuidam. Enfim, homem tem, os que faltam para umas, sobram para outras, porque essas “umas” estão se padronizando, vivendo num mundo azedo, superficial e inculto. Ah, meu amigo, não tem homem que queira!
Corpo sarado, cara maquiada, cabelo escovado tem aos montes, mas, e o resto? E a elegância, a estirpe, a inteligência, o bom humor, a espontaneidade? Só beleza atrai, não conquista. Logo, você vai encontrar muitos, mas cativar poucos. E o problema não são eles. É você! Só lamento.

Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 25 de março de 2015.


terça-feira, 24 de março de 2015

‘Empresariamento’ da relação amorosa.

‘Empresariamento’ da relação amorosa. 

Para ser feliz no amor, para ser feliz na vida, você precisa se conhecer. Nem tudo o que é bom para os outros, é bom para você. Tem quem adore aquela coisa de mais “amizade” e dialogo num relacionamento, tem quem curta mais a paixão e a alegria, tem quem goste de mais atenção que outros, tem quem precise de maior investimento na relação para se sentir feliz e confortável numa.
As pessoas têm necessidades diferentes, anseios distintos, expectativas e gênios dissonantes. Tem quem se contente com pouco, tem quem se contente com o razoável e tem quem só se contente com o muito. Exigibilidade? Cada um com seu “nível”. Enfim, cada um na sua, mas com alguma coisa em comum.
O anseio pela fidelidade e respeito, por exemplo. Tem quem ache que uma relação só finda com uma traição, tem quem, como eu, ache que a traição é o suprassumo da ofensa, mas existem descasos, existem diferenças, existem pequenas magoas ou divergências que decepcionam, desagradam e um dia “minam” com o amor.
Traição é o obvio, ou melhor, o mais que obvio acerca da necessidade de mandar o outro se ferrar. Todavia, ora, ora, veja só: existe quem ache que não, que traição é perdoável, que é até compreensível e são felizes pensando, vivendo e agindo de acordo com tal ideia e todas as demais conexas a ela! Conceitos, valores e “pedras de toque”, cada um com os seus!
Enfim, existem os acomodados e existem os apaixonados. Se você não souber quem você é não conseguirá ser feliz, porque conselhos não irão lhe adiantar, leituras, psicanalise, terapia, padres, enfim nada disso lhe ajudará.
O nosso melhor amigo é e sempre será o autoconhecimento! É ele quem nos dirá o que suportamos sem irritação, azedume e tristeza e o que devemos dispensar para sermos felizes. Só poderemos ser felizes, dizer “sim”, dizer “não”, dar “bastas” ou inicios quando nos conhecemos e sabemos o que queremos para nós. Acredite, tem quem tenha medo disso! Ser diferente do “comum” assusta a alguns! Mas, não a mim.
Inclusive, passo a estabelecer em minha própria vida afetiva o que chamo de “empresariamento do amor”. Sim, passarei a deixar mais claro do que sempre deixei a quem me ama que o amor, comigo, funciona bem quando agimos, no relacionamento, como agimos com uma empresa de nossa propriedade.
Ora, como assim? Se você tem uma empresa, você envida de todos os esforços necessários para fazê-la progredir, certo? Investe tempo, investe dinheiro, se vira do avesso para fazê-la crescer e ter sucesso, não é? A falência é o que você menos deseja e, para tanto trabalha, trabalha e trabalha para ir adiante.
Então, um relacionamento comigo, é “empresariável”: não carece só dos tradicionais “eu te amo” rejubiladores, não depende só de prazer, noites orgásticas e de pequenos grandes momentos. Precisa de investimento, precisa recomeçar todo dia, com os mesmos agrados, com a mesma vontade de fazer dar certo que havia no inicio.
Eu não tenho medo de ficar só, eu tenho medo de relações mornas, tenho medo de dividir a cama com um amigo, tenho um medo pavoroso de chegar a um ponto da relação em que o celular, o jornal e a bunda da atriz chamam mais atenção do que a minha presença.
Isso, para mim, é a falência da minha “empresa” amorosa. Logo, eu desisto, fecho as portas e abro nova empresa, em outra sede, com outro sócio, talvez (porque, falir, sim, deixar de “trabalhar”, jamé!). Simples! Relacionamentos não precisam só de amor, precisam de vontade de fazer dar certo, de cultivar o que sempre foi bom e aprimorar o que pode melhorar. Para mim, isso é logico. Mas eu não sou a regra.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 25 de março de 2015. 

