Sobre o verdadeiro pecado!

Sobre o verdadeiro pecado!
"O primeiro pecado da humanidade foi a fé; a primeira virtude foi a dúvida." Carl Sagan

segunda-feira, 9 de março de 2015

E vice e versa e versa e vice.

E vice e versa e versa e vice.

A vida e sua cadência me impressionam, me animam e extasiam! Para cada decisão idiota do outro, para cada mancada alheia, para cada escolha besta e imatura de alguém, existe outro alguém que irá se realizar com o rumo dado à história por aquele que era um pedaço de linha e se achava uma peça de linho italiano.
Enfim, até a morte deixa donos de funerária felizes não é? A alegria é de uns e a tristeza é de outros, não nesta mesma ordem, mas seguindo a mesma lógica. Se analisarmos o lado positivo do que nos ocorre perceberemos que, com um pouco de paciência, algumas noites de sono e outros dias de bom humor, não há um pingo de água que caia sem razão.
E no final, o motivo é sempre o nosso bem. E os que perderam algo? Fodam-se! Cada escolha, uma ou mais renúncias. E cada um assume os seus próprios riscos. Trate de ser feliz. Sem culpa, sem medos e sem espelho retrovisor.
Um pé na bunda, meu amigo, lhe empurra pra frente. O que empurra a pessoa para trás é aquele arrependimento vão da pessoa que, de tão tola e imatura, queria tanta perfeição de alguém que procurou a criatura perfeita e morreu sem encontrar.
Vejo inúmeras pessoas menosprezando seus parceiros, porque eles não são como elas gostariam que fossem. São ricos, não são trabalhadores, são trabalhadores, não são ricos, são tranquilos, não são preocupados, são preocupados, não são tranquilos.
Exige-se demais do outro, tem-se pouco demais a oferecer e, assim, em busca do inalcançável as pessoas seguem suas vidas dispensando boas companhias no afã de encontrar a pessoa perfeita.
Daí, a companhia imperfeita e repudiada conhece alguém que, maduro e inteligente, valoriza o que o outro olvidava. E o outro segue a vida atrás de seus objetivos, até amadurecer e aprender que, plenamente do “seu jeito” nem a imagem refletida no espelho é. Em suma, a alegria de uns é a tristeza de outros. E vice e versa e versa e vice.

Cláudia de Marchi
Sorriso/MT, 09 de março de 2015.


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