Humilde manifesto em defesa dos ovos de páscoa.

Humilde manifesto em defesa dos ovos de páscoa.

Sim, eu estive no supermercado! Sim, os ovos de páscoa estão caríssimos! Sim, o quilo da picanha compensa se comparado ao chocolate, mas, por favor, está irritado com o alto valor dos ovos?
Pensando em reclamar no facebook? Simples: não compre! Sabe por quê? Porque o ano passado eles também estavam caros! “Ah, mas uma ‘barra’ compensa!”. Sim, é mais em conta, não nego, não sou louca. Mas crianças gostam dos ovos! Eu adoro ovos de páscoa, poxa!
Deixe-me ser feliz! É em abril, mês em que ficarei mais “vintage”, deixe-me curtir a páscoa, os ovinhos e peixes! E daí se eles estão caros? Eu gosto. Eu quero. Eu compro e ainda peço de presente!
Iphone é o mais caro dos aparelhos celulares e as pessoas em Sorriso adoram, carros são caros e desvalorizam rápido, mas o povo adora um carro novo para “abalar”, perfumes importados são caros e a gente usa, rímel, delineador e batom são caros e não deixo de usar, sapatos são caros e eu adoro, queijo é caro e eu como, cerveja é cara e eu bebo!
Quando vou comprar um perfume da Lâncome, comprar uma calça jeans da moda, um potinho de Nutella, um vinho importado, uma bolsa Victor Hugo, um sapato da Carmen Steffens, um produto mais “top” para minhas curtas melenas loiras, eu não vou ao facebook reclamar do preço.
Quando eu encomendo uma pizza de R$ 50,00 ao invés de comprar uma no mercado por R$ 15,00 eu também não vou reclamar, sabe por quê? Porque eu compro, porque quero. Sabe o ditado: “Mais vale um gosto que um tostão no bolso”? Eu pratico às vezes!
O mesmo você quando compra whisky caro, toma cerveja importada, compra camisa Dudalina, paga janta para um bando de amigos que lhe criticam. Enfim, você gasta em várias coisas superficiais e não reclama nas redes sociais, certo?! Então, respeite os ovos e não reclame sobre eles se quiser se abstenha de compra-los, ninguém irá lhe obrigar.
Coisa chata essas reclamações toscas! Tipo esses homofóbicos reclamando da novela, do beijo gay e coisas afins. Cara, não beije gay, não dê o cú, não assista novela, chega. Não precisa reclamar, não gosta? Não faça. Acha caro? Não compre. Pronto. Cale-se!
Acho que reclamar do preço dos ovos é uma besteira social, inclusive, porque tem muitos outros produtos (essenciais, diga-se!) inflacionados, caríssimos e que, no mesmo período há um ano não estavam tão caros. Não é o caso dos inocentes ovinhos que sempre surgem na páscoa com altos preços.
Deixe-os em paz! Eu gosto deles. Meu lado infantil fica em festa. E, sim, amigos, estou aceitando presentes antecipados. Por um mundo com menos reclamações sem utilidade e mais atitude e bom humor.
Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 24 de março de 2015.


segunda-feira, 23 de março de 2015

Casamentos acabam.

Casamentos acabam.

Eu acho lamentável o comodismo humano! O quanto as pessoas estragam seus relacionamentos por inaptidão, por falta de cuidado, por falta de investimento, de afeto, de atenção. Eu nunca me resignei frente a um “eu te amo”, frente a segurança de uma aliança, de um papel, de um “minha mulher”, “minha esposa”, “amor da minha vida” e palavras afins. Não, isso não me prende, sou meio indomável por palavras.
Do que adianta tanto mel verbal e até compromisso jurídico, como é o casamento, se a pessoa se acomoda, deixa de conquistar, de elogiar, de acarinhar, de dar afeto, de dar atenção? Tem gente que não sabe sentir-se confiante, que, conquista e esquece de mantê-la.
Tem gente cuja confiança no sentimento do outro aniquila com a relação, com a alegria, com o romance. Gente que se imbui da vã crença de propriedade alheia: “Agora é meu, agora me pertence.”
Que ilusão! Essa coisa de “ser” de alguém tem muita beleza e graça na hora da excitação, dá um plus. Mas, convenhamos ninguém pertence a ninguém, por melhor que seja o sexo, por mais rico que seja, por mais belo, por mais elegante, por mais bem sucedido.
Logo, amor só vinga e dura quando ambos investem na relação, quando não existe aquele lance de ficar falando com a amiga no whatts enquanto o marido joga videogame, amor só dura quando o tesão pela bunda da revista e pela cena enfeitada da telenovela perde a atenção que se vira a parceira, a como ela consegue estar bem, após um dia de correria, trabalho e cuidado com os filhos.
As pessoas têm fetiches desnecessários, tiram a atenção e o seu foco de quem está ao seu lado de carne e osso para devanear assistindo televisão, vendo revistas ou acessando redes sociais. Deixam de tocar e focam no intocável, quase inexistente e, ainda, reclamam que seu relacionamento amornou.
Amornou enquanto eles se distraiam com o que não lhe dá atenção, com o que não lhe preza nem deseja. Casamentos acabam, porque, na vã crença de sua eternidade um deixa de cuidar do outro, de se importar com ele e de crescer ao seu lado. Casamentos acabam, porque a segurança é maior que a criatividade e as certezas acabam pesando mais que a empolgação.

Cláudia de Marchi

Sorriso/MT, 23 de março de 2015. 

Muito amor ou muito medo do novo?

Muito amor ou muito medo do novo?

Eu namorei, deixei, me amasiei, deixei, casei, divorciei e me amasiei de novo. Sim, tive um casamento “movimentado”, de morno não tinha nada, era “animadíssimo”! Certa vez, entre o divorcio e a volta em forma de união estável, um amigo me falou que, na verdade, um casal precisa de mais de dois anos de divorcio e afastamento para “terminar” de vez.
Cortar os laços afetivos, afinal, os jurídicos, no caso especifico, costumam ser mais singelos. Acho até que procede, porque do final de 2010 (fim da união estável pós-divorcio) a meados de 2012 eu ainda dialogava mais amigável e calorosamente com o ex-marido.
Eu não queria voltar, não queria ele de volta, nem a vida que eu tinha, mas também tinha carinho e certa pena de mandar se ferrar de vez. Sempre existem bons e maus momentos na nossa memoria e é a nossa carência que dita quais vão prevalecer na lembrança e em qual momento.
Passou o tempo, passou tudo, inclusive aquele imã comodista que desperta o caranguejo tosco que existe em nós. Pois, hoje em dia, quando eu ouço noticias de casais que se separam, vivem solteiros um tempo e reatam, eu penso em duas possibilidades: ou é muito amor ou é muita inabilidade para viver só, era muita expectativa de perfeição nos outros que acabou frustrada, então, volta-se ao certo, por medo do duvidoso que é, igualmente, imperfeito, porém desconhecido.
Fato é que a gente conhece pessoas e constata o seguinte: umas têm virtudes que o ex não tinha, outras têm defeitos que ele não tinha e, nessa hora, os acovardados se amedrontam e voltam os olhos e o coração de ontem eles já tinham saído.
Fundamental, porém, para ser feliz é viver, saber viver e, principalmente, descobrir-se, afinal, de imediato, a volta é como uma “nova relação”: é quente, apaixonada, a pessoa age diferente, cuida, o tesão sobe lá em cima. Passam-se meses e aquele que você deixou vai se mostrar...Aquele que você deixou!
Às vezes é necessário insistir, investir, reatar, para, pura e simplesmente, constatar que “jamé”, que não dá, que você merece algo mais afim com você, algo melhor para a sua vida. Conhecendo mais pessoas você descobre o que está disposto a tolerar e o que não aceita.
Todavia, seguir a vida só é benesse de quem se ama acima de tudo, de quem não precisa de alguém, mas deseja alguém só quando sente paixão por ele, quando a companhia enternece, dá prazer e diverte.
Cada caso é um caso, mas quem olha com certa experiência, vê com mais desconfiança o que os outros acham romântico. Nove em dez vezes é comodismo, medo da solidão ou excesso de expectativa na mudança que faz com que o “bom ex à casa torne”.
Estar casado não é amar. Amor é aquilo que você sente quando não tem medo da solidão e nem excitação. Amor é aquilo que você sente quando pensa em alguém e sorri. Amor não é o que a saudade desperta ou desvela, na verdade, saudade é o que o amor deseja evitar.
Quem ama, ama no cotidiano, na rotina, no dia a dia, o resto é diversão, são bons momentos, é paixão, é tesão, é carência. Amor é o que a gente sente quando o cérebro admira, quando o corpo deseja e quando a gente suspira e não quer ficar longe. O resto é ilusão, confusão mental, carência, enfim, doideira mesmo.

Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 23 de março de 2015.